Muito se fala e pouco se faz contra a pesca predatória praticada no Santuário, conhecido como Lagoa Encantada no município de Ilhéus, BA. No entanto, mesmo com a criação da portaria MMA n° 003 de 29-01-1982, tanto o Rio Almada quanto a Lagoa Encantada, continuam sendo depredados.

A portaria que proíbe algumas modalidades de pesca naquela área do município, continua em vigor, porém a falta de estrutura fiscalizatória por parte dos órgãos oficiais, tem deixado aquele berçário aquático por conta de pessoas que, com a desculpa de “luta pela sobrevivência”, continuam mergulhando, pescando de arrasto e com batida para rede de espera, causando um impacto ambiental que com certeza modificará os hábitos de varias espécies, que para ali se deslocam, procurando as cachoeiras na época da piracema.

 Não queremos que os nativos da Lagoa Encantada deixem de pescar, até por que, muitas famílias ribeirinhas sobrevivem única e exclusivamente do peixe que é pescado (de linha vara e anzol), naquelas águas. Chamamos atenção, é para o risco que essas famílias estão correndo, quando permitem ou fingem não vê pessoas de outros lugares inclusive turistas, pescando de maneira predatória, com o uso de arpão, rede de arrasto e tarrafas.

 O art.34, item II, diz; pescar quantidade superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; constitui CRIME AMBIENTAL e, aplica pena de detenção de um a três anos e multa.

Conclamamos aos órgãos públicos, bem como as pessoas envolvidas com a defesa do meio ambiente, a voltarem aos olhos para o Rio Almada e a Lagoa Encantada, antes que os predadores destruam uma das áreas mais rica em biodiversidade aquática do litoral baiano.

                                                                                  (ALMEIDA, J. Iram)