Rabat:

Ontem à noite virei estatística. Por volta das 21h fui assaltada na porta de casa (Cidade Nova), enquanto meu marido saltava do carro para abrir a porta da garagem. Há poucos dias um meliante foi preso à luz do dia perto de minha casa (http://www.r2cpress.com.br/v1/2011/11/06/catende-roubou-no-centro-e-correu-pro-pacheco-se-deu-mal/) e com o acontecido de ontem, pude ver que esta área da cidade que já foi tranquila e segura, está terrivelmente perigosa.

O bandido se aproximou de meu carro já com revólver em punho, dizendo: “Perdeu! Não ‘raste’ o carro que eu lhe atiro!” (sic).

Por bondade de Deus, fiquei extremamente calma, não reagi, e com o revólver no pescoço conversei o tempo todo com ele, chamando-o de “meu filho”. Ele só queria dinheiro, graças a Deus nem perguntou por celular ou outros pertences que estavam no carro. Vi ontem mesmo no Jornal da Globo que um homem foi morto porque reagiu a um assalto num banco em Goiânia.

Não estou me identificando, porque não quero que o acontecido chegue aos ouvidos de minha família, para não assustá-los. Mas faço este relato aqui, para que se saiba o quanto nossa cidade está diferente, e o quanto ficamos impotentes diante desse tipo de situação. Duas vezes em menos de 15 dias, no mesmo local… que eu saiba.

Peço que a Polícia Militar dê um pouco mais de atenção a esta área, nas imediações do Estádio Mário Pessoa e Praça Guadalajara, fazendo uma ronda periódica, para que pelo menos os bandidos saibam (ou pensem) que não é tão fácil assim sair enfiando revólver na cara das pessoas a qualquer hora do dia ou da noite.

Tentei fazer a ocorrência policial na delegacia digital, (https://www.delegaciadigital.ssp.ba.gov.br/main/) mas não pude, pois segundo o site, “Caso o documento ou outro objeto tenha sido subtraído mediante violência ou grave ameaça à pessoa (o que caracteriza roubo, e não furto), não é possível registrar seu BO aqui; procure a delegacia policial mais próxima.”

Não me sinto à vontade para ir até À delegacia, e enfrentar todo o estresse que o próprio local provoca, então faço do seu site minha tribuna, para “registrar a ocorrência” e publicamente agradecer a Deus ter sido somente o dinheiro, e por Ele ter me dado paz e calma para não reagir e assim ainda poder estar aqui, contando esta triste história, que, de um jeito ou outro, ainda teve um final feliz (estou viva!).


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