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EDUARDO CATALÃO

Coluna Figuras Proeminentes

Por Antonio Olímpio

Antonio Olimpio
Eduardo Catalão foi um ilustre ilheense filho do coronel Pedro Levino Catalão e Bellanizia Vieira Catalão, que se destacou como político, grande cacauicultor e criador de gado, além de ser um cidadão exemplar e cavalheiro de fino trato. Eu ainda era bem garoto quando o conhecí, frequentando a casa de meu pai. Eduardo morava no Rio de Janeiro, envolvido com atividades políticas e comerciais, vindo seEduardo Catalãompre a Ilhéus visitar sua grande fazenda de cacau, no Rio do Braço ou a, maior ainda, situada nos Três Braços, entre Coaraci e Itapitanga – onde também tinha cacau, porém a atividade predominante era a criação e engorda de gado. Nesta fazenda, além do gado comum, Eduardo criava gado de linhagem especial – nelores descendentes do mais famoso touro da raça, importado da Índia, chamado Karvad.
Na fazenda do Rio do Braço, que produzia cerca de trinta mil arroubas, tinha uma mansão em estilo colonial, cheia de obras de arte e espetacular adega, com vinhos finíssimos de Bordeaux, Borgogne, Pomerol (França), de Montalcino, Toscana e outras regiões famosas da Itália, além dos Rioja da Espanha, dos Tokay da Hungria. Cognacs e Champagnes, os mais famosos do departamento francês do Charrante, etc. Ainda muito jovem acostumei-me a ouvir Eduardo quando conversava política com meu pai. Ambos pertenciam ao PTB e eram amigos de Getúlio Vargas. Meu pai foi presidente do PTB de Ilhéus por muito tempo e apoiou Eduardo várias vezes, quando suas candidaturas, sempre vitoriosas, a deputado federal.Ele morava no Rio de Janeiro, tendo Foto Ed Ferreiracomo endereço o Hotel Serrador apartamento 1716, na Praça Mahatma Gandhi. Seu apartamento era conhecido como o consulado de Ilhéus, na capital da República.

Todos os Ilheenses que o procuravam eram atendidos com presteza e foram muitos os jovens, como eu, que fixaram residência no Rio e tiveram empregos públicos conseguidos por ele.

Eu fui nomeado para o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1953, no governo de Getúlio, quando era ministro da pasta o Dr. Hugo de Faria. Além de haver conseguido minha nomeação Eduardo foi um segundo pai, orientando-me na grande metrópole inclusive levando-me aos lugares mais finos como o “Golden Room” do Copacabana Palace, o “Night and Day” do Hotel Serrador, o “Le Bec Fin”, ao Cassino do Quitandinha, etc. Levou-me também ao Jockey Club Brasileiro, onde tinha um “stud” de cavalos corrida (cerca de dez, entre eles Crisbam, Ipê Rôxo, Janúsia, Jangali e “Sur Mer”) e convenceu meu pai a presentear-me com um título de sócio do tradicional clube.

Acompanhei de perto a vida de Eduardo no Rio, especialmente quando assumiu a senatória como suplente de Antônio Babino, que afastou-se para ser investido como Ministro da Justiça. Eduardo foi também presidente do Banco do Brasil, ocasião em que, a pedido de Francisco Orrico (seu médico a amigo particular) construiu a nova sede do Banco (a atual no calçadão da Paranaguá).Também foi Ministro da Agricultura, nomeado pelo presidente Café Filho e posteriormente pelo presidente Nereu Ramos, após o suicídio de Getúlio Vargas. No senado teve atuação destacada ao lado do também baiano Nestor Duarte. Na Câmara Federal portou-se como intransigente defensor dos interesses da região cacaueira, ao lado do itabunense Aziz Maron, integrando a bancada de apoio aos governos de Eurico Gaspar Dutra e Getúlio Vargas, numa época de grandes parlamentares da Bahia como Aliomar Baleeiro e Clemente Mariani.

Na Bahia, no governo de Balbino, foi Secretário de Agricultura foi. O sucesso como político e na vida, como cidadão, nunca lhe subiu à cabeça. Sempre foi simples, leal às suas amizades, atencioso para com todos especialmente com as mulheres, com quem desfrutava de enorme prestígio, em razão de sua fina educação, elegância e boas maneiras. Evidentemente soube aproveitar a vida em todos os sentidos.

Como homem público foi eficiente político e administrador competente, aproveitando-se dos cargos para servir ao povo e trazer obras e coisas importantes para Ilhéus e para a Bahia. Fez crescer seu patrimônio administrando-o com lucidez e visão de futuro. Com estes dois itens tratados como descrito, evidentemente teve grande sucesso com as mulheres. Só depois dos setenta anos é que resolveu casar-se. O enlace matrimonial ocorreu com a jovem Déa, com quem viveu até a morte, em 2004. Eduardo Catalão é um exemplo a ser seguido por todos aqueles que pretendem ser dignos e fazer história.

No
http://www.photossintese.blog.br/index.php?option=com_content&amp%3Bview=article&amp%3Bid=675%3Aeduardo-catalao-&amp%3Bcatid=39%3Acultura#.T254JyvBdpM.gmail

17 respostas para “EDUARDO CATALÃO”

  • maria apolnia de almeida bispo says:

    Morei quando criança, na fazenda rio do braço meu pai foi contador de EDUARDO CATALAO.Gostaria de saber se aquela casa,ainda esta de pe,era mal-assombrada,misteriosa.Deveria ser tombada como patrimonio nacional.Alias todo aqule vilarejo!Tenho boas lembranças daqule paraiso verde!

    • Gerenylson says:

      Meu pai também trabalhou na Fazenda Rio do Braço, em 1974 e 1975. Na época, o gerente era Vitório Braz, e o administrador era Ciro. Meu pai trabalhava no escritório de contabilidade. Foi uma época mágica!

  • Rita Catalao says:

    Antônio Olímpio,
    Obrigada pelas palavras carinhosas sobre meu tio.
    Foi muito bem retratado.
    Realmente sempre foi um homem de muito valor e amado por muitos.

    Um abraco,

    RIta Catalao

  • gilberto R.Santana. says:

    Meu pai era José Teles Santana. Vivi desde 01 até 17 anos na fazenda. foi um tempo bom, jamais vou esquecer por que marcou profundamente, principalmente por acreditar em tantas histórias sobre lobisomem, saci pererê,caipora e etc… Nadava nos rios, piscava nas represas, andava a cavalo. Eu era muito feliz. Dr. Dea, me convide um dia para rever esses verde campo. Um abraço do filho de José Teles.

    • Osman Matos says:

      Sou filho de Seu Osvaldo Matos, delegado do Rio do Braço, ex-alfaiate e comerciante por muito tempo e que morou no prédio de primeiro andar onde morou o Pai de Eduardo Catalão, o sobrado de 1927. e de D, Maria Arlete, professora do lugar, Filha de Filon Alves do Socorro – escrivão do Cartório e que Morou dos anos 60 a 1993.(eu e meus irmãos (Mabel, Gracinha Casada com Arlindo Coelho da família de Amelia Coelho da Fazenda Sequeiro de Espinho, Osvaldinho, e Arnaldo (hoje dono da loja de moveis Tropical Moveis em Ilhéus e que foi gerente do Bamerindus(HSBC) por muito tempo). Eu Osman Matos, moro em Joao Pessoa, sou professor de Português e filiado ao PSB (do diretório). A partir de 1970 fomos morar em Itabuna para estudar, mas todo final de semana estávamos na mercearia de meu pai ajudando. (mercearia do Noberto – novela Renascer da Globo).Estou publicando este ano um livro intitulado Rio do Braço que conta as pessoas, as tradições e os costumes desse belo lugar. Uno-me a todos vocês e tenho um sonho no resgate do patrimônio arquitetônico desse lugar maravilhoso pelo qual passei a minha infância, e por ser um lugar histórico.
      Parabéns, Antonio Olímpio, pela reportagem. Gostaria que todas as pessoas que vivenciaram o Rio do Braço se unissem para resgatar esses patrimônio artístico e cultural. Estou iniciando o movimento com a publicaçao do livro. Vamos todos nos unir. meu telefone e 83-8811-5512. Vou bater em Brasilia no IPHAN onde for preciso, mas o Rio do Braço vai Renascer! como na novela que tem esse titulo!

  • guilherme says:

    Só ví o Catalão, uma vez, na vida, numa das suas raras aparições em ilhéus; já estava nos seus setenta, mas com os cabelos pintados de café escuro; estava de paletó, gravata e muita elegância e discressão, numa manhã qualquer dos anos de 1960…contavam que, nas suas façanhas com as mulheres, seu prato preferido, andou querendo comer em prato alheio e, o dono do prato, gentilmente, pediu que ele desse um tempo fora, para este se acalmar da pretendida invasão gastronômica…mas nada disso ofusca a sua brilhante e inspiradora biografia, como esta aqui que nos apresenta o querido AO…Sua última esposa, com quem casou ainda quase uma menina, é amiga particular da minha mãe…

    • RITA CATALÃO says:

      Caro Guilherme,

      Como voce mencionou voce só viu meu tio uma unica vez e talvez por este motivo tenho cometido o engano de dizer que o Eduardo Catalão havia se casado com uma moça quase menina. Ela até pode ser amiga da sua mãe , mas nunca foi CASADA com meu tio.

      Eduardo Catalão teve 3 mulheres as quais moraram com ele.

      1) Eva eu ainda era criança;
      2) Moema, que foi a mulher que mais permaneceu unida com ele. Esta sim era quase menina quando começou a namorar meu tio (15 anos) e foi morar com ele quando completou sua maior idade. Eu tinha menos de 10 anos e Moema já namorava meu tio;
      3) Deia Silva, que começou a namorar meu tio quando ela já passava dos vinte anos e nem virgem era mais. Inclusive namorou meu tio enquanto ele continuava morando com Moema.

      A sociedade do Rio de Janeiro conhece como mulher de Eduardo Catalão a Sra. Moema e não Deia. Claro que depois de longos anos de vida dupla ele se separou de Moema ficando so com Deia que era sua companheira de fazenda etc…
      Apesar de ambos passarem temporadas aqui no Rio , meu tio só apresentou Deia aos amigos em um casamento quanto ele já tinha uns 86 anos.

      Por favor não fique repetindo as estórias de Deia, pois as mesmas são só fantasias.

  • Sizinio rosa Barros says:

    visitei a fazenda como extensionista da Ceplac fui bem atendido pelo seu gerente.A roça era muito sombreada precisava de um bom raleamento para aumentar a produção.Casa muito bonita em estilo italiano

  • Rivadavia Santana says:

    Legal,
    Também vivi minha infância na Fazenda Três Braços. Sou filho de José Teles Santana. Sou muito grato e também admirador do Eduardo Catalão. Muitas lembranças boas daquela convivência. Endosso todas as palavras de boa qualificação a ele. Adoraria muito uma oportunidade para rever minhas origens. Sou eternamente grato a ele pela altivez, pelos seus gestos e atenção a todos detales como só ele sabia fazer, sem desmerecer atenção de ninguém. Todos o adimiravam.
    Parabéns Antonio Olímpico pela reportagem e iniciativa. Também sou favorável ao tombamento histórico daquele patrimonio. Talvez uma reportagem com imagens por uma rede de TV de grande penetração na mídia possa resgater esse valor.
    Parabéns Rita Catalão!

  • Osman Matos says:

    Sou filho de Seu Osvaldo Matos, delegado do Rio do Braço, ex-alfaiate e comerciante por muito tempo e que morou no prédio de primeiro andar onde morou o Pai de Eduardo Catalão, o sobrado de 1927. e de D, Maria Arlete, professora do lugar, Filha de Filon Alves do Socorro – escrivão do Cartório e que Morou dos anos 60 a 1993.(eu e meus irmãos (Mabel, Gracinha Casada com Arlindo Coelho da família de Amelia Coelho da Fazenda Sequeiro de Espinho, Osvaldinho, e Arnaldo (hoje dono da loja de moveis Tropical Moveis em Ilhéus e que foi gerente do Bamerindus(HSBC) por muito tempo). Eu Osman Matos, moro em Joao Pessoa, sou professor de Português e filiado ao PSB (do diretório). A partir de 1970 fomos morar em Itabuna para estudar, mas todo final de semana estávamos na mercearia de meu pai ajudando. (mercearia do Noberto – novela Renascer da Globo).Estou publicando este ano um livro intitulado Rio do Braço que conta as pessoas, as tradições e os costumes desse belo lugar. Uno-me a todos vocês e tenho um sonho no resgate do patrimônio arquitetônico desse lugar maravilhoso pelo qual passei a minha infância, e por ser um lugar histórico.
    Parabéns, Antonio Olímpio, pela reportagem. Gostaria que todas as pessoas que vivenciaram o Rio do Braço se unissem para resgatar esses patrimônio artístico e cultural. Estou iniciando o movimento com a publicaçao do livro. Vamos todos nos unir. meu telefone e 83-8811-5512. Vou bater em Brasilia no IPHAN onde for preciso, mas o Rio do Braço vai Renascer! como na novela que tem esse titulo!

  • Ana Paula costa says:

    Assistindo ao programa Brasil visto de cima na globosat, a família Catalão foi citada, pois tratava-se de uma reportagem sobre o atual potencial turístico da região de Ilhéus – Itacaré, onde outrora o cacau reinou. Então lembrei-me de um especial e muito querido cliente que tive quando trabalhei no banco Econômico da Agência Assembleia, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
    Decidi pesquisar no Google, para saber se a família citada na reportagem, correspondia ao Dr. catalão que conheci. Tive certeza e fiquei surpresa com tantos atributos que ele colecionou ao longo de sua brilhante trajetória de vida.
    Estou feliz por saber um pouco mais sobre um homem que sempre admirei por sua educação, elegância, generosidade, simplicidade e respeito ao próximo.

  • Manoel A. Jatobá says:

    Conheci o Senador Catalão em 1968. Era muito amigo de meu pai estivemos juntos em nossa fazenda em Santo Antônio do Imbé nas férias de Julho daquele ano. Sempre guardei uma boa impressão da sua pessoa.

  • Eliomélia says:

    Cresci ouvindo minha mãe falar de Eduardo Catalão ela trabalhava na casa no tempo de Vitório Braz o nome de minha mãe é Célcina Gomes Oliveira ou Leu como era chamada. até hoje Eduardo Catalão é uma lenda para nós em casa. Mainha era muito jovem quando serviu Eduardo Catalão, guarda ótimas recordações descreve com perfeição o casarão, as barcaças de cacau e em especial o trato que Eduardo Catalão dispensava aos que lhe servia, sempre educado e gentil. dia 8 de dezembro próximo ela completa 70 anos gostaria de dar como presente um pouco da Bahia a ela que esta longe de sua terra há mais de 40 anos.

  • Olá

    Gostava de saber se a origem de Portugal de Eduardo Catalão, era a Cidade da Covilhã.
    Obrigado

    João Catalão

    • RITA MARIA CORREA CATALAO says:

      Prezado joão,

      Meu avô Pedro Catalão (Conhecido em Ilhéus com “Coronel Catalão”), teve um irmão que foi para Portugal quando toda família saiu da Espanha.

      Sinceramente não sei a cidade, só sei que foi com a fronteira da Espanha e que esse irmão tinha terras em PORTUGAL (na serra, numa divisão de Portugal e Espanha).

      O avô de Neil chamava-se ´Pedro Levino Catalão’, que era irmão do meu pai
      ‘Pedro Catalão Filho (conhecido como ‘Pedrito Catalão’).
      Ambos filhos do coronel ‘Pedro Catalão’ e irmãos de ‘Eduardo Catalão’ e Maria Alice Catalão (de Carvalho Chaves => nome de casada).

      Estou a disposição para esclarecer dúvidas.

      Conheço bem a vida da família.

      Rita Catalão
      ritamariacatalao@hotmail.com

  • Rui Leite Dos Santos says:

    Eu e meu irmão mais velho eramos vendedores de pães em um sesto a padaria era no rio do braço agente passava em frente aquele palácio e ficávamos admirados o meu pai falava que aquele palácio era da família catalão,Eduardo catalão e Pedrito catalão. eu moro em Goiás a quase quarenta anos.

  • Neil Catalao says:

    Olá a todos,

    Meu nome é Neil Catalão, sou o único neto de Pedro Catalão que foi irmão de Eduardo Catalão.
    Quero agradecer a todas as pessoas que relataram suas lembranças aqui. Realmente meu tio avo Eduardo Catalão era uma figura fantástica, assim como também meu avo Pedro Catalão, que além de médico otorrino, foi Deputado e Prefeito diversas vezes. Meu avô Pedro foi casado com minha avó Flora Canizares Catalão e juntos tiveram como filha Leda Canizares Catalão, minha mãe.
    Para dar mais riqueza aos detalhes, sei que tanto meu avô Pedro Catalão, como meu tio-avô Eduardo Catalão foram citados no livro de memórias do ilustre escritor Jorge Amado “navegação de Cabotagem”

    Deixo a todos um grande abraço e me coloco à disposição.
    Whats 48 991913191

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