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Alfredo Amorim da Silveira em: “10TAQUES”.

Olá,
São inúmeros os ‘i-meios’ que aqui chegam procurando saber mais dessa figura que vem desenvolvendo um excelente trabalho aqui no site. O problema de saber dele foi de difícil solução porque as poucas coisas que sei não são suficientes para “dizer dele”. Aí eu procurei a pessoa mais preparada para responder sobre quem é ALFREDO AMORIM DA SILVEIRA: Ele. Depois do susto ele aceitou.
Que rufem os tambores !!!!!
Senhoras e senhores, conheçam Alfredinho.
——————————————————————————————————————————————-

Eu,

Alfredo Amorim da Silveira

                 Como sei que ninguém vai falar, bem, de mim, mal, sei que todos falam, resolvi, como disse um grande filósofo ilheense do passado, Nelson Schaun, vou falar de mim para mim mesmo.

Minha primeira irmã, Maria Alice, morreu no parto ao ser extraída com fórceps. Por este motivo minha mãe, Nair Amorim da Silveira, ficou sem conseguir engravidar, oito anos depois meu pai, Renato Leite da Silveira, resolveu pegar um sobrinho, Rui Leite da Silveira, para criar, pois não acreditava que minha mãe viesse a engravidar novamente, foi aí que aconteceu um milagre, logo após adotarem Rui minha mãe ficou grávida e em 1944 teve seu primeiro filho, Renato José, depois em 1946 Maria Clara e em 16 de novembro de 1950, Eu, Alfredo. Por causa do seu problema de parto toda vez que um de nos ia nascer minha mãe ia para Salvador dar a luz no Hospital Português, somos todos soteropolitanos de nascimento, mas ilheenses de coração.

No mês de setembro de 1950, dois meses antes do meu nascimento, aconteceu um fato muito triste para a família, meu pai faleceu por causa de uma enfermidade muito grave, fiquei órfão antes mesmo de nascer; meu Pai foi um dos fundadores do Rotary Clube de Ilhéus, como era muito querido na cidade, seus amigos rotarianos deram o seu nome a Escola Rotary recém inaugurada não bairro da Barra, em frente ao 2º BPM.

Apos o meu nascimento minha mãe resolveu voltar para Ilhéus, sendo acolhida por tio Pacheco na chácara da Boa Vista onde moramos por um bom tempo.

Saímos escondidos, pois tio Pacheco e tia Esther não queriam que saíssemos de lá, fomos morar numa casa alugada na Rua Sá Oliveira, tempos depois minha mãe comprou uma casa na Rua 28 de Junho, onde moramos até o ano de 1959, hoje é a loja “A Gardênia”.

Eu fazia parte da turma dos meninos que frequentavam a Praça Ruy Barbosa, os “agulhas”, como eram conhecidas as crianças que andavam na dita praça.

Em 1959 nos mudamos para Salvador, para estudar, fomos morar na Rua Teixeira Leal, Ed. Catarina Paraguaçu, no bairro da Graça. Estudei na Escola Modelo, Escola Nova, Colégio Antônio Vieira, de onde fui expulso por ter mandado um padre ir….., por último “estudei” numa escola no bairro de Nazaré, Colégio Nossa Senhora de Lourdes, foi quando resolvi deixar de estudar.

Quando fiz quinze anos, todo cheio de mim, pedi permissão a minha mãe para fumar, pois se ela  não deixasse iria fumar escondido, a sua resposta foi que o problema era meu, a saúde era minha e o dinheiro também, sai todo cheio, comprei uma carteira de MInister, coloquei no bolso, o resultado é que adiante dei o maço de cigarro e nunca mais fumei. Se a velha tivesse proibido, talvez não estivesse aqui contando estas histórias.

Em 1967 meu irmão foi estudar na Itália, e eu ganhei o seu carro, um fusca, que só seria meu depois que tirasse a carteira de motorista, “mas”, como sempre, resolvi dar uma roubada no carro para levar um amigo em casa, ele morava no bairro do Canela, foi ai que aconteceu a miséria, era mais ou menos 7 horas da noite quando desci a ladeira da Graça, um guarda apitou, me mandando parar, como não tinha carteira de habilitação, apaguei os faróis do carro e fugi, foi ai que deu a miséria, o guarda queria avisar que a rua estava interditada, estavam construindo o viaduto do Canela, bati de frente numa ruma de aterro, o carro ficou imprestável, eu quebrei o maxilar superior, fiquei trinta dias em casa com a cabeça engessada, meu amigo tomou um corte na testa, trinta e seis pontos. Tomei a maior lição de moral da minha vida, minha mãe me deu um carro novo, um fusca azul, disse-me que a minha vida era mais importante que um carro.

Voltei a morar em Ilhéus no fim de 1967, era só curtição, poucos rapazes tinham carro próprio naquela época, virei o maior playboy.

Em 1970 fiz o curso de aviação civil no Aero Clube, fui o primeiro colocado nas provas teóricas, só que quando fui fazer a prova prática o instrutor não veio de Recife, foi quando fiz amizade com uns caras de Lavras, Minas Gerais, através de Andre Maurício Carvalho, e fui conhecer a tal cidade mineira, foi quando o instrutor chegou, não fiz a prova e teria que fazer tudo de novo, prova teórica e tudo o mais, então desisti.

Era para passar uma semana em Lavras, fiquei dois anos, era bom demais. Voltei de Lavras em 1972 e comecei a tomar conta da fazenda, minha mãe transferiu a responsabilidade pra mim, foi aí que virei playboy mesmo, cheio de dinheiro, era só farra e mulheres bonitas, não tirando as responsabilidades, é claro, foi quando conheci a minha primeira esposa, Mônica, nos casamos em janeiro de 1974, tivemos dois filhos, Renato e Carolina, que me deu outra coisa linda, que adoro, minha neta Maria Gabriela, acho que foi a única coisa boa que fiz na vida, são meus orgulhos, ótimos filhos, me orgulho muito deles. O casamento não deu certo e em 1977 nos separamos.

Voltei à vida pregressa novamente, comecei a frequentar o bar do “Nêgo Dáu”, Adalberto Claudio de Oliveira, o Luanda Beira Bahia, no fim da Avenida Soares Lopes, foi quando conheci a turma da CIB, Companhia Ilheense da Bebedeira, era uma farra só, um famoso Opala preto, mulheres bonitas, se me vissem agarrado com uma mulher feia podia correr para apartar que com certeza era briga.

Também participava de um grupo de caçadores, pescadores e outros mentirosos, que viajavam  para Bom Jesus da Lapa, no início dos anos de 1980, onde íamos caçar e pescar, ficávamos acampados às margens do rio Corrente, afluente do Rio São Francisco, que maravilha, um verdadeiro paraíso.

Nesta época tive uma orquite, em decorrência de uma papeira, fui hospitalizado e tive que ficar um mês de repouso em casa, fiquei estéril, não podia mais ter filhos, se não fosse isto acho que hoje teria uns dez.

Em 1980 conheci a minha segunda esposa, Claudia, no bar do amigo Tiago Sá Barreto, no Jardim Savoia. Casei com Claudia em 1986, passamos a lua de mel na Espanha, cinco meses viajando pela Europa, que maravilha, queria ficar por lá mas Claudia não, levamos seis anos casados, mas novamente não deu certo, acho que sou muito chato, não tivemos filhos, nos separamos em 1994. Ou fiquei vacinado ou foi praga que me jogaram, nunca mais me casei.

Quando voltei da Espanha, tudo começou a dar errado comigo, antes mesmo da praga da vassoura de bruxa, não choveu durante três ou quatro meses na fazenda, não colhi quase nada, tinha comprado um terreno no Jardim Savoia e estava construindo uma casa, fiquei todo pipinado. Três anos depois quando estava me recuperando, novamente outra praga, a podridão parda detonou toda a minha produção de cacau, foi quando chegou a “Vassoura de Bruxa”, ai terminou de lascar com tudo. Tive que vender a fazenda, pois não tinha como mante-la, e o preço estava lá em baixo, fazenda de cacau não valia mais nada!

Tentei fazer varias coisas , mas nada dava certo, pelo contrário, piorava tudo. Resolvi ficar parado, sem fazer nada, foi ai que as coisas se estabilizaram, não melhorei, mas também parou de piorar.

Comecei a frequentar a Igreja Messiânica onde encontrei apoio, e foi como consegui me estabilizar e ver que Paulo Coelho estava certo no seu pensamento: Riqueza é uma questão de espírito, dinheiro é uma coisa temporária. São nestas horas que conhecemos os verdadeiros amigos e vi que tenho muitos.

Em 1995 deixei de beber, bebi tanto que enjoei, a foto acima é pura gozação de meu genro Jorge Cajueiro.

Há uns quinze anos atrás resolvi fazer pesquisas sobre a minha família no Arquivo Público Municipal de Ilhéus, saber mais sobre meus antepassados, me apaixonei pela história de Ilhéus, é muito rica, muita gente maravilhosa que viveu aqui, por isso que Jorge Amado se deu bem! Descobri que meu tataravô, José Pinto da Silva Amorim, veio de Portugal para Ilhéus no começo dos anos de 1800, que seu filho, meu bisavô, Alfredo Navarro de Amorim, foi quem lavrou a ata de emancipação política de Ilhéus; meu outro bisavô, Antônio Pessoa da Costa e Silva, o Coronel Pessoa, foi chefe político da cidade por mais de trinta anos, do começo dos anos 1900 até 1930; os Calasans Bittencourt vieram com a comitiva do Rei de Portugal, D. João VI, se instalaram em Estância, Estado de Sergipe, e depois vieram para Ilhéus; meu tio, irmão de meu pai, Arthur Leite da Silveira, foi Prefeito de Ilhéus de 1946 até 1951; cheguei à conclusão que não só conheço a história de Ilhéus, que faço parte dela. Por ter adquirido tanto conhecimento sobre Ilhéus, meu primo Manoel Carlos Amorim da Almeida convidou-me para ser membro do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus, de onde faço parte da diretoria.

Não vou morrer tão cedo, mas quando eu morrer sei que não vou pro Céu, muito menos para o inferno, o Diabo não me quer lá, por isso vou continuar vivendo aqui no Paraíso, mas quando eu morrer, não quero choro nem vela, muito menos uma fita amarela gravada com o nome delas, quando eu morrer, não vou nem no meu enterro, vou mandar uma procuração, quem quiser que vá no meu lugar!!!

2 respostas para “Alfredo Amorim da Silveira em: “10TAQUES”.”

  • Carlos da Silva Mascarenhas says:

    Alfredo:

    É muito bom ler você. Continue, sempre, escrevendo e brindando os leitores do R2CPRESS com textos tão gostosos e informativos.

    Insisto. Precisamos transformar seus textos num livro e explicitar todo este conhecimento que você tem guardado no seu HD mental.

    Carlos Mascarenhas

  • Tarcicio Pereira da Silva Neto says:

    Alfredinho(FEFEU) para os intimos, é bom relembrar estas coisas,lembro-me que o Luanda foi o bar que me iniciou nu mundo alcoolico, junto com a turma da CIB da qual tinha maior vontade de participar mais era muito pirrahlo, ficava fã dauquelas mesas com duas , tres caixas de cerveja em cima ea nossa com duas tres cerveja no maximo, algumas veses a Turma da CIB mandava colocar de cortesia na nossa mesa e ai quando discobrimos já tinhamos muitos amigos desta época e um deles é voce FEFEU, que muitas veses me levou de carona para as varias boates em Itabuna e ficava na esperas das sobras das garotas, sem deixar de lembrar de Silvio e seu opala quadriget e as ferias quando todos que estudava mos fora nos reunimos e relembrar das coisas boas da época é muito diferente de hoje não é? Um abraço

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