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Boa noite Jô Soares (ou assessoria).

Soube que hoje voces entrevistarão o meu colega, prof. Rui Rocha. Ele falará sobre o Complexo Intermodal que está prestes a ser implantado em Ilhéus, sul da Bahia.

É nacionalmente público que o prof. Rui se opõe ao projeto, segundo ele por razões ambientais. Digo que se opõe ao projeto em si, já que várias adequações já foram prpostas e feitas, mas nada satisfaz os anseios do prof. Rui. Para ele a única saída é a não execução do projeto.

Opinião que todos devemos respeitar, mas que não está acima da polêmica ou do contraditório. Contradizem o prof. Rui um contingente de mais de 80% das pessoas de Ilhéus e região.

Confiando que prezam pelo bom jornalismo, espero que futuramente também se entreviste alguém que seja favorável à instalação do Complexo. O Governo do Estado da Bahia pode ser um bom interlocutor para este debate. Tenho certeza de que o bom senso e a boa prática jornalística prevalecerá e isto será feito.

Mas por ora, gostaria que algumas coisas fossem esclarecidas e debatidas com o Prof. Rui.

1. Desde a crise da lavoura cacaueira, nos anos 80, o sul da Bahia vive um empobrecimento crescente. Mais de 100 mil pessoas caíram na linha da pobreza. A cidade de Ilhéus tem sua população diminuída a cada ano.
Neste período, várias tentativas já foram feitas para soerguer a economia, basicamente tentando suportar a região no Eco-Turismo e na combalida Lavoura Cacaueira. São décadas tentando esta fórmula, que só produziu e reproduziu pobreza e miséria. Será que vale à pena continuar tentando insistir nesta equação?

2. O Complexo Intermodal inclui um aeroporto internacional, um Porto privativo, um Porto Público e uma Ferrovia. Não se resume ao Porto da Companhia de Mineração. É uma iniciativa que diversificará a economia, abrindo frentes de negócio nas áreas de transporte, logística, indústria, turismo, exportação e importação, serviços diretos e indiretos, agricultura. A lista é imensa, e quase impossível de ser enumerada. A cidade de Ilhéus vislumbra com o Projeto uma saída real para a crise em que se encontra. Segundo pesquisas, mais de 80% da população da cidade não só aprova como efetivamente anseia pelo Projeto.
Já houve manifestações com milhares de pessoas nas ruas pedindo celeridade na execução da obra (veja foto em anexo). Em lugar do Complexo, o que o Prof. Rui Rocha propõe para a economia da região? Mais do mesmo, ou seja, continuar investindo no turismo e no Cacau?

Manifestação a favor do Complexo
Intermodal

3. À alegação de que o Complexo Intermodal agredirá imensa e irremediavelmente o meio ambiente existem muitos estudos que mostram que o impacto de obras desta natureza podem ser minimizados e compensados.
Numa vista por satélite que segue também em anexo (Google Maps) pode-se ter uma noção exata da área que será reservada ao Complexo. Está circundada de amarelo. Note que não é a área que será desmatada, já que mais de 90% dela será preservada e/ou recuperada como uma das formas de compensação ambiental. Note também que é uma região já bastante degradada, e que apenas 10% dela será efetivamente usada no empreendimento, sendo o resto considerado ativo ambiental, área que se tornará de preservação permanente. Será que há um dano ambiental tão grande assim à região de Ilhéus?

Vista da área onde será implantado o Complexo Intermodal

4. Experiências anteirores com complexos portuários, mesmo as que foram produzidas antes das atuais legislações ambientais, não resultaram em nenhum drama irreversível para as pessoas, trazendo ganhos gerais que compensaram e muito os eventuais contratempos. A se vser as cidades de Vitória, Itajaí e, recentemente, o porto de Suape em Pernambuco. Se em todos esses lugares os investimentos trouxeram crescimento econômico, geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida das populações, porque a mesma fórmula não se aplica a Ilhéus?

Bem, em linhas gerais é isto. Espero que a entrevista tão bem conduzida como sempre é, que a boa polêmica seja respeitosamente colocada na pauta, e que em breve o seu programa abra o mesmo espaço democrático para o contraditório.

Atenciosa, respeitosa e sinceramente,

Prof. Dr. Álvaro Vinícius de Souza Coêlho “Degas”
Depto. de Ciências Exatas e Tecnológicas – DCET
Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC

14 respostas para “Boa noite Jô Soares (ou assessoria).”

  • Oswaldo Pinheiro says:

    Prezado Prof. Degas,
    Concordo totalmente contigo.
    O complexo Intermodal representará o sonho de toda uma geração que quer ver Ilhéus de volta aos tempos de glórias econômicas.

    A rede Globo é contra esse projeto, sabe lá por quais interesses, e vê no Programa do Jô, que é um programa de certa forma elitizado uma forma de expressar sua opinião contra este projeto e para isso trouxe até o programa o professor Rui, que é contra ao desenvolvimento econômico da região. Mas é bom deixar claro que a rede Globo tem feito isto várias vezes e não apenas no programa do Jô. Se a rede globo e e prof. Rui são contas estes projetos, deveriam se unir e elaborar um projeto alternativo, que dará o mesmo retorno econômico do Complexo Intermodal.

    Dizer que é contra sem colocar alternativas é muito fácil.

    PORTO SUL SIM!Pelo crescimento de nossa região!
    Saudações

  • Renato S. Bernils says:

    Prof. Degas, tudo bem?
    Não compartilho as opiniões radicais do Prof. Rui. Acredito que o complexo pode e deve ser construído no sul da Bahia e acho exagerada essa sugestão que ele e outros defendem, de transferir o porto para a estrutura já existente na Baía de Todos os Santos.
    Mas tenho alguns poréns ao teu discurso. Em primeiro lugar, a região sul da Bahia possui inúmeras outras áreas mais degradadas ou ocupadas apenas por cultivos de cacau e coco, que poderiam ser ocupadas pelo porto e seus anexos sem maiores impactos sobre a biota terrestres e marinha. Tive acesso a estudos nesse sentido, não estou falando apenas da boca prá fora. A insistência em ocupar áreas de Ilhéus e/ou Itacaré se dá principalmente por questões políticas, ganância e manutenção de status/poder.
    Em segundo lugar, é falso e ilusório afirmar que os poucos empregos que essa nova estrutura traria à região são sinônimo de progresso ou avanço financeiro e social. Os próprios portos que você citou (Recife, Itajaí e Vitória) são cercados de problemas sociais, pobreza, desemprego e criminalidade elevada, como também ocorre nas demais cidades brasileiras que possuem portos bem desenvolvidos, como Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belém, Manaus…
    Você realmente acredita que a criação ou o incremento de instalações portuárias levou a essas cidades mais vantagens do que desvantagens? Você realmente conhece as implicações ambentais negativas de Suape, Itajaí, São Francisco do Sul, Santos, São Sebastião, Porto Alegre e Vitória?
    Defendo uma ampla discussão sobre o tema. Mas não é o simples querer de 80% ou mais da população que deve definir questões com tamanhas implicações ambientais, pois mais de 90% da população não possui conhecimento técnico para opinar sabiamente sobre esse tipo de problema. Se você perguntar quem quer passar o dia inteiro em casa e mesmo assim receber um vultoso salário no fim do mês, mais de 80% da população vai querer, mas isso não significa que essa medida seja viável para a economia de uma país, estado ou município. A população responde “sim” ou “não” sem saber de todas as implicações, pois reage de forma instintiva e na base da especulação.
    Ou seja, jogar 80% da população contra as opiniões bem embasadas do Prof. Rui é golpe baixo e infantil, que tribunal algum aceitaria como argumento válido – mas faz bonito na mídia, não é?
    Por fim, quem foi que disse que o Programa do Jô é um programa jornalístico? Um talkshow não tem esse compromisso com a pretensa imparcialidade da mídia; até pelo contrário: programas desse tipo são necessariamente personalistas e podem apresentar apenas entrevistas que agradem seus coordenadores e apresentadores. Não é o Jornal Nacional, Degas; é “apenas” o Programa do Jô.

    • degas says:

      US$ 753.509.369 – arrecadação do Porto de Tubarão em 2006 (não consegui dados mais atuais). É a maior fonte de arrecadação do município de Vitória, e o maior gerador de emprego e renda direto e indireto.

      Sobre Suape posso falar com certo conhecimento de causa. Tenho laços na Paraíba e, por osmose, com Pernambuco. A quantidade de empreendimentos, a oferta de empregos e a média salaria vem crescendo a cada dia. Mas há informações mais concretas, que mostram uma geração de 20.000 empregos. http://www.suape.pe.gov.br/home/index.php

      Tenho certeza que estes portos geraram problemas. Efeitos colaterais. Mas os dados de faturamento, geação de emprego e renda e arrecadação estão aí. Não há dúvidas de que é uma equação vantajosa.

      Poderia me estender mais, só que tenho que ir à UESC agora.

      Valeu!

  • guimaraes says:

    Caro amigo, vc disse tudo.
    Nada satisfaz ao Rui , a nao ser deixar a area para os latifundiários como o Leal da Natura.
    Tem que haver o debate só o Rui falar será bobagem , todosja sabemos a intençao dele

  • Roots says:

    Esse professor Rui Rocha é uma piada! A idéia dele é transferir o porto para a Baía de Todos os Santos, e a nossa cidade, como fica? Nosso turismo é mal explorado, o comércio fraco (perde p/Itabuna fácil), polo de informática fraco, cacau nem se diz, então a cidade vai crescer economicamente do turismo ambiental? A cidade precisa desse instrumento p/crescer economicamente, gerar empregos e expandir, eu começo a duvidar desse sujeito! Tô achando q é pago p/ser contra, cujo objetivo é tirar o projeto Porto Sul Bahia para a Baía de Todos os Santos, pensem nisso meu povo.

  • Emilio Gusmão says:

    Comentário do biólogo Gabriel Barros no Facebook.

    Rpz, assumi uma leitura imparcial e digo: “Esse Prof. Álvaro falou um monte de inverdade!”
    Com certeza que o desenvolvimento da região é necessário e o próprio Ruy deixou isso claro qd afirmou que NÃO É CONTRA O PROJETO, MAS SIM CONTRA A LOCALIZAÇÃO ATUALMENTE SUGERIDA. Já segundo afirma o Prof. Álvaro, o Ruy é contra o projeto, o que não é verdade. Além disso, essa tal “pesquisa” com 80% da população a favor do porto é balela, bem como essa conversa fiada de minimização de impactos e compensação ambiental (dificilmente isso é devidamente praticado, principalmente em construções portuárias).
    Dizer que outros portos no país não trouxeram grandes problemas é uma grande piada. Ainda por cima citou o porto de Suape em Recife (PE)…será que ele não sabe que devido à construção desse porto foi intensificado o número de ataques de tubarões em praias de Recife devido ao deslocamento da área de alimentação destes (dentre outros motivos, é claro)?
    Concordo com o Prof. Álvaro é somente um ponto: acreditar que o cacau não é a solução. Com certeza não é mais!
    Fora isso o resto foi colóquiosl flácidos para acalentar bovinos! hehe
    Abração!

    • degas says:

      Não tenho aqui nenhuma intenção de duvidar dos motivos do Prof. Rui. Sequer o conheço. Mas o fato é éste: o Prof. Rui é contra o Complexo Intermodal em Ilhéus. Se isto não ficou claro, então que fique agora. Ou, para mostrar que estou errado, que se aponte algum ponto em Ilhéus onde ele acha adequado fazer o empeendimento.

      Os portos de Suape, Tubarão e Itajaí são, hoje, elementos fundamentais de sustentação econômica e melhoria de vida das pessoas naquelas localizações. Não se pode desprezar os mais de 700 milhões de dólares arrecadados (sobre os quais incide taxas, contribuições e impostos, e para os quais se gera emprego e renda) do Porto de Tubarão. O Porto de Suape, apesar de relativamente jovem, já contabiliza 20.000 empregos.

      Com efeitos colaterais, é verdade. Mas a equação é vantajosa. Tanto porque o numerador é alto (geração de empregos, arrecadação, oportunidades de desenvolvimento) quanto porque o denominador não é tão apocalíptico assim.

      Por exemplo: ataques de tubarão em Recife? Vamos deixar o sensacionalismo da imprensa de lado e contar o tamanho deste “impacto”: 50 ataques em 14 anos. E, segundo próprios biólogos, é difícil afirmar quanto disso veio do Porto de Suape e quanto veio do próprio aumento de surfistas na cidade, já que sempre ocorreram ataques ali. (fonte: http://www2.uol.com.br/JC/sites/tubarao/index.htm). Aliás, a culpa nem seria necessariamente do Porto, e sim de um quebra-mar (fonte: http://www.brasilmergulho.com.br/port/artigos/2002/014.shtml). Mais ainda, os ataques estão sendo mitigados, com ações de controle ambiental, que vem reduzindo o número de acidentes. (fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=584754).

      Acho que é só isso o que merece resposta, num debate saudável.

      Valeu!

  • ANNE PACHECO says:

    Ilhéus está no fundo do poço ha muito tempo. Não adianta porto sul, ferrovia, aeroporto se continuarmos a eleger homens incapazes para administrar essa Cidade.
    Para a afirmar que 80% da população esta a favor do tal empreendimento será necessário fazer um plebiscito. Está parecendo coisa de político quando quer enganar o eleitorado e propaga percentuais imaginários e depois é derrotado nas urnas.
    VIVA A MATA ATLÂNTICA!!!

  • MECS says:

    Gente, gente, vocês que são a favor do porto sul serão os primeiros a chorarem, será a desgraça de ilhéus, vai destruir a cidade mais do que já esta.

  • Beléu says:

    Só a implantação do Porto não é garantia de desenvolvimento e crescimento para a região. Com os políticos que estão por aí (no poder ou querendo) todos os esforços podem ir por água abaixo.
    O que demonstraram até agora tem sido a eficácia da politicagem e uma monstruosa incompetência administrativa.
    Se querem mudanças benéficas, comecemos por uma melhor escolha de nossos representantes.

  • Marcos Ferreira says:

    Eu lamento profundamente pela mentalidade do ser humano. Principalmente dos que tem muito conhecimento, mas olhos fechados para o amanhã.
    Vamos lá pessoal que venha o Complexo Intermodal e quaisquer outros Complexos que queiram. Nossa geração agradece, mas já não tenho certeza se as futuras gerações agradecerão.
    Nosso mundo hoje não comporta mais o habitantes que tem (mais de 6 bilhões). Seus recursos não são mais suficientes. Mesmo assim vamos acabando com a água, o solo e o pior o próprio ar que respiramos.

    No dia em que esse tipo de “expansão” nos afetar diretamente, saberemos o quanto Complexos como esse vão contra o bem estar da humanidade.

    Eu.. lamento profundamente…

  • FASKOMY says:

    O MEU VC VETOU REY=======TEM NADA VC JÁ SABE QUE EU ARRIPIO ESSES OTARIOS

  • Catatau says:

    Como uma cidade que não tem um hospital digno, vai tratar as doenças respiratórias e os casos de câncer que virão junto com o pó do minério de ferro e do urânio transportado aqui? Quantos empregos DIRETOS gera um porto destes? Vai gerar zilhões de dólares em arrecadação; sim, mas para o benefício de quem? Porque fazer do zero se já existem estruturas prontas e abandonadas? Nesses casos quem ganha sempre são as construtoras.

    Vamos falar sério: esse projeto de “terminal intermodal” é só marketing do PT com seus PACs mirabolantes que não saem do papel. Se não conseguem fazer um aeroporto digno para a Copa do Mundo, vão fazer um aeroporto internacional aqui em Ilhéus???? RÁ-RÁ-RÁ.

    O que eles querem é um pier para uma empresa do Cazaquistão operar com 3 funcionários (em turnos diferentes) apertarem um botão para rodar a esteira e carregar os navios. Não avançamos nem um mílimetro do tempo do descobrimento, quando carregavamos pau brasil para os portugueses. O resto é só conto de carochinha. Quem é que já viu o projeto do porto do governo do estado?

    Ilhéus era a cidade do te-tinha. Agora virou a cidade do vai-ter. Enquanto isso nem saneamento básico, nem tapa buraco…

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