Boca torta, zoio de siri, sapo seco, japonês preto, turuja, cacique, nelore, perna podre, boca de siri, Calça frouxa, meleca, cara de xibiu, preá, pinico, cascavel, pé de pano, lampião, kokar, pé de cana, caveirinha, peninha, goguento, puxerrento, galego, galego, paudefumo, zoio pro cú, china, cú melado, janú, fubá (preto e branco), boca de vaca etc.etc.etc. chamativos carinhosos que fazem parte da nossa vida; identificam nossos amigos, e às vezes alguém que a gente não ia com a cara, nesse caso, pejorativamente.  Aqueles que se sentiam ofendidos se arrobavam, e era definitivamente batizada vida inteira. Era o cartório da rua, tendo como escrivão a criatividade da galera.

Sérgios, Antonios, Freds, Gilenos, Gilbertos, Raimundos, Sandivaos, Sarafas, Vasington, Walmirs, Eduardos, Águidos, Josés, Cesars etc., etc, solenemente batizados pelos pais, se projetaram na vida a serviço da comunidade, como servidores, esportistas, fotógrafos, escritores, policiais, médicos, engenheiros, árbitros de futebol (um deles salvo por um primo distante de tomar muita bolacha), e mais, etc. etc., etc., foi no cartório de rua, onde a galera os batizou que os apelidos estreitaram essa longa relação e como muita paz, vivem e convivem até que a morte os separe.
Muito dos apelidos que fazem parte da minha vida alguns problemáticos, eram ditos e ouvidos em ambientes privativos, extrapolava quando da labuta, uma partida de futebol. Imagina, você chamar o Duí,(policial militar), de cú melado no meio da rua, seria uma catástrofe. Duí, era um  cent half, de muito valor e em jogos onde o campo estava enlameado em função de chuvas, ele dava muito carrinho, conseqüentemente sujava a bunda, a galera não o perdoou.Salve os amigos e irmãos que eu ajudei a colocar nomes.
TONHODEMACUCO
JUNHO/2016