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DECOLORES FÉ E AÇÃO DO GRUPO SÃO SEBASTIÃO

Na década de 1980, eu e Lucinha Castro, Paulo Mota e Dida, fomos designados pela Direção do Movimento de Cursilho de Cristandade, orientar espiritualmente o Grupo São Sebastião, recentemente fundado tendo como componentes vários casais a exemplo de Luiz Lavinsky e Vera, Seara e Renilda, Dominguinhos e Maria D´ajuda, Walmir e Tereza, Marcos e Del, Wilma Seara, entre outros casais. Iniciamos nosso trabalho, orientando como manusear a Bíblia e posteriormente meditar a Palavra de Deus, seguido de orações e palestras proferidas por algum irmão visitante.

O Grupo de reflexão foi crescendo em numero e espiritualidade e resolvemos partir para AÇÃO. Por unanimidade escolhemos a Vila de Nazaré (próxima ao Seminário Diocesano) para dar inicio a nossa peregrinação. Fizemos inicialmente o estudo do local utilizando o método da época “Estudo do Ambiente” hoje denominado VER-JULGAR-AGIR, e logo constatamos uma situação horripilante: Soubemos que uma senhora vivia debaixo da ponte e que criava uma criança. Corajosamente partimos para aquele local e nos deparamos com uma nuvem de mosquitos de mangue que nos impediam chegar próximo ao local e evidentemente as pessoas que lá habitavam. Com muito esforço e boa vontade conseguimos falar com aquela senhora, que após longa entrevista com a mesma descobrimos que a senhora usava a criança para pratica de sexo que era explorada pelos mal feitores (bêbados e viciados em drogas), que pagavam uma determinada quantia. Imediatamente fomos ao Bispo Diocesano Dom Tepe, relatamos o fato e diante da situação ele cedeu uma área de terreno próximo ao Seminário para que providenciássemos a construção de uma casa para que aquela

senhora e a menina Crispina pudessem morar e se livrar daquela vida.

Conversamos com alguns irmãos Cursilhistas a exemplo de Wandeco e Zé Nazal, que dispunham de ferramentas de marceneiro e que também tinham conhecimento para execução do objetivo. Providenciamos os materiais necessários e durante doisos dias (sábado e domingo) erguemos a casa, mobilhamos com doações de inúmeros irmãos, arrecadamos roupas e agasalhos necessários e trouxemos aquela senhora e a menina Crispina para alí residir e semanalmente aos sábados levávamos uma cesta básica para elas. Logo descobrimos que Crispina apresentava estar doente e conseguimos um internamento no Hospital Regional, e após uma série de exames de laboratoriais e consultas médicas de vários especialidades, descobriram que a menor era portadora de inúmeras doenças venéreas entre outras, em estado critico. Após vários meses internada a pequena Crispina veio a falecer não resistindo aquele mal que fora acometida. Soubemos depois que a senhora veio também a falecer e que a casa fora invadida por outro morador daquela localidade.

Diante do exposto não desanimamos seguimos adiante como diz a canção: “ Segura na mão de Deus e não olhe para trás.., pois Ele não desamparara…”

Subimos o morro da Vila Nazaré e fomos descobrindo pouco a pouco as necessidades daquele povo sofrido e abandonado pelo poder público e pela sociedade. Conhecemos seu Crispim, que era paralitico e vivia sentado no banquinho e alí ele conseguia fabricar seus fogões de carvão e vendia a preço de banana para a aquela comunidade. Assistimos aquela família por muito tempo

doando semanalmente uma cesta básica, medicamentos, agasalhos e outras necessidades. Certo dia seu Crispim nos chamou e confidenciou que não era necessário fazer aquela doação, bastava somente ofertar o material necessário para ele fabricar seus fogões, pois sua família já estava mal acostumada e que eles nem sequer estavam mais indo pescar caranguejo no mangue. Aquela confidencia foi para nós uma grande lição que está nas Escrituras “ Não dê o peixe e sim ensine a pescar”. Seu Crispim foi para nós um grande exemplo de vida e honestidade.

Ainda seguindo nossa peregrinação realizamos outras ações naquela Vila Nazaré: Construímos várias casas de madeira, construímos uma escola tendo como professora Ana Tereza (nora de Sá Barretto, que aqui residindo se apaixonou pelo projeto), Conseguimos junto a Coelba colocar energia na Comunidade, Criamos um tipo de brechó, que nada era doado e sim vendido por um preço que o morador daquela comunidade pudesse pagar. Essa ideia foi também do Seu Crispim, pois ele não gostava que houvesse doações sem a participação financeira de cada morador.

Enfim foi assim uma experiência formidável, onde aprendemos muito com aqueles moradores, além do nosso crescimento espiritual. Lembro-me que um determinado Seminarista solicitou autorização de Dom Walfredo Tepe, para fazer seu voto de pobreza vivendo seu dia a dia naquela comunidade, embora ser uma opção radical foi concedida a autorização e o Seminarista veio a se ordenar posteriormente celebrando semanalmente a missa na escola que fora construía pelo nosso Grupo São Sebastião.

Poderíamos nos estender com outras experiências que obtivemos enquanto durou nossa peregrinação onde vivemos com muita fé e ação cheia da Graça do Espirito Santo. Amém! Aleluia!

Colaboração de Luiz Castro

Cursilhista e Bacharel em Administração de Empresa.

1 resposta para “DECOLORES FÉ E AÇÃO DO GRUPO SÃO SEBASTIÃO”

  • Domingos Maurício says:

    Ótimo relato,Luiz. Foi uma boa lembrança que me fêz recordar um grande momento em minha vida e certamente de todos que tiveram a oportunidade de fazer parte daquele grupo,que só nos fez crescer um pouco mais como cristãos. Parabéns mais uma vez e obrigado pelas
    lembrança. Um abraço.

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