Ao lado d’OQUADRO Instrumental, o ilheense Jorge Amorim promete sacolejar a noite do dia 24, sábado, com sua música genuinamente baiana, que mistura o samba, jazz e o afrobeat.
Por Anna Karenina
Cada vez mais o palco do Bataclan, em Ilhéus, vem esquentando as noites e abrindo espaço para nossa cultura através do projeto OQUADRO Instrumental, com a apresentação de artistas regionais. Nesta quinta edição, o convidado é Jorge Amorim, diretor musical, violonista, cantor e compositor, que se apresentará com os músicos d’OQUADRO neste sábado (24), com direito a muitos improvisos de afrobeats e afrosambas, a partir das 20:30 hs. Esta iniciativa é do Coletivo Prumo em parceria com a administração do Bataclan.
Natural de Ilhéus, mas cidadão do mundo, Jorge Amorim iniciou seu ofício desde a meninice. Com fortes influências do afrobeat de Fela Kuti, espalhou seus dedilhados e timbres por Paris, onde morou, e por toda Europa e em países de outros continentes, como o Japão e Canadá.  O momento cultural que Ilhéus experimenta hoje é sem dúvidas uma excelente oportunidade para que as gerações presentes e as que estão chegando, conheçam e desfrutem das riquezas artísticas de sua terra. “Essa noite vai ser de ‘entortar o rabo do tatú’, sonzeira garantida”, é o que afirma Ricô Barreto, baixista d’OQUADRO e integrante do Coletivo Prumo.
Jorge Amorim
Viveu em Paris há mais de 27 anos, onde exerceu e amadureceu sua arte com shows em renomados espaços culturais, próprio de um currículo admirável. Apresentou-se em lugares como o Museu do Louvre no espaço “Le Saut Du Loup”, clubes como Sunset, Satelit Café, Baisé Salé, Glaz’art, Le Reservoir, La Java, Favela Chic, Le Discophage, casas de shows como Le Bataclan, La Coupole, L’Olympia, Centre George Pompidou, e nos principais teatros parisienses.
As apresentações, solos e muitas vezes em parceria com diversos artistas traduzem como Amorim expandiu sua música, interagiu e participou de enriquecedoras experiências, como em Paris com o grupo “Tupi Nagô”; de 2001 a 2007 participou como cantor e violonista nas turnês pelo Japão da cantora Clémentine através dos projetos da rede “Blue Notes”; dirigiu, cantou e tocou em shows da cantora Nazaré Pereira em Paris, como também na Suíça, Alemanha, Itália, Portugal, dentre outros países europeus e da América, como o Canadá; participou como backingvocal na gravação do primeiro álbum solo “Alfabetagamatizado” de Carlinhos Brown; dirigiu o álbum “Samba pelo Avesso” da cantora e compositora Carolina Ferrer (2010), no Rio de Janeiro.
Afrobeat é uma combinação de música yorubá, jazz, highlife, funk e ritmos, fundido com percussão africana e estilos vocais.