Especulação na rabeira na omissão
Fazia um bom tempo que não dava uma saidinha da toca. Ontem fui ali no Centro Médico, depois na CEPLAC e resolvi, devagarinho, voltar pela Marquês de Paranaguá para rever amigos lojistas, passantes, andantes e quem aparecesse para o velho abraço, sorrisos e atualização das novidades (na fonte).
Percebí uma psicosfera esquisita. Aquele fovoco todo, característico de uma cidade buliçosa, não vi em canto nenhum. É bem verdade que esse baixo astral vem de um bom tempo. Sabia e sei que a cidade está macambúzia, mas testemunhar nessa magnitude foi doido demais.
Além do acabrunhamento que baixou no nosso povo, vi a imundice campeando, vi cada loja com seu respectivo monte de lixo bem na porta, vi pedintes, deficientes mentais e uma rua – que outrora funcionava como uma imã – completamente apática, morta, fedendo a mijo e sem um filete de Luz.
Ninguém sabe, exatamente, o que está acontecendo na administração municipal. Várias vezes cobramos transparência porque sabíamos que o silêncio geraria especulação e agora o prefeito está péssimo na fita. Está pagando e caro pelo silêncio.
Se a especulação aponta para todas – possíveis – irregularidades … como atender pedido para mutirão? Se a coisa fosse transparente, se a comunidade soubesse para onde tem ido o dinheiro arrecado ou carimbado, se essa situação de penúria fosse mostrada mês a mês, nem precisaria chamar porque a própria população iria para as ruas (centro, bairros, distritos, vilas e povoados) e faria uma verdadeira faxina. O verdadeiro ilheense AMA a sua cidade e por ela faz tudo. Quando ela se sente preterida, jogada criminosamente de lado (contrário ao discurso) ela vira fera e não perdoa…
Nossas esperanças se esvaíram. Estamos por conta de uma meia dúzia de “colaboradores” escolhidos a dedo por sua santidade o prefeito que, num momento festivo disse que arregaçaria as mangas e faria a nossa cidade voltar aos bons tempos com geração de emprego, com um modelo de administração visando tirar Ilhéus do caos. Ele com seus “secretários” apunhalaram seus irmãos ilheenses e os secretários, ávidos, digo, dedicados não deram o “rumo” para o qual se esperou. Perderam o rumo na administração e ganharam outros rumos… se eu estiver enganado, perdão, mas o silencio me dá a possibilidade de especular também.
Na política o vento sopra para vários lados. Quando existe o vento do oportunismo muitos que se identificam com ele correm pra frente. Se o vento faz, inesperadamente, uma curva e deixa o tal de lado a revolta surge em forma de fervorosos discursos de arrependimento e ou lamentações. Se as coisas andarem certinhas para com esses aproveitadores aí o silencio deles se junta com os que preferem esconder para desse “esconder” inviabilizar certezas …
Aos jovens afoitos, aspirantes a cientista político, comentaristas, homens de grupo prestem bastante atenção ao vídeo abaixo.
Se cada diabo governa seis meses o calendário está pequeno para a cidade de Ilhéus.
Lamentável…
… e agora aprendam:
Meu grande amigo/irmão – RABAT
São textos como este, com equilíbrio,sensatez e acima de tudo verdadeiro, que nos enche de orgulho a sua posição como jornalista. Realmente fica difícil saber, o que deu na cabeça do nosso prefeito e seu secretariado. É triste mas, é verdade, estamos num barco sem vela sem leme,sem almirante. E até os marinheiros já estão pulando n’água. Agora, se a estes marinheiros fossem dado o timoneiro,tenha certeza que o barco seguiria outro rumo.
Parabéns
Rezende