Terreiro Humpame ft Elias Mascarenhas

Terreiro Humpame ft Elias Mascarenhas

Dez terreiros de candomblé das nações nagô, nagô-vodum, jeje-mahi e angola, dos municípios de Cachoeira e São Félix, vão receber serviços prediais. Um termo de cooperação foi assinado na última sexta-feira (11), em Cachoeira, entre o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e a prefeitura local. “A próxima etapa será a assinatura da Ordem de Serviço com a participação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi)”, informa o chefe de Gabinete do IPAC, Ivan de Souza Teixeira, que representou o Instituto na sexta-feira.

Segundo o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira, essa é mais uma etapa de beneficiamento a esses terreiros, mananciais culturais de matriz africana. Participam os terreiros ‘Aganjú Didê’ (conhecido como ‘Ici Mimó’), ‘Viva Deus’, ‘Lobanekum’, ‘Lobanekum Filha’, ‘Ogodó Dey’, ‘Ilê Axé Itayle’, ‘Humpame Ayono Huntóloji’ e ‘Dendezeiro Incossi Mukumbi’, em Cachoeira, além de ‘Raiz de Ayrá’ e ‘Ile Axé Ogunjá’ em São Félix.

FLICA

De acordo João Carlos, os terreiros já foram protegidos pelo Estado com o ‘registro especial’, uma ação do IPAC inédita no Brasil. “No ano passado (2015), o IPAC voltou a apoiar os terreiros com o lançamento de um livro sobre eles na Feira Literária de Cachoeira (FLICA), e agora em 2016 realizaremos reparos prediais nas suas instalações”, relata João Carlos. “Nenhum gestor público pensou nisso antes; além do registro, é fundamental resguardarmos a casa e terreiro do povo de santo”, afirma o coordenador de Turismo de Cachoeira, Leonardo Marques.

Os reparos foram prometidos na FLICA 2015 pelo secretário de Cultura (SecultBA), Jorge Portugal. “Com medidas de apoio de terreiros tombados, o Estado avança no reconhecimento do valor ancestral destes espaços e comunidades”, afirma a secretária da Sepromi, Vera Barbosa. Para ela, essas medidas integram conjunto de demandas legítimas de segmento que vem lutando e conquistando mais espaços nas políticas públicas.

PARCERIAA secretária Vera Barbosa ressalta a parceria SecultBA/IPAC e Sepromi. “Essa união é estratégica para a inclusão dos povos e comunidades tradicionais, cumprindo o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa”, finaliza Vera. O próximo passo do IPAC é criar um ‘plano de salvaguarda’ com metas, objetivos, regras e ações de proteção a curto, médio e longo prazos dos terreiros.

Mais informações na gerência de Patrimônio Imaterial (Geima) do IPAC, via telefone (71) 3116-6741 e endereçogeima.ipac@ipac.ba.gov.br. Fique informado ainda pelo site www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter ‘@ipac_ba’ e Instagram ‘@ipac.patrimonio’.