Trabalho dobrado, é o que afirma a sabedoria popular. Foi-se o tempo em que se podia criar filhos, dando-lhes toda educação, mostrando-lhes os caminhos à serem seguidos. Atualmente, somos obrigados a seguir os ensinamentos da televisão, que de forma assustadora assume a responsabilidade de informar o que lhes convém, transformando crianças e adolescentes em meros espectadores de filmes, novelas e programas, que em nada contribuem para que nossos filhos tenham um futuro promissor. É comum se encontrar crianças de 13 anos, em boates como aquela de Santa Maria, onde os fandangos tem início à meia noite, sendo conduzidos por traficantes e vendedores do libido e, pais e mães de família acostumaram que tudo é normal, até porque, ser rigoroso na criação é bater de frente com as leis. Já que os nossos representantes, entendem que é melhor recuperar viciados e fingir que existe preocupação com a prostituição infantil.

Quer saber, porque um jovem é viciado em drogas, ou vive se prostituindo, pergunte à que família pertence? É comum, pessoas de bem, criar filhos sem ter a mínima preocupação, como se a sociedade tivesse obrigação de educá-los, depois que o pior acontece, vamos dar trabalho e despesas à todos. Em muitos casos, os piores exemplos estão dentro de casa, ou seja, os pais exigem dos filhos aquilo que não souberam lhes transmitir.

Que futuro podemos almejar para nossos filhos se as leis não permitem que o eduquemos? No entanto, à mídia tudo é permitido, inclusive, invadir os nossos lares com indecência e ofertas indecorosas, em horários, em que a família reunida tenta conversar, sobre o dia que passou. Deveria, caber também, aos programas de televisão, o sustento e a educação formal de todos os jovens deste país. Já que não podemos educá-los, não temos obrigação de sustentá-los. No entanto, existe uma segunda alternativa, pais e mães de família tentar eleger pessoas que sejam, no mínimo comprometidos com a verdade, então, passaremos a cobrar dos governantes posturas mais sérias, para que o futuro das novas gerações não seja mais um Big Brother Brasil.

Se quisermos um futuro melhor para as novas gerações, é necessário, atribuir-mos aos chefes de família a inteira responsabilidade de criação e posterior apresentação à sociedade, sob pena, de pagar-mos um preço alto pela desordem social que ora campeia. Não quero afirmar que a culpa seja tão somente de pais e mães de família que permitem crianças e adolescentes em ambientes onde a droga e a prostituição é pública e notória mas, cabe também ao poder público, impor limites pra que a nossa juventude não continue se viciando, sendo usada e abusada e barbaramente assassinada nos finais de semana, causando pânico e prejuízo à toda sociedade.

 

José Iram Almeida                                                                        Ilhéus, 30 de março de 2013.