By Nilson Pessoa

A história de todo verão se repete. Pessoas conhecidas minhas que chegam de fora comentam o quanto são mal atendidas em muitos bares, restaurantes, cabanas, lojas, táxis, supermercados e até delicatessens. Atendentes com cara amarrada, poucas palavras e má vontade, achando que estão fazendo favor, são as principais queixas.

Aquela justificativa que ouvimos por aí, de que a mão de obra do comércio e prestação de serviços não é especializada porque “migrou das lavouras para a sede do município em busca de emprego à época da crise do cacau, sem conhecimento de nenhuma outra profissão além da lavra” já não cabe mais, afinal, a recessão cacaueira passa de duas décadas!

Ilhéus tem vastíssimo potencial turístico ainda praticamente inexplorado. São belezas e riquezas naturais incríveis, gastronomia regional, além das cenas cultural e histórica. Não é exagero meu: uma Ilhéus preparada para a atividade turística profissional, sem dúvida, caminharia parelha com localidades do nível de Porto Seguro, Gramado, Camboriú, Campos do Jordão e outras.

Receber o cliente com um sorriso (mesmo que forçado), um cumprimento cordial (de preferência, que não seja “digaí, brother”) e um tratamento cortês, é o basicão do básico, mas já seria um bom começo.

Nilson Pessoa