Roberto Carlos Rodrigues

Roberto Carlos Rodrigues

Há um imenso fosso entre os discursos políticos e a realidade do Estado da Bahia. Em recente estudo publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) aponta que 89,7% dos baianos são usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) e que apenas 10,3% do nosso povo têm acesso aos planos e convênios médicos. Em números, dos 13.633.969 habitantes baianos estimados pelo Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) de 2010, mais de 12,2 milhões depende o Sistema Único de Saúde. Apenas 1,3 milhões de baianos têm planos de saúde. No estudo sobre acesso a saúde no Brasil, a Bahia só perde para os Estados do Maranhão e do Pará. No Estado de São Paulo, dos seus 41.252.160 habitantes estimados, 44,5% têm plano de saúde. Isso reforça a discrepância social e econômica entre os nossos brasis. Porém, quando ouvimos o governo do Estado da Bahia falar em “constantes melhoras e melhorias” do atendimento público e acesso à saúde, logo se ver que o discurso governamental está fatalmente doente em suas práticas. O pior de tudo é saber que para os 89,7% dos baianos não há alternativa de acesso a saúde a não ser o falido SUS. Ou seja, ruim com ele e sem ele, – para quem está doente na Boa Terra -, é morte certa. Em fatos locais ilheenses, o senhor prefeito Newton Lima quando adoeceu, recorreu ao seu bom plano de saúde para ter UTI aérea, atendimentos médicos e hospitalares em Salvador e pronto estabelecimento da sua saúde. Se fosse Lima um usuário comum do SUS baiano até hoje estava esperando a consulta agendada para os próximos 180 dias e gemendo para anuviar as dores, como faz muita gente do nosso pobre município. É bom que se diga que o SUS não atende mal por falta de recursos financeiros, mas sim, por falta de gestão. O lamentável é saber que se depender da turma da Dilma, nos próximos anos não se regulamentará a Emenda Constitucional 29 que pleiteia mais investimentos na saúde pública e, por conta disso, o SUS sobreviverá como está ou será muito pior. Que Deus nos acuda e que não adoecemos nesses turvos e inglórios dias.

Para conhecer o estudo sobre o Censo Médico Brasileiro, acesso AQUI o link do site do CFM.