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fevereiro 2012
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Coletiva no Palácio Paranaguá : “SEGURANÇA PÚBLICA MUNICIPAL”

Eu, pelado, para a cirurgia que não aconteceu.

Estava na janela quando Guy apontou na esquina da rua do Café no maior pique. Curioso, esperei ele chegar ‘de baixo’ da janela e mandei: pra onde vai nesse pique todo? No que ele respondeu: coletiva agora no palácio Paranaguá. Perguntei: teve convite? E ele: não, me ligaram agora e eu já estou atrasado. Pronto. Foi o suficiente para imaginar milhões de coisas prestes a serem colocadas à disposição dos nossos colegas. Fiquei aqui me roendo de curiosidade porque não fui convidado, me senti excluído, relegado ao último plano do seleto grupo de comunicadores mas, segurei a minha onda porque mais cedo ou mais tarde eu ficaria sabendo das coisas relacionadas com essa coletiva em, digamos assim, edição extraordinária. Para ser urgentíssima, “a toque de caixa”, a ‘agunia’ aumentou mais ainda porque não estaria lá, no olho do furacão para tomar conhecimento desse furdunço todo. Segurança Pública Municipal, assunto quente, assunto para, pelo menos, 3 dias seguidos de postagens …

Fiquei imaginando como seria debater um assunto desses, tão palpitante, em função desse movimento grevista que já está ganhando o País… Fiquei idealizando Newton tenso, cercado de autoridades, Barreto com aquele colete da SWAT e em cada bolso uma arma, gás de pimenta, arma de choque, caneta que dispara bala 22, Nazal suando, Bahia pensando na próxima (…), Pedro da guarda se de frente parecendo uma garrafa de Passport se de lado General Berilo nos 7 de setembros passados, todos os olhares cravados na mesa, o pessoal da força nacional com um mapa maior do que a cidade perguntando onde é o BB suco que tem abatimento/desconto para militares, onde é o ponto do ônibus do paredão, enfim, uma loucura naquele ambiente que tem sido palco de grandes decisões e eu torcendo para Maurício Maron ter levado o seu ‘tablete’ (que é mais avançado do que aquele que ainda vai ser lançado e com o triplo de recursos) por que ele mandaria uma tripla EXCLUSIVA e eu ia acompanhando em tempo Real, Santander, Bradesco, Hsbc e etc, Jamerson já catalogando as coisas, ouvidos atentos nos arredores, enfim, do jeito que qualquer coletiva, em clima de guerra, exige. Tentei ligar pra Vila mas deu caixa. Ele tem uma premonição da zorra. O sempre simpático Vila, com larga experiência, diz o que vai acontecer antes de acontecer. O pessoal do gabinete fica invocado com isso… e nada de notícias de lá.

Esse panavueiro todo acontecendo na minha cabeça, os minutos ‘vuando’ e nada de chegar notícias de lá. Já estava pra falar com Álvaro pra ele deixar uma ambulância aqui na porta porque meu coração poderia não agüentar. Nisso eu lembrei novamente da Força e da situação emergencial e a associação foi imediata: é preciso unir forças para vencer, com segurança, todas as ameaças e, fatos outros serem coibidos. Por ser EMERGENCIAL cabe contratações sem licitações, via Bahia, mas nesse caso seria sem Bahia e sim com Juraci. Ora, a força precisará de guias para, por exemplo: tiroteio no Rombudo, Jamaica, Coréia, Vidigal, Amparo e Legião. Achar essas localidades no mapa não é tarefa fácil e ai entraria, de maneira terceirizada, a GUARDA NOTURNA DE JURACI porque os cabras são bons, não dormem um segundo e são acesos. Algo do tipo: atenção força! Dois moradores de rua estenderam papelão e vão dormir na porta da loja tal. Câmbio! Aguardo instruções. Atenção força! Aqui em Julio Bagana o pau da ‘cumeno’. Subiram pela Tapera e estão descendo pelo fundo do terreiro de Pai Tonho. Câmbio!!!!! Força! Bala pra todo lado aqui nas Malvinas. Os que atiraram estão nas imediações de Jatium na primeira sentada do Basílio… corre que ocês pega. Os do Malhado, via rádio, mandariam: passaram agora pelo fundo de tia Edinha em direção a rua do sossego. Se vocês forem pela frente vão pegar eles perto de “foem mecânico”

Devo ter dado uns 5000 cliques nos sites e blogs atrás das novidades da coletiva e foi aí que eu gelei. Maurício mandou a manchete: Até segunda, Prefeitura de Ilhéus decide se terá ou não carnaval. Fiquei estático, suei e quase entro em pânico. De logo me veio na cabeça a Escola de Samba de Zequinha (Bairro Vilela) uma das principais atrações do carnaval de Ilhéus, as demais estrelas que arrastariam milhares de foliões a exemplo de anos anteriores todas tristes e deprimidas. Lembrei das duas negas malucas, expoentes das nossas festanças, os ônibus vazios sem as meninas com sandália de dedo, ‘pochete’ cor de rosa e bermuda de ‘coton’ coladas ao corpo delineando formas e despertando libidos, desejos mil, as crianças com aqueles passadeiras de borboletas que acendem e os rapazes lindos, de corpos esculturais, descendo do’ buzu’, cofrinhos a mostra e as inseparáveis caixas de som (celular) nas alturas fazendo suas colegas de coletivos suspirarem. Rapaz, uma tristeza. Ilhéus sem carnaval. Uma tragédia se avizinhando.

Nisso chegaram duas fotos para calçar o release e nas fotos todos estavam com os olhos fixos na mesa. Todos sem piscar. Olhando os presentes para se constituírem em fontes de informações percebi a grande falha do chefe do cerimonial, ZéVandro. Todo mundo sabe que se passar a mão na barriga de um BUDA dá sorte. Ora, se essa “ONDA” tem mais de cinco mil anos (no mínimo) a oportunidade que Zé teve e não aproveitou mereceria uma advertência. Deveria colocar Jota completamente despido, sentado no chão, de costas para a porta, com um pratinho cheio de bombons e algumas nicas presas num imã. Essa das nicas seria um pouco arriscada porque as nicas poderiam desaparecer e o o Buda do Paraguay pagar o pato. Nisso, devidamente orientados, os convidados adentrariam ao recinto e iriam passando a mão na barriga do nosso Buda. Os visitantes teriam prioridade e poderiam furar a fila. Quando retornassem aos seus destinos estariam divulgando a nossa cidade como extremamente mística. A sempre atuante secretaria de turismo venderia esse produto facinho facinho e milhares de dólares entrariam, por conta dessa bela sacada, na nossa economia …

Agora vou dormir porque até segunda feira quando será decidido se haverá carnaval em Ilhéus muitas horas de ‘agunia’ estão por vir e eu não estou bem de saúde para tanta expectativa…

Grande bjo pra todos e fiquem com DEUS (Sempre!).

Rabat.

3 respostas para “Coletiva no Palácio Paranaguá : “SEGURANÇA PÚBLICA MUNICIPAL””

  • regina says:

    Rabat, você é uma figura das mais sensacionais em matéria de escrita, e detalhes minunciosos da cena…..não deveria, mas ri muito…..parabens.

    Regina

  • Paulo de Oliveira says:

    Roberto,

    Genial, você mesclou muito bem a verdade, a informação e o humor. Ao ler sua cronica imaginei aquelas cenas emblemáticas dos Gibis da MARVEL que retratam as estórias dos mocinhos planejando caçar os vilões que querem dominar as cidades americanas ou até mesmo o mundo.

    Pergunta:

    É verdade que um guarda municipal de Ilhéus recebe um soldo de mais de R$10mil reais por mês, enquanto que um policial militar que arrisca a vida atrás de bandidos recebe em torno de R$4mil Reais no máximo?

  • Não tem como não publicar novamente! rsrsrsrs ele era impar

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