Representantes dos países que participam da 74ª Assembleia Geral da Aliança dos Países Produtores de Cacau, em Brasília, buscam um modelo de certificado padrão

Brasília (12/09/2011) – A certificação do cacau proporciona maior qualidade e rentabilidade para o produtor. A avaliação é do secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, que representou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na abertura do Workshop Internacional sobre Certificação de Cacau na 74ª Assembleia da Aliança dos Países Produtores de Cacau (Copal, sigla em inglês). O encontro começou na manhã desta sexta-feira, 12 de setembro, e será realizado até sexta-feira (16), no Royal Tulip Brasília Alvorada.

O workshop pretende encontrar um modelo comum de certificação do cacau entre os países membros da Copal. Para isso, cada país apresentará as etapas para certificar o fruto em seu país. “Os processos de certificação, padronização e indicação geográfica privilegiam a rentabilidade do produtor”, afirma Porto.

O presidente do comitê dos peritos de mercado, Edem Amegashie, citou a importância do workshop para o mercado de países produtores. Segundo ele, a Europa e o Japão pretendem, até 2020, ter apenas chocolates certificados nas gôndolas e esta tende a se tornar uma estratégia global. O secretário-geral em exercício da Copal, Anuar Khabar, representante da Malásia, diz que pretende compartilhar o modelo aplicado em seu país e acredita que a certificação do cacau é importante tanto pelo valor agregado ao produtor, quanto pela qualidade que terá o produto final.

Além do workshop e da programação da 74ª Assembleia, os representantes vão eleger, até o fim do evento, o novo secretário da Aliança. Atualmente a Copal é composta por 10 países membros: Brasil, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Malásia, Nigéria, República Dominicana, São Tomé e Príncipe e Togo. Os países membros representam 75% da produção mundial de cacau.

Saiba mais

A Aliança dos Países Produtores de Cacau (Copal) é uma organização intergovernamental, instituída em janeiro de 1962, por representantes dos governos de cinco países produtores. Eram eles: Brasil, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Nigéria. Hoje a aliança tem 10 países participantes e qualquer país produtor de cacau poderá ser considerado membro da Aliança, desde que aceite o estatuto fundamental da Copal – a Carta de Abidjan. São objetivos principais da instituição: o intercâmbio de informação técnica e científica, a discussão de problemas de interesse mútuo em busca do avanço das relações sociais e econômicas entre os produtores. A aliança também busca assegurar a oferta adequada de cacau para o mercado a preços remuneradores e promover a expansão do consumo de cacau. (Débora Bazeggio)