Percebeu como os celulares aumentaram de tamanho após evoluírem para smartphones? Mesmo com tantas funções e aplicativos, você acha que ainda não existe tecnologia para os smartphones atuais serem menores?
Se no início do processo de massificação da telefonia móvel tínhamos o famoso “tijolão”, agora temos sua versão moderna e achatada, que são os smartphones com mais de 14 cm de comprimento e que quase não cabem no bolso. Não sei você, mas no meu caso específico a tela grande deixa de ser um atrativo e passa a ser um trambolho.
Contudo, vamos com calma, sem desespero. Pelas idas e vindas do mundo, dá pra arriscar dizer que logo logo os smartphones ficarão compactos (além de mais caros, óbvio). Sei lá se não é mais um tipo de estratégia de mercado, como acontece com vários modelos de automóveis? Projetos prontos há anos, mas que são aplicados a conta-gotas em cada nova versão; um farol diferente agora, uma lanterna traseira mais incrementada no ano seguinte, um acessoriozinho inovador depois, etc.
Voltando aos smartphones, não me imagino pra lá e pra cá carregando um aparelho que não caiba no bolso da calça ou da camisa. Não dá certo comigo, na primeira parada é esquecimento e perda. Já foi assim com pastas, maletas, guarda-chuva, tudo quanto é buginganga de mão, e não seria diferente com um “tabletão de chocolate”.
Minha relação com esses aparelhos é complicada, pra mim o fator fundamental é o tamanho, tem que caber no bolso ou nada feito. Minha época de glória foi quando os celulares ficaram minúsculos (lembra do antigo Sony Ericsson?), ali eu deitava e rolava; confortavelmente guardado no bolso e nada de esquecer em lugar algum.
Penso, hoje, que a mim não adianta ter uma infinidade de recursos tecnológicos embutidos num “tabletão” se não utilizo nem vinte por cento dos recursos, muito menos consigo transportá-lo no bolso. Por conta disso, atualmente estou sempre um passo atrás quando o assunto é telefonia móvel; se encontro um smart que me satisfaz, está anos-luz ultrapassado, já que, além da condição primordial do tamanho reduzido, questiono também até que ponto vai minha necessidade das incontáveis ferramentas que são oferecidas e que não vou utilizar.
Mas assim é o ciclo do avanço tecnológico. Os “tabletões” de hoje serão peças de museu amanhã e darão lugar a “tabletinhos” muito mais cheios de recursos e funcionalidades, quem sabe até um dispositivo portátil dobrável que, ao simples toque, se desdobra e vira uma tela de 8 polegadas, por exemplo.
Haja bolso para comprar… e para guardar.

O tijolão de ontem

O tabletão de hoje
Nilson Pessoa