Luiz Ferreira da Silva

Engenheiro Agrônomo e Escritor

luizferreira1937@gmail.com

O vírus é um ser tão pequenino que se fizesse uma ruma a gente, mesmo assim, não o via. Isso dizia meu professor de Horticultura, Dalmo Giacometti, quando perguntado pelo tamanho do “exocortis”, um vírus que atacava a laranjeira. Isso em 1961 quando eu cursava o terceiro ano de Agronomia, na UFRRJ.

E hoje, o mundo está se prostrando diante deste “pestinha” que, apesar de insidioso, está elaborando um diagnóstico preciso do nosso combalido sistema de médico hospitalar, incluindo o esgotamento sanitário e a carência de água potável para bilhões de pessoas.

Todos nós vamos ser “picados” pelo Covid 19. Ninguém vai escapar. Apenas vamos escolher a hora certa antevendo melhores condições médico-hospitalares.

A única chance de se livrar da coronavírus é se quarentenar por uns 18 meses até se dispor de uma vacina. Ou surgir uma droga nestes 6 meses. Ou, no caso dos idosos, fazer uma plástica para se remoçar, enganando-o.

O bichinho não vai embora e nem vai morrer. Como todos os outros vai permanecer em busca da sua sobrevivência massiva, procurando hospedeiros compatíveis. Essa é uma realidade que se escamoteia? Ou a gente, sobretudo os da faixa de risco, não quer ver?

E que não se concretize a profecia:

“Naquele tempo, Deus resolveu revitalizar o Céu. Mandou todos os velhos para serem reencarnados na Terra e chamou os desta para recompor seu Grupo lá de cima. Assim, como estava escrito nas profecias, Deus remoçou o Mundo”.

Com certeza o Céu ficará com mais sabedoria e a Terra será obrigada a produzir Manuais de convivência produtiva e pacífica para orientar os novos donos do pedaço, jovens inexperientes.

Se assim vai ser, não tendo jeito mesmo, vamos ter que aproveitar a quarentena para nos dar uma “vassourada”:

* É o momento de ver e sentir quantos mundos existem bem diferentes do nosso, mundinho egoísta, perdulário e prepotente.

* Muitas pessoas que, antes tinham uma CASA (moradia), tem a oportunidade de a transformarem em um LAR.

* Outros que não sabiam ligar um fogão, passam a dar valor as atividades domésticas, aquilatando o quanto é difícil gerenciar uma casa.

* Aqueles casais, sem tempo para nada, submissos a vontade dos filhos, sem se preocuparem com a educação doméstica, transferindo a missão para as professoras e babás, devem estar incomodados com o comportamento deles, não sabendo lidar com a meninada.

* As vaidosas, que fazem do corpo seu cartão de visita, acostumadas com as 4 horas diárias de musculação, fator até de manutenção de seu casamento, e até dependentes da rigidez glútea, vão ter que se rebolar de outra maneira..

* A juventude que vivia “medindo ruas”, pouco usufruindo do convívio familiar, e só sabia mexer no celular, vai se enfadar por não ter habilidade para encher o tempo, tampouco gostar de ler.

* O mau humor que passou a ser combatido com o empanturramento – “fast food”, via ifood-, dar lugar a uma disciplina alimentar saudável.

Por outro lado, a despeito destes, vamos na onda de Charles Chaplin (“Nada é para sempre neste mundo, nem mesmo os nossos problemas”).

Então, nada de perder tempo, mas aproveitá-lo da melhor maneira possível, de modo útil e sobretudo, salutar, adquirindo novos ensinamentos, outra visão do mundo e foco no crescimento amplo.

TOCANDO EM FRENTE!!!!!