Ilhéus: OAB-BA desagrava advogado perseguido por juízes
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) promoveu um desagravo em Ilhéus, no sul do estado, em favor do advogado Antônio Pinto Madureira e contra os juízes das 3ª e 4ª Varas Cíveis da comarca. “Reunimos a advocacia, hoje, para reafirmar que a OAB da Bahia é intransigente quando o assunto é prerrogativa. Não admitiremos jamais que colegas tenham suas garantias violadas”, pontuou o presidente da OAB-BA Fabrício Castro. Com dificuldade de exercer a profissão após representar contra juízes da comarca, Antônio disse acreditar que o desagravo ponha fim à retaliação que vem sofrendo por parte de magistrados. “Atualmente, não consigo exercer a advocacia, que é meu único sustento. Minha aposentadoria não chega a R$ 2 mil. Por isso tenho esperança que esse ato acabe com essa situação e os juízes voltem a julgar meus processos”, pontuou. Com atraso em sentenças processuais, Antônio Madureira explicou que seus problemas começaram quando decidiu entrar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz da 3ª Vara Cível, que acumulava processos com cerca de 30 anos sem sentença. “Em revide à representação, o juiz se julgou suspeito para despachar meus processos”, disse. O advogado afirmou que também enfrentou problemas na 4ª Vara, com o desaparecimento e reaparecimento de um processo de cobrança de honorários e espera de 52 dias para ter anexado um documento a seu processo. “Em função destes casos e da influência dos juízes, outros magistrados também se deram por suspeitos em processos em que atuo, fazendo-me chegar na situação em que me encontro atualmente”, concluiu.
Muito me alegra ver situações como essa levadas a público e colocar o Dr. Antônio Pinto Madureira em seu devido lugar, exercendo sempre com dignidade. Não entendemos a morosidade dos julgamentos dos nossos tribunais brasileiro. A razão em defesa do direito real em favor da Ordem e da Lei deve ser levado a sério. Conheço muitos brasileiros que perderam a confiança na Justiça. Tem casos inusitados, porém, simples que estão engavetados nos Tribunais. Que Deus proteja a Justiça Brasileira. E Lembrando o grande Ruy Barbosa: “Quem nos livrará da Justiça dos Homens”.
Esta situação do colega Antônio Madureira já perdura há mais de 10 anos. Falta de consciência jurídica dos senhores magistrados e a conivência na OAB de quem deveria defender o advogado mas preferia ser amigo do juiz.
Por que os advogados não se unem e denunciam tal absurdo ao CNJ? As piores desgraças do judiciário são o corporativismo e a falta de compromisso com cargo de juiz que estão investidos. As doutas excelências ainda pensam que se encontram no período do Império.