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Luiz Castro em: DECOLORES

ILHÉUS ONTEM X HOJE

Estamos próximos ao aniversário da nossa  cidade e  fico a fazer comparações entre a  Ilhéus de ontem e de hoje. No livro do historiador José Nazal focaliza essa duas vertentes e observamos como era linda a nossa cidade. Lembro que as ruas eram bem cuidadas e limpas, os passeios eram alinhados onde os transeuntes caminhavam tranquilamente. As praças eram arborizadas, floridas e conservadas, parecia até que estávamos numa metrópole.  Ilhéus inclusive já foi considerada a Princesinha do Sul devido sua beleza natural e sua forma aristocrática. Os Intendentes e Prefeitos daquela época projetaram a nossa cidade visando o futuro, por isso é que construíram prédios e colégios que ate hoje servem a comunidade a exemplo da Associação Comercial no intuito de impulsionar o comércio e indústrias locais; O Palácio Paranaguá com o objetivo de ser a sede do governo;  Os colégios: IME – Centro, PIEDADE , CEAMEV),  GENERAL OSORIO, AFONSO DE CARVALHO, RUI BARBOSA e  ESTADUAL, foram construídos no sentido de incrementar a educação e a cultura na cidade e a região cacaueira.

Lembramos da Cruzada Bem pelo Bem que criada para fomentar as artes domesticas de corte e costura de mães pobres. A União Protetora dos Artistas e Operários de Ilhéus, criada no sentido de ser ponto de encontro das classes trabalhadoras em geral. Os Clubes: Social de Ilhéus, Comerciários, Bancários e Pontal, Teatro Municipal e Cines Social, Santa Clara, Brasil e Conquista opções para o entretenimento das  famílias. O Estádio Municipal Mario Pessoa foi construído numa época em que poucos Estados do país possuíam uma praça de esporte de tamanha envergadura. O Ginásio de Esportes Herval Soledde  foi um dos primeiros a ser construído na região depois de Feira de Santana.

Existia o serviço da Guarda Municipal que era respeitada pela comunidade, cujo objetivo era educar a população e em particular os estudantes a conservar o patrimônio publico.

Os alunos diariamente cantavam o hino nacional e o hino à bandeira, sinal de civismo. Os alunos visitavam a biblioteca municipal, visitavam os monumentos e participavam do desfile cívico da Independência com bastante garbosidade. A Secretaria de Educação/Esportes promovia campeonatos de futebol, basquete, vôlei e corrida estudantis, além dos concursos de poesias e redações.

A cidade contava com uma sociedade preocupada com munícipes, a exemplo do casal Dr. Pacheco e Ester Pacheco que doaram  grande área para construção da  Maternidade Santa Isabel. Vários bairros foram criados a partir de doações de famílias tradicionais de nossa cidade.

A região cacaueira era pujante e com bastante esforço e luta dos agricultores tivemos uma grande empresa de transporte a Viação Sul Baiano que trafegava em todos os municípios do norte e extremo sul do Estado.

A Estrada de Ferro de Ilhéus foi um grande sonho realizado, que além do transporte de passageiros escoava a produção agrícola dos Municípios de Itabuna, Itajuipe, Coaracy, Uruçuca e Ubaitaba.

A ponte Ilhéus-Pontal grande sonho dos Ilheenses.

A criação da Ceplac no intuito de estruturar e analisar as situações adversas do plantio do cacau sobre a doença da vassoura de bruxa, com assistência técnica aos fazendeiros, que doavam 15% de sua produção para manter a entidade.

O comércio de Ilhéus era bastante dinâmico, as empresas em sua maioria pertenciam aos comerciantes da terra a exemplo de: Mendonça Irmãos, grande loja de ferragens, materiais elétricos, louças e utensílios domésticos; Casa Brasil que há 72 anos continua no ramo servindo a região; Armazéns de Secos e Molhados das empresas: Lopes Sobral, Enock Ramos, Silva Azevedo, Aurelino Oliveira, Alberto Haje que inclusive inaugurou naquela época o primeiro supermercado denominado “Pegue e Pague” o único da região cacaueira.

Lembramos de lojas de calçados, tecidos,  livraria ,farmácias, padarias que muito contribuiu com o desenvolvimento de Ilhéus a exemplo de: Alberto Storino, Casas Arnaldo, A Vencedora, João Chaui, A Nacional, A Perola, Jóia de Ilhéus, A Girafa, O Canguru, Boahana & Cia, Casa da Manteiga,  Casas das  Fabricas, Farmácia Central, Santa Inês, Padaria Luso, São José, Minerva e Duas Américas, Raimundo Mota e Armazém de Waltercio Porto.

A construção do Ilhéus Hotel foi uma das maiores etapas de crescimento da cidade, pela sua estrutura interna inclusive com elevador e salões extraordinários.

Firmas compradoras de cacau: Correa Ribeiro, Brandão Filho, Steverson, Freitas & Cia, Cacau Industrial, Manoel Chaves, Cargil, entre outras.

A Agencia do Banco do Brasil de Ilhéus foi o décima nona  a ser criada no País.

A Ilhéus de hoje é bastante diferente, não se conhece ninguém no comercio, são empresas de grande porte que  visam somente lucro e não participam da vida da cidade.

Os colégios são danificados pelos próprios alunos os quais não tem nenhuma noção de civismo e amor pela cidade.

A Maternidade Santa Isabel foi desativada por completo, sem nenhuma condições de reabrir,  pois foi leiloada para pagar débitos trabalhistas.

A União Protetora foi invadida por terceiros, cujo prédio encontra-se em ruínas em pleno centro de Ilhéus.

O Clube dos Comerciários foi tomado pela Prefeitura  Municipal, a qual nunca pagou nestes 30 anos nenhum aluguel.

A Cruzada Bem Pelo Bem ainda funciona, porém é preciso que funcione segundo os estatutos.

A Biblioteca Publica não funciona; O SESP foi desativado; Os passeios estão desalinhados, as calçadas estão totalmente esburacada e as praças publicas estão  danificadas pelos vândalos.

O Prédio Escolar General Osório  encontra-se fechado em re forma.

A Viação Sul Baiano, A Estrada de Ferro e o Instituto de Cacau foram também desativados por completo.

A Ceplac apesar de funcionar precariamente, sem recursos financeiros para pesquisas, vai respirando pela sobrevivência.

A única realidade que ainda funciona é a Universidade Estadual Santa Cruz, que realmente chegou para ficar.

Poucas obras foram erguidas pelo poder Publico municipal, estadual e federal.  Vivemos de promessas e esmolas em épocas de eleições, a exemplo da nova ponte, porto sul, duplicação da Ilhéus e Itabuna e o novo aeroporto.

Peçamos aos nossos Padroeiros São Jorge, Nossa Senhora das Vitorias e  São Sebastião, que enviem lá do céu, luzes e bênçãos para nosso povo, no intuito que possamos melhorar cada vez mais a nossa cidade, com os Ilheenses participando do crescimento da cidade e com  políticos voltados tão somente para o bem comum.

Enquanto isso cantemos:

“De todos os amores que eu tive você foi o meu primeiro.

Ilhéus minha cidade, minha terra, meu orgulho, meu amor……. Junto vamos construir  novas historias de gloria. Pra meu São Jorge dos Ilhéus.”

 

Luiz Castro

Ilheense de coração

Bacharel Administração de Empresa

2 respostas para “Luiz Castro em: DECOLORES”

  • jose Alberto Maia says:

    Excelente matéria, na qual eu concordo pois vivi esta época.
    Temos a obrigação de reerguer esta cidade, participando com ideias e atitudes.
    Cabe apenas uma ressalva. Na lista dos armazéns de secos e molhados faltou a citação de A.S.MAIA , que funcionou na Marques de Paranaguá , em frente a Correa Ribeiro (hoje Bradesco) e posteriormente na Praça Jose Marcelino.
    Parabéns.

  • Meu caro amigo Luiz Castro,

    PARABÉNS pela matéria. Uma viagem ao passado e uma visão para o presente/futuro.

    Grande abraço,

    ZÉCARLOS JUNIOR

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