A população ilheense tem passando muita raiva e decepções contra os desmandos em Ilhéus, e já virou rotina a falta de respeito do poder público. O trânsito hoje em nossa cidade ficou maluco mesmo, e vejam que o chamamos de balaio de gato, e se torna difícil encontrar um policial sempre por perto. A cidade de Ilhéus tem necessidade urgente da organização dos semáforos, e ainda mais seria muito importante a colocação de “TEMPORIZADORES”, dando maior atenção aos motoristas de maneira tal, que reduziriam as inflações, aliás, o projeto atualmente mais importante na maioria das prefeituras no Brasil: a indústria das multas!

Solicitamos os temporizadores em nosso trânsito de veículos automores! Dessa maneira com certeza as pessoas teriam maior atenção e obedeceriam ao tempo de ultrapassagem nos semáforos. Mas, não sabemos se essa é a ideia dos administradores dos serviços de trânsitos de veículos, e se querem que seja assim! Em Itabuna, por exemplo, funciona assim há muito anos na entrada da cidade, e não vemos os motoristas reclamando sobre as modalidades nas atuações dessas ações criadas para o trânsito. Tudo isso é questão compreensão e paciência, não importam os motoristas que em sua exceção, não fazem parte dos que procuram agir de forma correta.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, 2007, os desastres de trânsito constituem um grave problema social, estando entre as principais causas de morte e traumatismos em todo o mundo. As lesões provocadas por este agravo impõem um pesado ônus à economia das nações, impactando os serviços de segurança, de infraestrutura, de seguridade social e de saúde. Famílias e indivíduos também são impactados economicamente e em sua qualidade de vida.

Os noticiários em todo nosso País relatam que neste cenário o Brasil é o 5º país em número de óbitos. “De 2001 a 2012, o número de mortes em decorrência dos desastres de trânsito no país aumentou quase 50%, somando 453.779 vítimas com custo estimado de R$ 44,6 bilhões. Em 2012, foram registrados mais de 60.000 mortos, um aumento de 4% em relação a 2011, e 352.000 casos de invalidez permanente (BRASIL, 2014). Isso significa uma vítima com invalidez permanente a cada 2 minutos e um óbito a cada 9 minutos”. E mesmo assim quantas pessoas abusam com imprudências que somente trazem destruições às suas próprias vidas e deixam tristezas para os seus familiares!

Nas últimas décadas temos assistido a um aumento de crescente de mortalidade por desastres de trânsito, paradoxalmente associada a uma dificuldade crescente de mobilidade, principalmente em populações urbanas. Nesse sentido e considerando que: A mobilidade urbana deve ser humanizada e ter como princípios a valorização da vida, do transporte ativo (pedestres e ciclos) e do transporte coletivo, com acessibilidade e viabilidade para todos de forma segura, rápida e confortável, com custo baixo e sustentável. E, lamentavelmente não observamos os espaços dos transeuntes respeitosamente preservados, e simplesmente não existe critério para essa valorização social e humana. São poucas as pessoas se arriscam a sair de bicicleta e em algumas vezes andando por vias públicas sem receio de serem atropeladas ou abordadas por meliantes, porque infelizmente são tantas ocorrências de assaltos.

Os nossos administradores públicos precisam entender que existe uma necessidade vital para prever no orçamento anual e Plano Plurianual verbas constantes para os modos ativos de transporte. Investir recursos do Fundo Municipal do Trânsito para a promoção com legitima segurança da caminhabilidade e ciclabilidade. Prever recursos sérios e não superfaturados em obras fantasmas cheias de corrupções, e que visualizem planejamentos e projetos. Construir uma gestão democrática e transparente do sistema de mobilidade e transporte, promovendo o uso de tecnologias da informação.

Incentivar ações de educação continuada e campanhas de conscientização para uma cidadania e trânsito no cuidado com a vida, junto às escolas de ensino fundamental e ensino médio e para toda a sociedade. Desconsiderar os desastres de trânsito como meramente “acidentes”, uma vez que, em sua maioria, podem ser previsíveis e evitáveis. Refletir que punir com tantas multas não trazem benefícios educativos e humanos em lugar nenhum, como a

exemplo, a Lei Seca que não funciona dentro predicativo de penalidades. Afinal, nem sempre o poder público executa com responsabilidade as ações que lhe cabe. Vergonhoso imaginar a dificuldade que a administração da prefeitura tem em consertar os permanentes buracos e evitar tantas desculpas a cerca dos prejuízos causados aos condutores de veículos automotores, ocasionados por inúmeras crateras espelhadas por todas as ruas da nossa cidade.

O trânsito na ponte Lomanto Junior demora um tempo enorme para chegar ao bairro do Pontal e Olivença, numa operação tartaruga, e os pilotos de motos querendo passar de qualquer jeito. Imaginem como controlar os pardais promotores de registros das multas. Um turista nos perguntou em que são investidos esses recursos extraídos das inflações do transito veículos? Ele disse mais que está vendo Ilhéus pouco sinalizada, semáforos sem manutenções e desligados, com inexistência de uma boa fiscalização no trânsito no que se diz respeito à educação para condutores de veículos. E como inibir os pilotos de motos que nunca vão perder a pressa e evitar acidentes, em sua maioria jamais percebem o perigo que correm e pavor que causam a nossa população. PENSEM NISSO!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia