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Comitê Emergencial da UFSB divulga boletim especial com projeções sobre contágio de covid-19 na região

O Observatório da Epidemia do Novo Coronavírus no Sul da Bahia, iniciativa do Comitê Emergencial de Crise da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), divulgou nesta segunda-feira (20) edição especial do boletim informativo. Em geral, o boletim informa a análise da evolução da pandemia na região. A edição especial tem a diferença de apresentar uma simulação para as cinco maiores cidades do sul da Bahia, supondo diferentes níveis de supressão de fluxo de pessoas. O estudo foi elaborado pelo matemático Fabrício Berton Zanchi e pelo engenheiro químico Orlando Ernesto Jorquera Cortes, professores da UFSB (Campus Sosígenes Costa). Conforme o boletim, as estimativas não necessariamente vão se concretizar, uma vez que os cálculos realizados se baseiam em parâmetros que variam ao longo do tempo, como as taxas de contágio e de letalidade, dependendo da qualidade dos dados oficiais e de como cada município age frente à situação.

As projeções feitas pelos cientistas são equações diferenciais que usam as informações disponíveis no momento para buscar entender as possibilidades, no caso, fazer uma estimativa do que pode ocorrer se o contágio continuar no ritmo atual e que diferença as atitudes de enfrentamento fazem nesses cenários. Os professores trabalharam com um modelo SEIRD, que utiliza cinco compartimentos – Susceptíveis (S), Expostos (E), Infectados (I), Recuperados (R) e Óbitos (D) – e os seguintes parâmetros: tamanho da população, período de incubação, número de casos e óbitos, taxa de contágio, taxa de letalidade e tempo que uma pessoa leva para se recuperar. Com resultados preocupantes, os autores simularam a pandemia em três cenários: sem restrição ao fluxo (mobilidade total), mantendo o atual esforço de supressão de fluxo de pessoas (quarentena flexível) e um cenário restritivo próximo do lockdown.

O documento pode ser baixado e consultado na íntegra neste link.

 


Heleno Rocha Nazário
Jornalista – Mestre em Comunicação Social (PPGCOM/PUCRS)

UFSB Ciência: Em artigo, pesquisador aponta para impactos do racismo na carreira de professores negros de língua inglesa

Há diversas barreiras impostas pelo preconceito racial, sem esquecer do cruzamento com os problemas de classe social. Um artigo derivado de pesquisa em nível de doutorado realizada pelo professor Gabriel Nascimento, atuante no Campus Sosígenes Costa (Porto Seguro), trata da desconfiança quanto à capacidade de pessoas negras serem capazes de exercer a docência de língua inglesa. O artigo Racism in English Language Teaching? Autobiographical Narratives of Black English Language Teachers in Brazil, publicado na Revista Brasileira de Linguística Aplicada e derivado da tese doutoral, analisa os efeitos do racismo na trajetória de professoras negras que ensinam o idioma inglês no Sul da Bahia.
Trata-se de um estudo com metodologia autobiográfica, no qual as participantes contribuem diretamente com relatos de suas experiências e suas histórias de vida. No caso, duas professoras contam sobre o processo de formação docente e o exercício da profissão em sala de aula. São vários momentos e modos em que a questão racial se mostra como obstáculo para a carreira das duas docentes. Essa situação tende a gerar um dilema entre as identidades que essas pessoas forjam para si: de resistência na/pela linguagem, persistindo na profissão e usando a linguagem para isso, ou de resistência à linguagem, desistindo do exercício profissional.
O tema está relacionado a outros trabalhos recentes do professor Gabriel, em que o ensino de Língua Inglesa é analisado de um ponto de partida decolonial. Neste artigo, reconhecendo a possibilidade de articulação do ensino do idioma inglês a processos de controle imperialista de novos territórios e a ideias racistas, o pesquisador argumenta que a expressão em língua inglesa deve ser vista por pessoas negras como oportunidade de existir em um status de igualdade, como participantes de plenos direitos linguísticos, inclusive como estudiosos e docentes nessa área. Se expressar em inglês é também afirmar e ter reconhecida a sua competência linguística para todos os fins. As histórias das professoras, relatadas na pesquisa, mostram os trajetos, os obstáculos e as táticas que elas empregam para vencer esse terreno.
A pesquisa do professor Gabriel dialoga com outros estudos que analisam as relações entre as práticas da linguagem e do racismo, e o percurso de investigação inspirou a criação do Grupo de Pesquisa em Linguagem e Racismo. O professor Gabriel Nascimento falou sobre o estudo em entrevista concedida por e-mail.
ACS: Os relatos apresentados no artigo mostram como a situação educacional da rede pública se torna uma barreira adicional para as pessoas negras estudarem e posteriormente ensinarem a língua inglesa, sem falar em melhoria de suas condições de vida. Em termos de política pública, o que se pode sugerir para reparar essa situação?
Professor Gabriel Nascimento: A escola tem que ser um lugar seguro para professores negros e estudantes negros. Um lugar que não marque suas trajetórias como se essas pessoas fossem sem-língua. Ao contrário, muitas já falam diversas línguas de suas comunidades antes de chegar na escola. O que pode ser feito sempre tem a ver com o projeto político pedagógico daquela escola. Tem a ver com um currículo em que ensino de conhecimentos afrobrasileiros não sejam o transversal, mas algo naturalizado no cotidiano da escola. O ensino de língua inglesa precisa ser plenamente democratizado, o que não é hoje. Atualmente o inglês ainda ocupa o lugar de complementação de carga horária, por exemplo. É preciso que os professores negros de língua inglesa não sejam vistos como mais estrangeiros na língua e que a escola ensine que o inglês não é um selo de língua mais civilizada, mas uma língua a mais que será importante para o desenvolvimento do aluno. Aprender as mais diversas formas de falar o idioma, incluindo as variantes africanas do inglês, é uma boa forma de incluir, por meio de vídeos, músicas, textos, o conhecimento, os sotaques e as formas legítimas da pessoa negra existir na língua inglesa.
Existir na língua é uma preocupação importante da minha pesquisa. É preciso que a escola, mais do que contribuir para reproduzir mitos de que quem aprende inglês é quem viaja para outros países, que não se aprende inglês na escola. Essas são formas racistas de tratar o ensino de inglês na escola que têm a ver com uma autoestima de colonização reproduzida pelos professores de maioria branca no ensino de língua inglesa. Ao se sentirem inferiores aos professores de inglês que são falantes nativos, eles impõem isso para os estudantes negros. A língua, de difícil, se torna impossível.
ACS: A desconfiança em relação à capacidade de uma pessoa negra em aprender e ensinar um segundo idioma, no caso o inglês, parece brotar do mesmo solo que as ações mais violentas, porém em versão mais dissimulada. A esse trabalho se pode remeter algumas das preocupações de um artigo anterior de sua autoria, sobre os aspectos do Ensino da Língua Inglesa, em especial a imposição de padrões definidos pelos falantes nativos. Pelas suas experiências e pesquisas, como a linguagem e o racismo se conectam nos ambientes educacionais?   
Professor Gabriel Nascimento: O racismo naturaliza as condições de violência para as pessoas negras. Isso até parece algo normal, como a chuva que cai. Ele também desnaturaliza o sucesso de pessoas negras. A relação da linguagem e racismo se funda nesse aspecto. A linguagem é o lugar que  usamos para naturalizar e desnaturalizar processos. Então, em primeiro lugar o próprio corpo negro não é visto como natural no âmbito de falantes de uma segunda língua. Nem uma primeira. Muita gente negra é acusada de nem “saber falar português direito”, quanto mais inglês. Ou seja, a impossibilidade de ter uma primeira língua supostamente faz o negro ser incapaz de aprender uma segunda ou outras línguas adicionais. É incrível como o racismo desumaniza através da linguagem. Ao ser ensinado você sempre é lembrado do seu status de não-falante. Nunca tratamos nossos estudantes como já falantes daquela segunda língua, porque é exatamente isso que eles são. Falar não é necessariamente se expressar com uma qualidade idealizada. É se expressar.
Os ambientes educacionais, assim, são espaços de conformação dessa identidade condicionada pelo racismo. As identidades brancas, quase raridade nos espaços de concentração do ensino público, vão sendo vistas como mais competentes ou com mais qualidade e as pessoas negras, já bombardeadas pelo racismo, são ainda mais invisibilizadas ou têm seu conhecimento exterminado, o que temos chamado de epistemicídio.
ACS: Pode explicar mais sobre como as noções de resistência na/ através da linguagem e resistência à linguagem descrevem as experiências das pessoas negras com o aprendizado e a atuação como docentes de inglês?
Professor Gabriel Nascimento: O fato das pessoas aprenderem a falar vários idiomas quase nunca tem a ver com a capacidade delas. Mas com as variáveis sociais e raciais. Seria muito bom que a resistência fosse sempre vista como algo que já existe nessas pessoas. Ou seja, mesmo com as imensas dificuldades, essas pessoas são multilíngues em sua natureza. A forma de falar com o filho e diferente da forma de falar no mercado e é diferente da conversa na beira do rio quando se pesca. Ao irem para a escola, aquelas e aqueles que conseguem resistir na e através da língua, resistem com as resistências que já têm. Já vi muitíssimos alunos negros com facilidade em língua inglesa, com vontade de aprender, mas vejo uma escola que os quer monolíngues. Os professores que entrevistei não caíram de paraquedas no ensino de língua inglesa. Sempre gostaram de inglês, mas resistiram vendo as necessidades reais e adiamentos e a vida nos trouxe até aqui em alguma oportunidade que nos agarramos.

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DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE

1) 60 ANOS DE JOSÉ LEITE EM ILHÉUS.

2) COMO CUIDAR DE UM PRESENTE DE 100 MILHÕES DE REAIS.

3) FLASH DA POSSE DA NOVA DIRETORIA DO ROTARY CLUBE DE ILHÉUS.

4) VISITA DOS ILHEENSES AO MEMORIAL PADRE CÍCERO.

5) AS FOTOS DESTAQUES DA SEMANA. :: LEIA MAIS »

AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS – Edição 772 – ANO XVII Nº 01 – 20 de julho de 2020

EDIÇÃO 01, ANO XVII

16 anos, semanalmente, chegando a um seleto grupo de leitores. E TOCANDO EM FRENTE!

OS EDITORES

SILVA JARDIM

BRASILEIRO REVOLUCIONÁRIO MORTO NUM VULCÃO (https://economia.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/reinaldo-polito/2020/07/14/)

Perdemos o apetite de viver quando nossas paixões são saciadas. Cícero.

Você já deve ter ouvido esta ironia: o Brasil não tem desastres naturais, mas temos políticos. Aqui nós não temos tufões, terremotos, vulcões, mas temos “Suas Excelências” para infernizar a nossa vida. Vez por outra, entretanto somos surpreendidos, e a vida nos prega uma peça. Vale a pena relembrar uma história muito curiosa envolvendo um evento natural e um político – na verdade, um ativista político – comprometido na conquista de um ideal de luta que acontecia no Brasil na época do Império. Neste mês de julho, faz 129 anos que o Brasil perdeu um de seus vultos mais importantes, Silva Jardim.

Antônio da Silva Jardim ficou para a história como Silva Jardim. Nasceu em Capivari, cidade que atualmente leva o seu nome, em 18 de agosto de 1860. Era filho de um professor que mantinha a família com certa dificuldade. Para ganhar a vida, lecionava no sítio onde moravam. Por isso, Silva Jardim teve de se virar cedo. Trabalhou no próprio externato onde estudava. Com espírito aventureiro, assim que chegou a época de fazer o curso superior, saiu de Niterói e foi para São Paulo estudar na Faculdade de Direito de São Paulo. Não demorou muito para se envolver com as ideias abolicionistas e republicanas que movimentavam seus colegas estudantes e estavam presentes.

Como defendia ideias que provocavam debates acalorados na população, por onde discursava era elogiado, criticado, perseguido e até apedrejado. Não se incomodava. Quando lhe diziam que os monarquistas, formados pela guarda negra, organizada por José do Patrocínio, poderiam agredi-lo fisicamente por causa de suas ideias republicanas, respondia: vamos ver quem tem mais coragem, se eu para morrer, ou essa gente para me matar. Ele não estava para brincadeira não. Basta dizer que chegou a fazer discursos com a arma na cintura. Houve até uma vez, num momento de eloquência desmedida, em que brandiu o revólver para que todos pudessem vê-lo.

Essa demonstração de idealismo e caráter, tão rara nos dias de hoje, pode parecer até mesmo utópica diante da realidade política que vivenciamos. A falta de escrúpulos, a desonestidade e a ausência de comprometimento ético de alguns dos “representantes do povo” fazem mais mal

à população que os estragos que poderiam ser provocados pelos desastres naturais. Todos nós nos indignamos ao saber que o político de determinada região desviou para os próprios bolsos recursos que deveriam ser destinados à aquisição de remédios, à construção de hospitais, ou à compra de merendas escolares. Como podem ser tão insensíveis?!

Políticos corruptos, mal-intencionados, incompetentes, entretanto, não são “privilégio” do nosso país, pois vira e mexe chegam até nós notícias de outras nações, revelando que determinado gatuno político foi apanhado com a boca na botija. Tal fato, todavia, não nos serve de consolo. Como o sociólogo norte-americano Richard Sennett bem define: “Caráter é o valor ético que atribuímos aos nossos próprios desejos e às nossas relações com os outros”. Quando as relações sociais são marcadas pela ausência de caráter, a criação de laços duradouros de confiança, lealdade e compromisso mútuo ficam seriamente abaladas. E todos perdemos

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O VALOR DO FIO DE BIGODE

Luiz Ferreira da Silva

Fui de um tempo em que a palavra tinha valor e não era usada em vão. Os homens se afirmavam pelo seu comprometimento aquilo que lhes eram impostos, honrando as suas calças, expressão que significava a condição do gênero-Homem.

A mentira, desde a infância, não era tolerada, incutindo-se lhe um sentimento de falta grave, que carregava por toda a sua vida. O exemplo vinha dos pais. Infelizmente, com o passar dos anos, essa concepção de hombridade foi perdendo a vez.

Assisti, em um Supermercado, aqui em Maceió (AL), uma Senhora de classe alta, com seu rebento de uns 5 anos, retirar da prateleira uma barra de chocolate e lhe dar enquanto fazia outras compras, não o pagando ao passar pelo caixa.

No século passado, era comum o uso da expressão “fio de bigode”, que consistia em garantir a palavra com um fio do próprio bigode. Valia mais do que qualquer promissória. Palavra dada é palavra de honra; palavra de cavalheiro

Humberto Bati, em artigo publicado em A notícia de Joinville (16-05-2.009), exemplifica: – “Um grande exemplo brasileiro foi Visconde de Mauá, que se tornou o homem mais rico do Brasil de sua época. Como era liberal, abolicionista e contra a Guerra do Paraguai, foi vítima de perseguição política pelo Império e faliu. Ao invés de deixar os credores na mão, vendeu todos seus bens, pagou a todos, limpou seu nome e recomeçou, com a cabeça erguida.

No mundo atual, vemos que a lei que impera não é a do fio do bigode, mas a lei de Gerson: “O mais importante é levar vantagem em tudo, certo?”

O mundo mudou com o crescimento populacional, exigindo uma luta cotidiana pela subsistência e muitas ações de probidade passaram a ser negligenciadas, aflorando a ganância pelo dinheiro.

Aquele brasileiro, tido como um homem bom, sofrido, trabalhador, honesto e solidário, que ouvíamos em tempos passados, sucumbiu no novo milênio, haja vista o processo anticorrupção da “Lava jato”, que escancarou a corrupção de políticos e grandes empresários.

Exceções sempre existem. O que interessa é a “moda” estatística; o comportamento geral das pessoas, independentemente da sua cor, credo ou classificação social.

Diante do exposto, vou tentar ajudar ao prezado leitor as razões do comportamento do brasileiro:

Por que o brasileiro vota nos candidatos corruptos? Não seria uma vontade velada de que também gostaria de ser um deles?

Por que o brasileiro quer começar como chefe, fazer pouco esforço e reclamar sempre do salário? Não seria uma maneira de usufruir sem mérito, passando muita gente para trás?

Por que o brasileiro não respeita os seus limites, avançando os sinais, furando filas, fumando em lugares proibidos? Não seria o abominável “eu posso mais”?

Por que o brasileiro desfila em carros luxuosos e não paga o condomínio, as férias da sua empregada? Não seria o seu gene perdulário?

Por que joga lixo na rua, é mal educado e não respeita os mais velhos? Não seria a sua falta de sintonia com o seu semelhante, vivendo um mundo só seu, criado por ele?

Por que o brasileiro se “suja” com pequenas coisas, abrindo pacotes em supermercados, enganando pessoas pobres (exemplo: flanelinhas) e procrastinando as suas dívidas? Não seria a vontade de “especialização”?

Por que o brasileiro esnoba riqueza em viagens, banquetes, roupas de grife? Não seria uma necessidade de se afirmar, pois não possui atributos interiores para tal?

Por que o brasileiro luta para entrar na política, sabendo do mar de lama que ela é? Seria por essa atração ambiental eivada da expectativa de se dar bem, como já se tornou normal no nosso país?

Por que o brasileiro quando ascende no ranking social se torna prepotente, vaidoso e arrogante, sobretudo com os de baixo? Não seria o gene do deslumbramento que vivia escondido no seu DNA?

Por que o brasileiro se torna esquerdista quando está na pior e muda quando melhora de vida, passando a exercer a opulência, antes combatida? Seria uma revolta pelo que fora desprezando aos que eram iguais, considerando-os uma classe inferior?

Por que o brasileiro pobre quando se torna policial persegue os da sua classe e se apequena ante os abastados? Não seria a concepção de que agora está a serviço da elite e os seus de antes não tem nada a lhe oferecer?

Vou ficar por aqui. O prezado leitor pode agregar inúmeras atitudes do brasileiro que, à luz de outros povos, envergonham o nosso país.

Sempre nos perguntamos por que somos subdesenvolvidos, sobretudo nós aqui do Nordeste. Saímos sempre pela tangente e esquecemos as nossas mazelas. Estudar firme, suar no trabalho e crescer pelo esforço próprio, não estão no “vade-mécum” do brasileiro. Isso é para oriental do olho puxado, para os alemães, para os canadenses e outros “infelizes” que não sabem gozar a vida – assim fala muita gente, sobretudo nos bares, nas rodas de samba, nas feiras de trambiques.

E isso não acontece só com os abastados, mas com os pobres, também. Os ricos dedicam grande parte de seu tempo para lutar pelas sinecuras e mamar nas tetas da viúva (governo = nosso dinheiro suado) e os menos favorecidos no seu limite de vantagens, a exemplo dos sem-terra e dos “bolsistas” do governo que, com raras exceções, nada querem com o trabalho.

E os exemplos dos muitos políticos que se locupletam do erário público, incluindo a família nesta farra com o nosso suado dinheiro?

Como é que vamos ser um país desenvolvido? Recursos Naturais ajudam, mas o fator primordial é a força de trabalho de seu povo, eivada de dedicação aos estudos, muito suor, obstinação, desprendimento, conhecimentos e decência comportamental, com respeito às leis e aos limites da convivência salutar e pacífica. Tudo isso com a valorização da palavra, aquela do fio de bigode.

O FURO NO BARCO

Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer. Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.

No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso:

– O senhor já me pagou pela pintura do barco! – disse ele.

– Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.

– Ah! Mas foi um serviço tão pequeno… Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!

– Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a você que pintasse o barco, me esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois me lembrei que o barco tinha um furo. Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua “pequena” boa ação.

Não importa para quem, quando ou de que maneira: mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os “vazamentos” que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.

(Autor desconhecido)

O PENSAMENTO DA SEMANA

Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo. (Sócrates).

A POESIA DA SEMANA

SONETO DO AMIGO

Vinícius de Moraes

Enfim, depois de tanto erro passado

Tantas retaliações, tanto perigo

Eis que ressurge noutro o velho amigo

Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano

Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica…

A PIADA DA SEMANA

O rato caiu num barril de vinho. Como não sabia nadar, começou a se afogar, a engolir vinho e a gritar por socorro. Mas só quem apareceu para atender ao apelo foi um gato, seu inimigo número um. O gato então perguntou com ironia:

Está se afogando, meu amigo?

O rato, mal conseguindo falar, respondeu:

– Não fique aí apenas olhando. Por favor, me tire daqui. Eu não sei nadar.

– Mas se eu tiro você daí, eu vou comê-lo, pois sou um gato – disse às gargalhadas.

– Eu sei que você é um gato, mas prefiro morrer comido por você a afogado no vinho – disse o rato, já nas últimas.

O gato pensou e respondeu:

– Tudo bem! Eu tiro você daí.

E, tranquilamente, o gato tirou o rato do barril e o colocou no chão.

Mas o rato tratou logo de sumir por um buraco.

– Ei, você me traiu – queixou-se o gato. – Você disse que ia me deixar comê-lo.

– Eu falei isso?

– Falou.

– Não é possível! Eu devia estar bêbado!

oOo

Acessar: www.r2cpress.com.br

PSICOMUNDO <> CURIOSIDADE NOS SUPOSTOS SERVIÇOS DE DUPLIFICAÇÃO DA RODOVIA ILHÉUS-ITABUNA <>

A população continua esperando a duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna, sendo assunto tratado em tempos atrás pelo Governador Jaques Wagner em audiência com o Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, em Brasília. Em junho de 2012, fomos levados de grande admiração pela explicação do Diretor Geral do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (DERBA), Sr. Saulo Pontes, pelo fato de ter sida cancelada a verba de R$19 milhões, que seriam destinados para as obras de duplificação da Rodovia Ilhéus-Itabuna, dando a impressão de que apenas essa verba seria remanejada.

Naquela oportunidade o ministro dos Transportes autorizou, segundo O Governador Jaques Wagner, que fosse aproveitado o projeto de duplicação já elaborado pelo DERBA e que os procedimentos licitatórios dessa pavimentação asfaltada, após providências de processos de licitações, tivesse seu início imediato. A nova pista teria uma extensão de 23 quilômetros. O projeto do DERBA passou por revisão para atender ao padrão do governo federal de obras rodoviárias. Tudo não passou de vagas promessas da conhecida turma da politicagem predominante na Bahia para levar vantagens nas fórmulas de falsos sentimentos patrióticos.

Claro que jamais os baianos esperariam que fosse realizada a obra prometida, diante dos altos custos e outras providencias indenizatórias, e que a duplificação da rodovia Ilhéus-Itabuna, ficasse simplesmente um sonho como realmente ficou transformada em blasfêmias de pesadelos das grandes politicagens dos recentes políticos que os baianos elegeram. Por outro lado, lembramos que em (09/01/2013), tomamos conhecimento que apenas foram realizadas às obras no meio da rodovia entre Ilhéus-Itabuna, sinalizada e aparentemente concluída essa etapa pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT. Ao que nos pareceu os serviços que vinham sendo realizados e foram paralisados nos trechos compreendidos da Fazenda Pirata para a cidade de Ilhéus, passando pelo Banco da Vitória, e o espaço do Instituto Federal Bahiano – IFBA até a cidade de Itabuna.

Como não entendemos quais serão as outras providências para a concretização dessa pavimentação que antes era duplicação de todo trecho entre Ilhéus/Itabuna, ficamos até hoje no aguardo das informações do DNIT e DERBA, para que possamos levar ao conhecimento das populações de Ilhéus, Itabuna e toda a Região Cacaueira da Bahia quais decisões seriam tomadas para a concretização dessa pavimentação em nossa região baiana. E, dessa forma notamos que são obras que os políticos de todas as agremiações da Bahia sempre oferecem em épocas eleitoreiras sem planejamentos e muitas vezes até envolvem argumentos com promessas demagógicas e não sabemos se tais recursos são conseguidos e incluídos como alguns investimentos em nosso País, e somem inexistindo as respostas onde tais verbas retiradas do erário público foram empregadas.

Assim, deixamos uma pergunta ao governo do nosso estado da Bahia: “A Ponte Ilhéus-Pontal, denominada Jorge Amado, que foi edificada no município de Ilhéus (BA), com 533 metros de extensão, 25 de largura e recebeu investimento de R$ 100 milhões, do Governo Federal e Estadual”, não falta nada em sua conclusão e que brevemente não venha a necessitar de sérios reparos? Falta por exemplo à colocação de semáforos e importante a colocação de radares. Porque a população já sente a pressão e presença de policiais no local efetuando a indústria da multa sem placas de orientações do trânsito na referida ponte. Que muitos condutores de veículos automotores, automóveis, camionetes, principalmente os famosos motoqueiros em suas pressas, transformam em acidentes as suas investidas na direção de veículos é uma realidade, e cabe primeiro buscar o respeito no trânsito e depois punir dentro da lei, e não filmando indistintamente na indústria das multas todos os motoristas e pilotos de motos que trafegam na ponte. PENSEM NISSO!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia

Plantão Psicológico Online reúne ações de ensino, pesquisa e extensão em atendimentos durante a pandemia

Em um período de isolamento social como o que o mundo vive por conta da pandemia de covid-19, as questões de saúde mental se intensificam. Como realizar a escuta e o atendimento psicológico em um momento no qual compartilhar um ambiente é tão perigoso? A experiência do Plantão Psicológico Online, conduzida em parceria por servidores e estudantes da UFSB, UFBA, UFABC e Instituto Federal São Paulo, está explorando a viabilidade do atendimento mediado pela rede mundial de computadores. A iniciativa contou com o apoio da antiga Pró-Reitoria de Sustentabilidade e Integração Social (Prosis) e agora, recebe verba de fomento via projeto apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da UFSB. Há, ainda, a expectativa de parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz, a ser confirmada em breve.

No que cabe à UFSB, o professor Caio Rudá de Oliveira e a professora Gabriela Andrade da Silva coordenam o trabalho que contempla ensino, pesquisa e extensão desde o Campus Paulo Freire, em Teixeira de Freitas. Gabriela explica que o Plantão Psicológico é um atendimento emergencial. “O atendimento é feito quando surge a queixa do cliente, sem necessidade de fila de espera. Nós oferecemos uma sessão sem limite de tempo de duração, em que trabalharemos essa queixa a partir da escuta, do acolhimento e da busca conjunta de estratégias de enfrentamento, a partir dos recursos do próprio indivíduo e de sua rede (familiares, amigos, serviços disponíveis em seu território)”. Em certos casos, uma consulta de retorno é agendada, e se for percebida a necessidade de atendimento continuado, a equipe encaminha o paciente para outros serviços. “Comparando o Plantão Psicológico com um serviço de saúde física, nós seríamos o “pronto socorro”, a “UPA”: um serviço que objetiva atender urgências, mas não pretende fazer um acompanhamento contínuo, que seria o papel da psicoterapia”, afirma a psicóloga e pesquisadora.


Aprendizado e serviço

O professor Caio conta que a ideia do plantão surgiu em 2018, quando ele realizou um projeto piloto no qual destinou as tardes das quartas-feiras para atender estudantes durante as últimas semanas do quadrimestre, de acordo com a demanda espontânea. “Nessas tardes eu me colocava disponível numa das salas de tutoria do Centro de Formação em Ciências da Saúde, aguardando a chegada dos estudantes, aberto para atender a qualquer tipo de demanda. Ao final do período, fechei o ‘ensaio’ do plantão com uns poucos atendimentos. Apesar da baixa procura, foi uma excelente oportunidade de perceber melhor o cenário e aprimorar a proposta de implantação definitiva de um serviço de atendimento psicológico na UFSB”, conta o docente.

A transferência por remoção da professora Gabriela do campus em Itabuna para o de Teixeira de Freitas contribuiu para o estabelecimento do serviço de plantão psicológico em definitivo, com a ligação ao um componente curricular de estágio básico do curso de Psicologia e a abertura para atendimento da comunidade em geral. “O plantão vinha se instalando com sucesso, tendo uma procura significativa, até que fomos forçados a suspender as atividades em função da pandemia de Covid-19”, explica o professor Caio.

A alternativa do atendimento online foi uma resposta a essa situação, como forma de defender a saúde física sem interromper a atenção para com a saúde mental. A professora Gabriela afirma que a equipe do Plantão Psicológico passou a registrar muitos pedidos de atendimentos por conta dos efeitos do isolamento. No início da situação emergencial no Brasil, o Conselho Federal de Psicologia vedava atendimentos emergenciais de forma remota, impedindo legalmente essa modalidade. Esse entendimento mudou no final de março, com o Conselho suspendendo a vedação por conta da pandemia do novo coronavírus. “Então, o Plantão Psicológico em modalidade não presencial passou a ser possível, mas é algo completamente inovador. Aí me veio a ideia de criar um projeto integrando Ensino, Pesquisa e Extensão: nós oferecemos o serviço à comunidade, pesquisamos a sua efetividade e ensinamos nossos estudantes por meio de atividade de estágio e de extensão”, detalha a professora Gabriela.

O início dos atendimentos remotos foi em meados de abril, com uma equipe de sete psicólogos da UFSB, da UFABC e do IFSP, segundo o professor Caio. Algumas semanas depois, foi estabelecida uma parceria com professores de psicologia do Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (IMS/UFBA), em Vitória da Conquista, que também haviam implantado um serviço de plantão psicológico online. A cooperação inicialmente era no âmbito da pesquisa, uma vez que a professora Gabriela está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde do IMS/UFBA, mas se ampliou para a parte operacional do plantão, com compartilhamento da parte operacional de inscrições, atendimentos e formulários de pesquisa. “Na prática, juntamos os serviços e agora passamos a trabalhar em conjunto”, define o professor Caio.

Ao todo, 59 pessoas atuam no Plantão. A professora Gabriela explica que 33 psicólogos atuam na equipe clínica, responsável pelos atendimentos e pela supervisão do trabalho. “Na equipe de pesquisa, nós temos 11 pessoas, sendo sete docentes e três técnicos-administrativos das quatro instituições envolvidas e uma estudante de iniciação científica da UFSB. Alguns pesquisadores compõem também a equipe clínica. Temos um estudante do BI Saúde da UFSB que está atuando voluntariamente no projeto de extensão, nos ajudando a construir material de divulgação (vídeos, por exemplo)”, detalha.

Há também 14 estudantes de graduação que atuam como ouvintes e registram dados para as pesquisas por vir. “Eles ainda não estão atendendo, porque estão em estágio básico, e consideramos que o atendimento online demanda mais do profissional que o atendimento presencial; assim, decidimos não colocá-los “na linha de frente” a princípio”, conta a professora, dizendo que a vedação anterior de atendimento e estágio na modalidade remota, conforme entendia o Conselho Federal de Psicologia, caiu por terra com o impacto da pandemia do coronavírus. “Ainda há discussões no Conselho Federal de Psicologia, que tem se mostrado contrário a essa modalidade de estágio, embora tenham aberto o assunto para discussão com a categoria. Nós somos da opinião de que uma vez que o atendimento psicológico em formato remoto é permitido, precisamos formar nossos estudantes para essa prática. Temos participado de discussões junto ao sistema de conselhos e mantemos diálogo com a Progeac para viabilizar essa certificação”, afirma Gabriela.  :: LEIA MAIS »

ONU alerta para o aumento da pobreza e da fome no mundo

ONU alerta para o aumento da pobreza e da fome no mundo

Ações humanitárias e de Solidariedade são fundamentais para amenizar o sofrimento das populações mais vulneráveis

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lançou na última terça-feira (9/6), um relatório em que destaca que a pandemia da Covid-19 representa uma ameaça à segurança alimentar e nutricional no mundo, especialmente para as comunidades mais vulneráveis. Segundo ele “Há alimentos mais do que suficientes no mundo para alimentar a nossa população de 7,8 mil milhões (7,8 bilhões) de pessoas. No entanto, hoje, mais de 820 milhões de pessoas passam fome. E cerca de 144 milhões de crianças com menos de 5 anos são raquíticas – mais do que uma em cada 5 crianças em todo o mundo”.

Entre as várias recomendações e como medidas imediatas para uma ação coletiva, Guterres destacou que as pessoas devem se mobilizar para salvar vidas e assegurar que a assistência humanitária essencial de alimentos e os meios de subsistência e nutrição continuem a ser prestados a grupos vulneráveis e sem obstáculos.

Ao encontro dessa recomendação da ONU, a Legião da Boa Vontade (LBV) com seu permanente trabalho humanitário intensificou as suas ações e vem provendo pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e em risco alimentar atendidas por ela e por organizações parceiras em todo o país com cestas de alimentos, refeições, kits de limpeza e higiene para que não passem fome e se protejam do novo coronavírus.

Na Bahia, além do atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social de seus Centros Comunitários de Assistência Social em Salvador, Lauro de Freitas e Itabuna, a LBV também apoia instituições parceiras e estenderá o seu trabalho para a região do sertão de São Francisco. Nas cidades de Juazeiro, Sobradinho e Uauá serão entregues 1.150 cestas de alimentos a população que sofre com a fome e a seca.

Famílias grandes, sem emprego e renda, residentes em comunidades com difícil acesso aos serviços de saúde, sem água potável e sem saneamento básico estarão sendo beneficiadas. Muitas sequer têm alimentos para uma refeição no dia. Por isso, a LBV convida as pessoas a se engajarem nas suas iniciativas solidárias, para evitar que maiores impactos da pandemia da Covid-19 afetem ainda mais a segurança alimentar das populações mais vulneráveis.

Você ajuda, a LBV faz!

A ação emergencial da LBV já entregou mais de 554 toneladas de doações beneficiando milhares de famílias e impactando mais de 40 mil pessoas, em 108 cidades nas cinco regiões do país, de forma organizada e seguindo todas as recomendações das autoridades sanitárias para evitar o contágio pelo vírus.

Para que mais pessoas possam ser ajudadas acesse agora o site www.lbv.org e colabore. A doação é simples, rápida e segura. Ou quando a LBV chamar, atenda com o coração e DIGA SIM!

LBV nas Redes Sociais:

Saiba mais sobre a LBV: www.lbv.org

CORTAR ÁRVORES É FÁCIL!

Em Ilhéus, na contra mão do que se recomenda no restante do mundo civilizado, existe uma infeliz tradição de “solucionar” qualquer dificuldade relativa à urbanização, da forma mais fácil e quase sempre, indevida. Seja no serviço público como no privado, todas as vezes que aparecem dificuldades na execução ou na manutenção das construções e das vias públicas, ou mesmo das residências particulares, que tem alguma interferência com as árvores próximas, a única ideia que surge é simples e rápida: CORTE A ÁRVORE! Se caírem as folhas que “sujam” o quintal ou o passeio, CORTE A ÁRVORE! Se as raízes se expandem e ameaçam os pisos, tubulações ou edificações… CORTE A ÁRVORE… Se deseja fazer uma modificação na via ou uma construção qualquer e existe uma árvore no caminho, CORTE A ÁRVORE!

Claro que muitas vezes surgem necessidades reais e imprescindíveis de retirar árvores para viabilizar serviços e obras que tragam benefícios à população e não existe outra solução que não seja a retirada ou substituição de determinada cobertura vegetal. E nesses casos não há qualquer problema em fazê-lo, pois se trata, antes de tudo, de uma escolha inteligente que tenha como fim a melhoria da qualidade de vida do ser humano.

Mas nada justifica a falta de cuidado e a “preguiça” de pensar em soluções construtivas e urbanísticas que evitem a pura e simples eliminação destas que são as maiores aliadas do homem para manter um ambiente sadio e equilibrado dentro das cidades.

Como arquiteto e urbanista, não consigo aceitar as soluções fáceis que vemos todos os dias e acabam sempre criando ambientes cada vez mais inóspitos ao retirar nossas amigas do reino vegetal. Sabemos que sem as árvores as temperaturas aumentam a níveis insuportáveis, o barulho se torna altamente prejudicial à saúde mental e física e o ambiente urbano passa a ser depressivo e assustador. Portanto para executar qualquer obra, se necessita ter previamente projetos arquitetônicos ou urbanísticos elaborados com extrema consciência e responsabilidade dos arquitetos, tendo a visão clara que as áreas verdes são imprescindíveis para a vida humana e nunca devem estar em segundo plano nos programas e objetivos finais das obras. Não há justificativa para fazer as intervenções sem buscar soluções que consigam aliar as funcionalidades necessárias ao projeto, com a preservação e melhoria ambiental.

As notícias veiculadas na tv a respeito da eliminação de amendoeiras na Av. Soares Lopes em Ilhéus, teve como justificativa as supostas obras relativas aos acessos da nova ponte, mas essa informação não tem fundamento, pois para esses acessos não há necessidade de eliminar um conjunto tão grande de árvores. Seria até compreensível que uma ou outra árvore tivesse que ser substituída ou eliminada, mas nunca uma linha continua no canteiro central da via. Sabemos que essas amendoeiras,

historicamente sofreram podas mal feitas que as deformaram e agigantaram. Mas nem por isso a solução seria eliminá-las. O ideal seria começar a fazer podas corretamente e profissionalmente, para que as mesmas voltem a ter uma forma natural e com dimensões compatíveis com o meio em que se encontram. (Quando se faz a poda de forma correta mantendo-as relativamente baixas, as raízes não necessitam se expandir e causar problemas maiores nem seus galhos se tornam ameaças).

Não se pode aceitar que projetos de engenharia sejam feitos sem antes haver um projeto urbanístico em cuja elaboração os arquitetos pensem e solucionem todos os problemas de forma sistêmica, dando a devida importância a cada uma das variáveis. Isso evitaria, por exemplo, que ocorressem erros estratégicos como o que ocorre na duplicação do trecho da Avenida Tancredo Neves, entre o aeroporto e o conjunto CEPLUS (rodovia Ilhéus/ Olivença) na zona sul. Ali, foi feito um projeto geométrico de engenharia, antes de elaborar um projeto urbanístico, onde deveriam ser levadas em consideração todas as variáveis, tais como os fluxos de pedestres e respectivas passarelas, das linhas de ônibus urbanos com seus respectivos pontos de parada, dos acessos às escolas, faculdades, clubes recreativos e pousadas, dos acessos às praias, da ciclovia e das coberturas vegetais. E aqui eu pergunto: será que realmente seria necessário retirar todos os Ipês daquela avenida? Eu sei bem o quão difícil plantá-los, pois o foram quando eu estava à frente da Secretaria de obras 30 anos atrás. Será realmente necessário eliminar o acesso (pequena rótula) em frente ao posto de gasolina e Hotel Opaba, obrigando a todos a fazer um percurso desnecessário em sentido oposto aos seus destinos?

Parece que precisamos urgentemente repensar o planejamento urbano em nossa cidade, para não fazer sempre o mais fácil.

Cortar árvores é fácil!

Alan Dick Megi – Arquiteto e Urbanista,

Especialista em Planejamento Urbano e Gestão de Cidades.

OS DESAFIOS PARA TODOS OS ILHEENSES

A nova ponte Ilhéus-Pontal recentemente construída, acrescidas às mudanças no trânsito efetivadas no Bairro do Malhado, tem o condão de facilitar o acesso das pessoas a pé e motoristas conduzindo veículos. Daí nasceu a possibilidade, na extensão da Av. Soares Lopes até o Cristo Redentor, de construções de espaços para novos estacionamentos e aberturas de outras vias ampliando a mobilidade urbana para diversos fins. Espaços não faltam.

Com essa nova via urbana das ilhas para o continente já se percebe uma grande diminuição do sufoco no trânsito quando se tinha apenas a ponte antiga construída nos idos de 1966. Toda essa inovação de mobilidade urbana é um verdadeiro começo! O projeto deve ser continuado e doravante deve-se projetar a construção de outra ponte que ligue Banco da Vitória ou o Bairro Teotônio Vilela diretamente para a zona sul de Ilhéus. Com isso facilitar-se-á consideravelmente o transporte de carretas, caminhões, ônibus intermunicipais e outros modais que continuarão seu trânsito confortavelmente na futura duplicação da rodovia Ilhéus Itabuna.

Mas, concomitante ao citado projeto já está na hora, demorou, de se organizar a região DISTRITAL da cidade de Ilhéus. São subdivisões administrativas com poucas estruturas, e às vezes abandonadas, a exemplo do Rio do Braço. Desde que o transporte ferroviário foi extinto, esses lugares começaram gradativamente a serem despovoados. Perdeu-se o Percurso agradável na época do transporte ferroviário e em substituição os passageiros e moradores distritais deparam-se até os nossos dias com péssimas estradas transitadas por ônibus municipais sabidamente sem o conforto desejado, sem inclusão social e amargando pobreza.

A dicotomia cultural é altamente potencializada porque as pessoas que moram nos distritos são culturalmente desprestigiadas, esquecidas mesmos, vivendo sem acesso à escola, saúde pública, sem a proteção da segurança pública e oportunidade de trabalho em empresas rurais e outras que já deveriam ter sido instaladas nos distritos. Os que podem se deslocam para a região central a fim de ganhar algum sustento.

É fundamental a inclusão cultural para as pessoas que ainda “residem” nestas urbes ou nunca haverá união e progresso na antiga Capitania de SÃO JORGE DOS ILHÉUS. Além dessas providências, já deveria ter sido criados consórcios públicos com a nossa vizinha cidade de ITABUNA, a exemplo de um consórcio público de transporte intermunicipal entre essas duas cidades.

Nessa toada, sugere-se a criação de um Conselho (a Constituição Federal dá azo à criação de Conselhos) voltado para unir Ilhéus e a Região Distrital com o escopo de sugerir projetos a fim de propiciar a essas subdivisões administrativas um bom

estado de habitação, dando-lhes independência, uma nova aparência social e cultural propiciando melhores condições de vida para as pessoas que lá residem ou para quem queira investir e fazer turismo nessas URBES.

Nessa toada, os componentes do Conselho promoverão debates na construção de ideias e os resultados obtidos, frutos de amplas discussões, serão encaminhados aos órgãos governamentais do município (Executivo e Legislativo). Acredita-se que se terá paulatinamente uma cidade humanista e com isso surgirá um equilíbrio psicológico nas pessoas que vivem e convivem em todo território Ilheense, pois começa-se na prática o exercício do Parágrafo único do inciso V da Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição”.

Claro que essa ideia de corrigir o estado sócio cultural – que amargam os Distritos de Ilhéus – deva acontecer num esforço contínuo e que dure, se preciso for, várias gestões daqui para frente, permitindo assim acabar com o crescente aumento da dicotomia cultural entre os que vivem na região Central de Ilhéus e os moradores que pelejam historicamene nos Distritos.

Gustavo Kruschewsky

 

Bloqueios nas rodovias de acesso à Ilhéus começam nesta segunda (13) : Por Secom

A Prefeitura de Ilhéus inicia na noite desta segunda-feira (13) a ação de bloqueio em rodovias de acesso ao município e rondas noturnas na cidade, por meio da atuação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente durante um período de 8 dias, das 21h às 5h, em conjunto com órgãos de fiscalização. Essa medida restritiva adotada pelo município, tem como objetivo evitar a disseminação do vírus na região, a contribuir com a prevenção e contingenciamento à Covid-19.

“Todos sabemos sobre o cenário Covid-19 de cidades vizinhas e na região sul, por isso, se faz necessária essa medida restritiva com o objetivo de diminuir a circulação do vírus na nossa cidade. Conto com a consciência e colaboração de cada cidadão para que não saia de casa sem necessidade, principalmente das 21h às 5h, a fim de contribuir com a proteção da própria saúde e de todas as pessoas”, destacou o prefeito Mário Alexandre.

Para o bloqueio em rodovias, integram a fiscalização efetivos da Superintendência de Transporte, Trânsito e Mobilidade de Ilhéus (Sutram), a Guarda Civil Municipal (GCM), as 68ª, 69ª e a 70ª Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPM). Já para as rondas na cidade, além da PM, Surtam e GCM, fiscais de posturas, fiscais ambientais e a Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cippa) colocarão suas equipes nas ruas para o monitoramento.

Parceria entre Prefeitura e Governo do Estado rende investimentos para Ilhéus: Por Secom

A parceria entre os governos estadual e municipal reflete no pacote de melhorias anunciado pelo governador Rui Costa para Ilhéus. A captação e geração de recursos durante a gestão do prefeito Mário Alexandre possibilitaram aumento substancial dos investimentos, principalmente nas áreas de infraestrutura e da saúde. A entrega da nova ponte é o marco da mobilidade urbana da cidade.

“Fizemos nesses três anos investimentos nunca feitos nos últimos 30 anos. Por meio das parcerias firmadas podemos dialogar e buscar soluções conjuntas para atender as demandas da população”, afirmou Mário Alexandre.

O dirigente baiano, por sua vez, enfatizou que as propostas pensadas para a região Sul são articuladas com o governo do Estado e dentro desse processo Ilhéus é uma das rotas estratégicas e economicamente importantes para o desenvolvimento da Bahia. “Isso tudo ganha celeridade quando a gente consegue o diálogo e a afinidade com o Município, para que as coisas ocorram com menos burocracia e menos tempo perdido”.

Para este ano, a administração municipal planeja outras ações, como a revitalização da Central de Abastecimento e a primeira etapa do fechamento do Canal do Malhado, continuidade do programa de asfaltamento em diversas vias, incluindo 17 ruas do Teotônio Vilela e entrega de equipamentos de saúde e unidades escolares, além das obras executadas em conjunto com o Governo do Estado: duplicação da BA-001, nos dois sentidos, com extensão até as proximidades do bairro Ceplus e construção da unidade materno-infantil, na Conquista, referência para alta complexidade, com previsão de entrega para fevereiro de 2021.

A primeira etapa do esgotamento sanitário e estação de tratamento do Pontal, segundo informou Rui, está prevista para ser entregue no mês de agosto. A licitação para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tipo II no bairro Esperança já está publicada no Diário Oficial do Estado. Também foi prenunciada a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ao lado Hospital Regional Costa do Cacau.

“Nunca um governador teve tantos olhares para a nossa cidade. Todas essas melhorias trazem qualidade de vida para os munícipes e turistas que visitam Ilhéus. Agradecemos pelo carinho e esforço que o governador tem não apenas pela Bahia, mas pela região sul do estado”, concluiu Mário Alexandre.

DO FUNDO DO BAÚ DE JOSÉ LEITE

1) 60 ANOS DE JOSÉ LEITE EM ILHÉUS.

2) FLASH DA INAURAÇÃO DA NOVA PONTE ILHÉUS/PONTAL.

3) POSSE DA NOVA DIRETORIA DO ROTARY CLUB DE ILHÉUS CENTRO.

4) AS FOTOS DESTAQUES DA SEMANA. :: LEIA MAIS »





















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