Acusado de liderar greve na Bahia, vice-presidente da Associação Nacional de Praças é preso em Natal
O diretor administrativo da Associação de Cabos e Soldados do Rio Grande do Norte (ACS-RN), César Cals de Queiroz, disse ao UOL que Nascimento se apresentou às 8h no quartel da PM, já passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado para a sede do Bope (Batalhão de Operações Especiais), onde ficará detido à disposição da Justiça.
Segundo o comando da PM potiguar, caso não se entregasse hoje o cabo seria considerado desertor, já que a sua ausência foi publicada na última terça-feira (7) – o prazo para apresentação era de sete dias. Ainda segundo a PM, a prisão do militar já foi comunicada à Justiça baiana.
A ACS-RN informou que já ingressou, nesta segunda-feira (13), com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça da Bahia. “Mas estamos com muita dificuldade, pois a defesa não teve acesso ao processo. Uma coisa absurda, oito dias após o decreto, a defesa não teve ainda acesso ao processo para fazer um pedido embasado. Vamos aguardar a resposta, e, em caso de negativa, vamos decidir uma forma de protestar”, afirmou César Cals de Queiroz.
Segundo Queiroz, a acusação contra o cabo Nascimento é injusta, já que ele foi à Bahia para ajudar a resolver o problema e negociar com o governo. “Sempre que há um movimento nacional, Jeoás participa. Nós conhecemos ele, o caráter dele, e sabemos que ele nunca liderou nenhum ataque contra a população. Isso é infundado. Ele já rodou o país para negociar e nunca foi acusado de nada”, disse, citando que o governo baiano tentou criminalizar os grevistas.
Até o momento, outros quatro militares, dos 12 que tiveram a prisão decretada, foram detidos –todos na Bahia. São eles: Marco Prisco — presidente da Aspra (Associação de Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia) e líder do movimento–, o ex-sargento Antônio Paulo Angelini, o sargento Elias Alves de Santana e o soldado Alvin dos Santos Silva. Outros sete militares ainda são procurados pela Justiça.
Entenda a greve da Polícia Militar na Bahia
- A greve
- O que queriam os grevistas
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- Adesão
- Aumento da violência
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- Piso nacional
- Grevistas deixam a Assembleia Legislativa
A greve parcial dos policiais militares na Bahia foi deflagrada no dia 31 de janeiro. Dias depois, o movimento foi considerado ilegal. Doze mandados de prisão foram expedidos contra policiais militares que lideram o movimento. Todos são acusados de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público (carros da corporação). Além dos crimes, os policiais devem passar por um processo administrativo.
No dia 9 de fevereiro, os agentes que estavam amotinados durante dez dias na Assembleia Legislativa, em Salvador, desocuparam o prédio. Na noite do dia 11, o fim da greve foi decretado.
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Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
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