O papa Bento 16 assinou na manhã desta sexta-feira (10) o decreto que torna irmã Dulce beata. O ato do líder católico era aguardado desde o dia 27 de outubro, quando o Vaticano reconheceu um milagre ocorrido por intermédio da freira. Faltava apenas a assinatura do papa, para a conclusão do processo. A partir de agora se inicia um novo processo para que a religiosa baiana seja canonizada e possa ser cultuada como santa. Para isso, porém, será necessária a comprovação de mais dois milagres.

A superintendente da Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), Maria Rita Pontes, conta que a informação sobre a assinatura do decreto ainda é extraoficial. Ela recebeu a notícia por meio de um telefonema do postulador da causa, dom Ricardo Petrone. “O ato somente poderá ser considerado oficial a partir da sua publicação no Jornal do Vaticano, que acontece no dia seguinte”, explica Maria Rita.

A partir de agora ela iniciará os preparativos para festejar o feito. A data, que ainda depende de aprovação do Vaticano, é o dia 22 de maio, aniversário de irmã Dulce e dia dedicado a Santa Rita de Cássia. O local projetado para abrigar as mais de 50 mil pessoas aguardadas para a cerimônia será o Parque de Exposições, em Salvador.

“Tenho uma audiência agendada com o governador Jaques Wagner (PT) nesta próxima semana, para acertar todos os detalhes da festa, inclusive o local”, comenta a superintendente da Osid, que espera contar com a ajuda financeira do Estado.

“Será uma cerimônia liturgia, presidida por dom Geraldo, já que foi ele quem iniciou o processo de beatificação, com manifestações populares de religiosidade, cânticos, enfim, algo com o jeito da homenageada. Simples, porém, emotiva”, antecipa.

A causa da beatificação de irmã Dulce começou em janeiro de 2000. Em junho de 2001, o processo passou a tramitar na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.

Em junho deste ano, o corpo de Irmã Dulce foi exumado e exposto pela última vez no altar da Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no largo de Roma, durante missa celebrada por dom Geraldo Majella.

Após a cerimônia, os restos mortais da freira foram transferidos para uma capela, na igreja, onde ficará definitivamente. A transferência das relíquias foi a última etapa antes de Bento 16 proclamá-la beata.

Especial para o UOL Notícias
Em Salvador