Vamos seguir os passos abaixo. Não é preciso muita inteligência para chegar a uma conclusão.
Todo mundo e por unanimidade deita e rola dizendo que todo político é ladrão, claro que existe exceção, mas o que a turma faz merece receber este rótulo.
Pela minha experiência no serviço público federal e na execução das tarefas confiadas, nenhuma empresa pública trabalha com dinheiro ao vivo, a parte financeira é toda formada por documentos em papel e muita gente é envolvida no seu controle.
Nenhum presidente, nenhum governador, nenhum prefeito, nenhum vereador, nenhum deputado, nenhum senador, nenhum diretor dispõe no seu gabinete e na sua mesa de trabalho de um centavo sequer.
Estão acompanhando o processo? Então vamos adiante.
Toda a transação é efetuada mediante a elaboração de licitações, tomadas de preço, assinaturas nos contratos, confecção do empenho e alocação de recursos, a apresentação da competente nota fiscal de prestação de serviços e/ou materiais.

Todo o emaranhado de papéis passa pelo setor de confecção do projeto, do grupo encarregado de julgar as licitações/tomadas de preços, chega a ser exaustivo o trabalho realizado.
Mas, infelizmente, as licitações e demais compras e serviços tomam um rumo diferente do normal e vai de encontro às leis vigentes, daí que a grande diferença se transforma numa palavra conhecidíssima chamada CORRUPÇÃO, o desdobramento da transação.
Não tem jeito, as normas e procedimentos do serviço público foram bem elaboradas e com detalhes visando coibir qualquer tipo de desvio, mas sempre aparece um espertinho para criar um artifício de burlar a lei.
Volto aqui a afirmar, nenhum político saca dinheiro ao vivo do governo, tem que ter a ajuda do CORRUPTOR, aquele que prestou o serviço, que vendeu o material, aí é que o monte de dinheiro aparece e faz a alegria dos políticos.
Portanto, é muito fácil entender o processo. Não tem tribunal de contas que consiga controlar esta ação, é um processo bem elaborado, já enraizado na nossa cultura política e que está se tornando um lamaçal incontrolável em nosso país.
Os escândalos estouram todos os dias e não é mais novidade, os políticos juram de joelhos nos grãos de milho que tudo é mentira, é intriga da oposição e a vida continua.
E a falação final fica por conta do povo: fulano entrou pobre e saiu rico, beltrano comprou isso e aquilo, sicrano construiu isso e aquilo.
A cultura da corrupção já faz parte da vida política do país.
Afinal quem é o pior? O corrupto ou o corruptor? Tirem suas conclusões.

ZÉCARLOS JUNIOR