Finalmente hoje é o dia tão esperado estamos em loja! Estando tudo justo e perfeito, aqui estamos e nos reunimos para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros, para glorificar a verdade e a justiça. Para promover o bem estar da pátria e da humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vicio.
Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla de suas vestes; como o orvalho de hermom que desce sobre os montes de Sião; porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre.
Fico eu a imaginar meus irmãos, o que pensa e passa pela cabeça dos nossos aprendizes, aqueles que recém entraram na ordem maçônica, os que ficam cara a cara com a própria pedra bruta que existe dentro de si mesmo, é a busca de seu próprio crescimento, e esses nossos aprendizes não tiram os olhos do Mestre de Cerimônias, que faz os seu giro em loja com toda a sua gloria e sabedoria, passando ali ensinamentos, orientando a todos os irmãos, atento a toda e qualquer situação quanto a postura do irmão em loja, usa sempre o seu bastão discretamente com um toque nas pernas para a devida postura que no templo se exige.
E que função será esta que todos o admiram, aprendem e o observam atentamente aos seus movimentos dentro do templo! O Mestre de Cerimônias bate com seu bastão no piso exigindo atenção e silêncio, e todos assim o admiram, sua postura chama a atenção de todos.
Informa a todos os presentes da importância do momento e após breve momento de silêncio comunica ao Venerável Mestre que o templo está devidamente ornamentado para que se possa já de imediato começar os trabalhos naquela noite. O venerável mestre determina que o mestre de cerimônias dê prosseguimento a entrada do cortejo ao templo.

O mestre de cerimônias determina que o guarda do templo e o mestre de harmonia adentrem ao templo e tomem seus lugares. O mestre de harmonia e guarda do templo entram no templo e fecham a porta atrás de si; a partir deste momento ninguém pode abri-la ou fechá-la, a não ser o guarda do templo
O mestre de cerimônias chama pela entrada dos obreiros que segue a seguinte ordem: aprendizes, companheiros, mestres sem cargo, mestres com cargo no ocidente, seguidos pelos mestres com cargo do oriente, mestres instalados, segundo vigilante, primeiro vigilante e por último, com todos os obreiros de pé, com o seu estilo que jamais passa despercebida, é anunciada pomposamente a entrada do Venerável Mestre. E o Mestre de Cerimônias acompanha o venerável mestre até o trono, onde o cumprimenta com leve meneio de cabeça.
Se existir presente em alguma coluna do ocidente da loja algum visitante Mestre Instalado, ilustre visitante de outra potência, convidados de honra e especiais, o venerável mestre pode solicitar que o mesmo tome lugar no oriente. É neste momento que o Venerável Mestre, a seu critério, pode determinar também que o Mestre de Cerimônias solicite a mudança de lugar de alguns obreiros para equilibrar as colunas do ocidente.
Assim, é muito importante a figura do Mestre de Cerimônias. Sempre em posição de destaque, iniciando e conduzindo com maestria as funções em Loja, afirmo também curiosamente, que é uma das pessoas mais importantes para a implantação do evento todo da loja, pois a partir de sua presença “as coisas começam a acontecer”.
Em hipótese nenhuma estamos desprezando as outras funções dos irmãos. Cada um tem sua função específica na organização do templo.

É isso que o Mestre de Cerimônias precisa ter: determinação e entusiasmo, que conquiste o respeito, convençam aos irmãos que está apresentando aquilo que corresponde às suas expectativas, complementados por clareza e objetividade, utilizando acima de tudo, aquilo que temos de mais forte, o dom da palavra e postura. Por isso, retornando a questão: o que realmente os irmãos aprendizes pensam? será que é como eu penso com orgulho de ser maçon. De ser livre e de bons costumes.