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junho 2014
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Pulando a fogueira e o bom senso.

Eduardo Pachalski

No feriado de São João é tão bom acender fogueiras, afogar corações com licores, cervejas e outros alcoólicos, soltar rojões e outros fogos, de artifícios ou não, tudo em prol do longo feriado e da religiosa vontade de nos despojarmos dos fardos particulares que carregamos durante o ano.

Desculpamo-nos de todos os ultrajes antecipadamente, pesquisamos os nomes dos santos católicos, dos orixás e quaisquer entidades supra-humanas para justificar toda a falta de compostura ensaiada na véspera, combinadas nas filas da cerveja e açougues.

Mas sejamos realistas por um breve momento, repetimos estas rotinas embriagantes todos os fins de semana, em uns mais, em outros menos, como se pudéssemos transformar álcool em felicidade, fardo em satisfação. Mas assim como qualquer remédio para a dor de cabeça, o efeito passa logo. Apenas exageramos um pouco mais nos feriados. E se em junho o ritmo é o forró, não devemos nos preocupar pois faremos as mesmas presepadas sob o ritmo do carnaval logo no fim do ano,  e no entreposto o ritmo é livre, a gosto dos aniversários e outras festas que recheiam o resto do ano.

Devemos sim comemorar sempre que tivermos motivos, devemos sim relaxar pois o fato é que merecemos, e mesmo que não atenda os requisitos anteriores, que mal há em encher a cara e acordar na sarjeta no dia seguinte? Nenhum.

Se nos comportássemos com o mínimo de decência e prudência durante o ano, talvez coubesse alguma justificativa para eventual falta de civilidade que se segue a este ritual macabro. Festa não é sinônimo de anarquia ou selvageria e sim de felicidade e comemoração.

A revolta é sempre contra os abusos de todas as naturezas, das bombas e aparelhos de som nas portas de hospitais, das fogueiras nas janelas alheias, das brincadeiras hostis que depredam patrimônio alheio como rojões nos muros, janelas e veículos, do estúpido bloqueio de vias que impede a livre circulação das pessoas simplesmente para assar uma carne ou promover uma quadrilha em meio a uma via pública e em consequência das reclamações que certamente se seguem, violência.

No Direito se fala que um dos princípios cívicos mais importantes relacionados ao respeito, tão óbvios que qualquer criança compreende sua necessidade, é que o bem e interesse público é soberano sobre o privado, ou seja, ninguém, no auge do seu prazer individual tem direito de interferir no interesse público, seja São João, Carnaval ou até mesmo aniversário do Papa. Quando a Prefeitura utiliza espaços públicos, informa a comunidade e organiza o trânsito.

Para ser civilizado basta respeitar a comunidade, não interferir na paz alheia. E se a embriaguez tirá-lo da razão por algum momento, tenha caráter e humildade para reconhecer e recompor-se. Não justifique o descuido com imprudência e violência.

Boas festas!

Eduardo Pachalski

2 respostas para “Pulando a fogueira e o bom senso.”

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