Poucos dias para o Natal. Estava eu num supermercado que serve um delicioso frango assado “pra viagem” (na minha modesta opinião, o melhor galeto da cidade). De repente, e por conta do galeto ser gostoso, me veio instantaneamente a pergunta que fiz aos funcionários da seção onde os frangos assados são oferecidos: “Vocês vão assar chester e peru pro Natal?”. Pegos de surpresa, se entreolharam como se ninguém da empresa tivesse pensado nisso e, após alguns segundos de silêncio, veio a resposta negativa.
Nesse mundo louco e corrido do século vinte e um, a palavra de ordem é “praticidade”. Imagine quantas donas de casa teriam poupado o trabalho de preparar o prato principal da ceia natalina? Já seria uma grande ajuda e sobraria um tempinho pra cuidar de outras coisas.
Entrando na seara do marketing e do negócio, seria uma maneira de cativar os atuais clientes e quem sabe até conquistar novos, com esse interessante diferencial frente à concorrência. Por outro lado, eventuais prejuízos ou encalhes de produto poderiam ser evitados através do sistema “sob encomenda”, caso o supermercado julgasse necessário; seria apenas uma questão do simples controle de nome/telefone/produto/quantidade encomendada, durante um período tal, antecedente ao 24 de dezembro.
O Natal é uma daquelas datas em que o comércio faz a festa, mas só existe uma vez no ano. É aproveitar ou aproveitar, sempre de olho nas expectativas e anseios do consumidor, peça fundamental dessa complexa engrenagem chamada Economia.

Nilson Pessoa