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O Comitê de Entidades Sociais em Defesa de Ilhéus e Região (Coeso) organizou, nesta segunda-feira (17), na Câmara de Vereadores de Ilhéus, uma apresentação do projeto Porto Sul, com destaque para as informações do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do empreendimento. Além de sindicalistas, também participaram líderes dos bairros e da zona rural ilheense, representantes de agricultores familiares, produtores e comunidades indígenas.

Para José Humberto Sá Nery, da Associação Lagoa Encantada Cidadania e Turismo Sustentável, “o Porto Sul dotará Ilhéus de infraestrutura e equipamentos que vão impulsionar o turismo. Nesse contexto, acreditamos que a Lagoa Encantada, com seu imenso potencial, será beneficiada, criando novas perspectivas para a comunidade”.

“O Porto Sul será um vetor de desenvolvimento, numa região que precisa se reerguer após a crise na lavoura cacaueira, criando oportunidades que irão melhorar a qualidade de vida da população”, afirma Claudio Magalhães, da comunidade indígena tupinambá, em Olivença.

Emerson Gomes Tavares, um dos diretores do Coeso, entende que “se trata de um empreendimento importante para a Bahia e o Brasil, mas principalmente para o Sul da Bahia. O Governo do Estado deu um novo dinamismo ao projeto e temos a convicção de que o Porto Sul será uma realidade”. Tavares ressalta ainda que, “além das compensações ambientais, também necessitamos de compensações sociais, como investimentos em saúde, educação e infraestrutura”.

A partir desta terça-feira, 18, as informações sobre o Porto Sul serão levadas aos municípios de Itacaré, Uruçuca, Itajuípe, Coaraci e Barro Preto. As reuniões promovidas pelo Governo da Bahia têm o objetivo de oferecer informações sobre o projeto  Porto Sul, antes da audiência pública do Ibama, marcada  para o próximo dia 29 de outubro, às 14 horas, no Centro de Convenções de Ilhéus.

O Porto Sul será um porto offshore, com quebra-mar a 2,5 quilômetros da costa, e uma Zona de Apoio Logístico (ZAL) em terra, além de um Terminal de Uso Privativo que será explorado pela empresa Bahia Mineração (Bamin) para escoamento de minério de ferro. A previsão é de que o porto terá uma movimentação de cargas de 75 milhões de toneladas por ano, a terceira maior do país. De acordo com o Governo da Bahia, o porto foi concebido como uma estratégia voltada à desconcentração de investimentos em infraestrutura e logística, beneficiando o interior do Estado.

DT/GOV