CAUSOS DO ZEQUITO – O seu nome verdadeiro era José Pereira da Silva, conhecido por Zequito por todos os moradores do Distrito do Iguape, onde seu genitor exercia a profissão de Juiz de Paz e era proprietário de uma area agricola naquela região. Além dos afazeres na agricultura, Zequito gostava de ajudar seus pais no  armazem que ao lado da residencia oficial. Lá vendia de tudo, afinal era distante da cidade e os moradores circuvizinhos gostavam de adquirir suas mercadorias de genero alimenticios e algumas miudezas lá mesmo, pois existia o sistema da cardeneta “anote aí depois meu pai paga”.

Zequito foi crescendo e não fez progresso nos estudos fez até o primeiro ano primario, apesar daquela epoca esse cur4so valia pela quinta série ginasial hoje. Ele preferiu se aperfeiçoar na tocagem da roça, nas coisas corriqueiras da agricultura e ser um comerciante considerado prospero. Lá no armazem era bastante movimentado, em epocas de eleições os politicos iam procurar apoio de seu pai que tiha muito prestigio. Alguns fazendeiros ao passar por aquelas bandas também não deixavam de fazer suas paragens para tomar uma dose de bituri (cachaça da epoca) ou então ingerir um caldo de cana ou refresco de graviola que tinha de fartura.

Os tempos foram passando e Zequito começou a mudar de “pato” pra “ganso” ou seja começou a frequentar o Distrito do Iguape onde se concentrava os amigos e as paqueras. Nos novenários ele tirava até de oficial da festa, pois sempre utilizar o vocabulo portugues com maestria. Certa ocasião houve um espertalhão que na calada da noite roubou o sino da Igrejinha e até hoje não descobriram quem foi, dizem que o sino encontra-se numa fazenda de um cidadão alemão que na epoca era colecionador de reliquias religiosas. Isso foi motivo da espionagem procedida por Zequito e seus comparsas.

O progresso foi chegando e a cidade foi ase aproximando no distrito, foi quando o então Governador ACM resolveu adquirir toda extensão de terras da fazenda para criar o Distrito Industrial de Ilhéus, cuja indenização a familia veio receber anos mais tarde.  Com o valor recebido os irmãos resolveram adquirir uma casa residencial na Avenida Bahia onde ele residiu até seu falecimento.

Ao chegar na cidade Zequito inicialmente conseguiu um ponto para instalar sua barraca para venda de doces para os estudantes que por lá passavam, tempos depois surgiu a oportunidade de arrendar um bar no inicio da Avenida Canavieiras conhecido por “Kit Bichas” que normalmente todas as noites tinha desfile no balcão das “bonecas” com grande frequencia de publico estudantil e de alguns desocupados que gostava da coisa.  Ao adquirir o ponto imeditamente ele mudou o nome do estabelecimento para Kit Bom,moralizando o ambiente e a freguesia, inclusive ampliando o estoque com vendas de salgados, refrigerantes, cervejas, bebidas quentes e picolés. O movimento era intenso dia e noite, dizem até que ele ficou quase  milionário se não fosse uns determinados fregueses que durante o sufoco do recreio dos estudantes, usurpavam alguns picolés e salgados sem pagar nada. Hoje esses cidadãos são clientes frequentes do Zequitos Bar e negam ter ocorridos tais fatos,é apenas foclore.

Normalmente eu frequetava o bar as sextas feira, sabado e domingo, onde a clientela era mais intensa, isso ha 40 anos atrás, e lá pras tantas rolava um sanbinha levado ao batuque de caixa de fosforo orquestrado por Carlos Beby, Oldair, Zé Marinho, entre outros. Zequito era o puxador do samba, pois no Iguape ele era seresteiro e tinha um bom repertorio. Vez em quando tinha uma aguaçeiro e a chuvarada invadia o estabelecimento do bar até o meio das canelas, eramos obrigados a utilizar os engradados de cerveja para não tomar banho de agua suja de esgoto e se livrar dos ratos. No bar não tinha bancos nem tamboretes, os fregueses bebiam em pé e não tinha cansaço. O Irmão de Zequito conhecido mpor Vava também ajudava no bar era sócio do estabelecimento e gostava de botar ordem no local, não aceitava palavrões e o horário tinha que ser respeitado rigorosamente após a batida da sineta “Olha a hora”. Certo dia um determinado Prefeito adentrou no bar com sua comitiva para saborear uma cerveja gelada em comemoração alguma obra, mais infelizmente não foi atendido pois tinha chegada exatamente as 12:00 horas e o bar iria fechar para o almoço. O prefeito meio sem jeito pediu desculpas e foi com sua comitiva para o Bar de Ulisses Pinto que ficava próximo.

Tempos depois Zequito resolveu transferir seu estabelecimento para o saguão de frente  da sua residencia, colocando grades e outros melhoramentos e aos poucos a velha clientela foi acostumando pelo novo local onde até hoje funciona. Lá a denominação da firma mudou o logotipo passou a chamar “Zequito’os Bar”, onde tonou o point da clientela que residem por aquelas bandas, tornamdo-se uma verdadeira familia quwe fora denominada “Galera do Zequito”.

A clientela é irmanada e quse todos os dias  tem que passar lá nem que seja para dar um boa noite. Nos finais de semana e feriados normalmente aparecem os churrasqueiros para movimentar o faturamento da casa, bater aquele papo, sem discurssão e nem algazarra, somente para descontrair. A clientela é bastante variada são oriundas de várias profissões, contudo são tratados respeitosamente.

Por questão de enfermidade o proprietário não servia os clientes nas mesas, o cliente era que tinha de ir até o balcão e escolher sua mercadoria. Tempos depois foi conrratada uma funcionária gerente que dar aquele suporte nos tratando com aquela gentileza e disposição.

Muitos clientes já se foram fora do combinado, mais cada um deixou saudadees e lembranças por sua caracteristica, entre todos destaco o saudoso Lourencinho, pelo seu jeito de ser e levar a vida “Papai está aqui”, “Não me siga que eu não sou novela” “Não me segure que não sou poste”, entre outros ditados.

Recentemente fomos supreendidos com o falecimento do nosso amigo Zequito, que já vinha cabaleando com alguns problemas de efermidade, perdemos um grande amigo e deixaremos de ouvir suas historiaas,seus causos, sua maneira de ser, sua paciência e suas chatices quando queria que fosse de sua maneira principalmente quando deixavam o portão aberto.

Muito teria que ser contado sobre Zequito, mais com certeza outros também registraram algumas passagens interessantes. Lembro que ele contava que na sua buralha  era visitada por dois tecnicos da Ceplac que davam assistencia tecnica agricola aquela propriedade e logo após os serviços executados ficavam esperando para ser servidos de um suculento refresco de graviola levado a bolachão de maizena. Com isso eles ficaram ricos de tanto receber diarias vultuosas.  O nosso saudoso Zequito era uma figura impar, para todos os fregueses ele atribuia uma tarefa para ser executada na cidade ou na feira do malhado, além de outros que ao chegar da fazenda tinha que levar frutas para ele. Outra coisa interessante é que o sistema caderneta sempre funcionou,  mais aí daquele que fosse inadiplente, toda freguesia tomava conhecimento.

Quero nesta oportunidade sempre abraçar toda familia de Zequito afirmando que ele deixou um grande legado de amizade e lealdade, e que seus exemplos sejam para todos nós motivo de lição de vida.

Luiz Castro

Participante da Galera de Zequito’s