Improviso, Oxente! discute economia local nesta terça
As falas foram abertas pelo professor doutor Paulo Meliani. Ele explicou que a grande questão do trânsito começa no consumo e é preciso desestimular a compra de carros como símbolos de sucesso. O geógrafo falou que é preciso desalienar as pessoas sobre a necessidade do consumo, através de projetos de educação e cultura, estimulando a coletividade do uso do espaço. “Deve-se primeiro pensar nas pessoas antes dos carros”, complementou.
Para o arquiteto urbanista Alan Dick, resolver mesmo quem tem um automóvel depende da circulação do transporte público e investir nisso contempla motoristas e pedestres. “Ilhéus não faz planejamento urbano há, pelo menos, oito anos. São necessários ajustes de leis complementares, que nunca funcionaram adequadamente”, relatou.
A arquiteta da Conder, Adriana Pires, apresentou o projeto Cidade Bicicleta, que prevê a interligação do espaço urbano através de ciclovias. Segundo a especialista, o Brasil é o terceiro maior fabricante de bicicletas do mundo e Curitiba é a cidade com mais ciclovias, tendo 119 quilômetros. No exterior, o uso da bicicleta é mais popular e incentivado pelo governo com a construção de locais apropriados para pedalar. A cidade alemã de Munique possui 1.400 quilômetros de ciclovias, por exemplo. “Ilhéus está dentro da área de interesse do projeto, que é financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal”, adiantou.
Iniciada em julho deste ano, esta edição do Improviso, Oxente! tem como tema geral “A cidade é movida pela cultura” termina no final deste mês. As propostas abordadas ao longo do projeto serão incluídas em um livro publicado pela Mondrongo, editora do TPI. A obra será entregue ao prefeito eleito como sugestões para seu projeto de governo.