O EMPOBRECIMENTO DA MÚSICA BRASILEIRA

Luiz Ferreira da Silva

Enquanto lá em cima, a música se engrandece com a chegada estelar dos grandes cantores, cantoras e músicos brasileiros, aqui em baixo são substituídos por uma safra chocha.

No Céu, fazem seresta o Cartola, o Cauby, o Nelson Gonçalves, o Luiz Gonzaga, o Dominguinhos, a Dalva de Oliveira, o Emílio Santiago, o Pery Ribeiro, o Jackson do Pandeiro, o Agostinho dos Santos, dentre tantos talentos que nos encantaram e, agora, o fazem aos anjos.

Aqui, em estádios cheios, uma leva de péssimos cantores e cantoras gritando letras desconexas, levam ao delírio uma juventude movida aos barulhos e muito álcool, sem noção de harmonia e, tampouco, mensagem da poesia cantada.

Presentemente, viajou Dona Ivone Lara, levando consigo a partitura do “Sonho Meu” para gáudio celestial. Houve comoção e se reverenciou a Dama do Samba, que será sempre lembrada pela beleza de seus poemas, que se eternizaram.

Aí, eu me pergunto o que acontecerá quando for a vez da Anita, da Ludmila, do Wesley Safadão, e tantos mais forjados pela mídia estipendiária? Serão lembrados após a missa de sétimo dia? Terão cacife para a roda celestial comandada por Noel Rosas ou Ary Barroso?

O Brasil vem se apequenando neste mister, desde a década de 70, com maior inflexão medíocre nos últimos 20 anos, quando o forró pé de serra do Lua foi substituído pelas bandas sem zabumba; a música caipira de Inezita Barroso deu lugar a uma tal de sertaneja; e o samba do fundo de quintal perdeu para os conjuntos de óculos escuros.

O mesmo acontece em outros setores das artes, a exemplo do entretenimento via televisão, desde as obras infantis aos noticiaristas, passando pelas novelas e programas de auditório. É só comparar o Sítio do pica pau amarelo com o “patati patatá”, mesmo que este ainda se salva ante à mediocridade de tantos outros; confrontar o Bem-Amado ou a Gabriela com as atuais novelas globais; rever a dupla Cid Moreira -Sérgio Chapelin com as atuais. E, assim, por diante; sempre com a balança pendendo a favor dos “patrasmente”.

Nem é preciso visualizar os outros setores de apoio e serviços que se deterioram!  O Brasil atual perde feio para o Brasil do passado.

Qual é a causa disso? Tudo isso é reflexo do declínio e falta de investimento na EDUCAÇÃO. Só. Somente só! Sem mais delongas. (Maceió, Al, 22 de abril de 2018).


 MARCELO CÂMARA LANÇA MAIS DOIS LIVROS SOBRE CACHAÇA

COM MUITA PINGA E MÚSICA

O jornalista, escritor e consultor cultural Marcelo Câmara lança na próxima quinta-feira, dia 26 de abril, às 20 horas, no segundo andar do Instituto Casa do Choro, à Rua da Carioca, 38, no Centro do Rio, mais duas obras de sua autoria sobre Cachaça, pela Editora Mauad X: Ficha de Degustação Cachaças Marcelo Câmara; e a segunda edição, revista e ampliada, da consagrada obra Cachaça – Prazer Brasileiro, cuja primeira edição está esgotada há cinco anos.

Marcelo irá autografar os livros simultaneamente à degustação das melhores Cachaças do mundo, após um show do músico, compositor e arranjador Maurício Carrilho e convidados, que começa uma hora antes, às 19h, no Auditório Radamés Gnattali, no andar térreo da Casa do Choro.

Primo de Luís da Câmara Cascudo e considerado, internacionalmente, “o maior especialista em Cachaça”, com mais de cinquenta anos de realizações, vivências e convivências no universo do destilado nacional – Marcelo Câmara é cachaçólogo (estudioso da bebida), pingófilo (amante e bebedor da boa pinga), consultor de Cachaças que atende à produção e ao mercado, do plantio da cana ao consumo do destilado, e degustador profissional de Cachaças, o primeiro a se profissionalizar no mundo, com atividade regular no mercado. Marcelo e Maurício são amigos, pingófilos militantes, refinados, e apaixonados pela Música Brasileira, especialmente pelo Choro, identidades que os aproximaram. Maurício Carrilho é professor e vice-presidente da Casa do Choro, instituição dirigida pela cavaquinista, compositora e produtora Luciana Rabello, personalidade da vida cultural carioca, que, há décadas, se dedica à educação musical, preservação e divulgação da música brasileira e carioca, especialmente o Choro,

Autor de seis livros, três sobre a bebida nacional, e de centenas de trabalhos em várias áreas da Cultura, Marcelo Câmara costuma dizer que a História e a Cultura Brasileira, incluindo a sua Música, “são encharcadas, ao menos umedecidas, pela doce e sensual sabor da Cachaça. O Povo Brasileiro sempre lutou, conspirou, brindou, celebrou as suas vitórias, refletiu e lamentou as suas derrotas, com a Cachaça, que, como o Choro, constitui uma das mais autênticas, ricas e belas expressões da nacionalidade, da nossa Cultura”.

Na noite de autógrafos, serão servidas, aos convidados, todas as Cachaças dos rankings de Marcelo Câmara: Coqueiro, Corisco, Engenho D’Ouro, de Paraty, RJ; Mato Dentro, de São Luiz do Paraitinga, e Engenho São Luiz, de Lençois Paulista, de SP; Tabaroa, de Bichinho, e Biquinha, de Coronel Murta, MG; Serra Limpa, de Duas Estradas, PB; e Samanaú, do RN. Aguardam-se as presenças, na noite do evento, dos produtores dessas Cachaças. Maurício, ainda, compôs mais três choros, com os quais reverencia Paraty, o mais tradicional e célebre centro de Excelência produtor de Cachaça há mais de quatro séculos; e duas célebres Cachaças, marcas extintas, de Paraty: Azuladinha e Vamos Nessa. As composições irão integrar o CDChoros Alambicanos, a ser lançado em breve.

LENDA DO SACI-PERERÊ

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Saci-pererê: um dos mais populares personagens do folclore brasileiro

Quem é o saci

O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.

Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.

Características e comportamento do Saci-pererê

O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras nas matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.

Diz o mito que ele se desloca rapidamente dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira ou um rosário bento sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro (carapuça) e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.Este terá o direito de fazer um pedido ao Saci, que deverá realizá-lo.

Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a lenda, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.

Entre as travessuras preferidas do Saci, podemos citar: esconder brinquedos de crianças, dar nó em crina de cavalos, bagunçar as roupas de cama, derramar sal e açúcar na cozinha, apagar o fogo de fogões à lenha e assustar as pessoas com um forte e estranho assobio.

A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.

Saci-pererê na literatura brasileira

Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido no começo da década de 1950. O saci também aparece em vários momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.

Dia do Saci

Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci ( 31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuindo a influência do cultura norte-americana em nosso país.

Curiosidades:

– Em algumas versões da lenda, o Saci-Pererê aparece com as mãos furadas.

– De acordo com a lenda, a noite todos os sacis do mundo se encontram para planejarem as travessuras que irão fazer.

– O Saci-Pererê é a mascote do time de futebol Sport Club Internacional de Porto Alegre.

https://www.suapesquisa.com/musicacultura/saci-perere.htm

CURIOSIDADES

A Antártida é o único continente que não tem nenhuma zona terrestre abaixo do nível do mar.

Buscas no Google poluem o mesmo que uma chaleira elétrica

Uma simples consulta no Google que parece inofensiva é capaz de produzir quase a mesma quantidade de dióxido de carbono que ferver uma chaleira de água. Essa é conclusão de um estudo feito pelo físico norte-americano Alex Wissner-Gross, que mostra o impacto da maior ferramenta de busca no meio ambiente. Pela análise de Gross, o Google emite 7 gramas de dióxido de carbono, ou seja, duas buscas equivalem a uma chaleira elétrica enquanto ferve água, 14 gramas. O cientista fundamenta que as emissões geradas pelo site são derivadas do tempo que o computador fica ligado, mas principalmente, pelo gasto dos centros operacionais de dados do Google. Uma das justificativas para a afirmação acima está, segundo o físico, na quantidade de bancos de dados que o sistema de busca utiliza para dar o rápido resultado às consultas dos usuários, sendo assim, produz mais dióxido de carbono que seus concorrentes.

A barba mais longa media 1.83 metros e pertencia ao indiano Shamsher Singh. A medida foi feita desde o queixo até à ponta da barba, em 18 de Agosto de 1997.

A biblioteca da Universidade de Indiana afunda 2 cm por ano porque, quando foi construída, os engenheiros esqueceram-se de incluir o peso dos livros no cálculo das fundações.

A Coca-Cola era originalmente verde, e a Islândia é o país com o maior consumo per capita do mundo.

 

O PENSAMENTO DA SEMANA

Quem tem a coragem de fazer o bem, tem que ter a sabedoria de suportar a ingratidão.

 

A POESIA DA SEMANA

SONHO MEU

Dona Ivone Lara

Sonho meu, sonho meu

Vai buscar quem mora longe

Sonho meu

Vai mostrar esta saudade

Sonho meu

Com a sua liberdade

Sonho meu

No meu céu a estrela guia se perdeu

A madrugada fria só me traz melancolia

Sonho meu

Sinto o canto da noite

Na boca do vento

Fazer a dança das flores

No meu pensamento

Traz a pureza de um samba

Sentido, marcado de mágoas de amor

Um samba que mexe o corpo da gente

E o vento vadio embalando a flor.

A PIADA DA SEMANA

O marido chega em cansado e encontra a esposa preparada para uma noite de amor. Tentou cair fora, mas teve que enfrentar ante àquela imagem provocante, vestida com uma camisola recém comprada. Disfarçou e tomou um azulzinho. Deitou-se e imediatamente o lençol formou uma barraca. Animado, tomou outro. Aí a barraca cresceu, deixando a esposa admirada e boquiaberta. Curiosa, devagarzinho, foi levantando o lençol e, para seu desespero, a barraca se desmontou.  Ela, decepcionada: – o que aconteceu, meu amor?

– É que “ele” te reconheceu

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