Quanta falta de povo na vida e nos corações de muitos políticos em nosso País. Observamos visivelmente nas rotineiras avalanchas iguais à lama das barreiras destruidoras criadas pelos indecentes indivíduos em busca do dinheiro e da riqueza material, a presença dos oportunistas e precursores dessa imoralidade social aí instalada covardemente e que já estamos acostumados a viver em nosso País. Podemos dizer que atravessamos uma crise de caráter particularmente aguda e crônica. Este é um território livre para o eleitor usar a sua consciência. Ninguém vai ser perseguido por votar. O que sobra em quantidade desses candidatos falta em qualidade, é muito boa essa verificação nesses momentos de crises bem intencionadas por nossos supostos governantes. Mesmo assim quantos votam em indivíduos sem compromissos com a Nação Brasileira.

Tem candidatos até assumindo a identidade de cara de pau, sorrindo sem graça, desconhecendo os clamores das pessoas nas ruas querendo urgentes mudanças. Tem cenários políticos que somos obrigados a assistir vergonhosos acontecimentos, a exemplo, dos recentes episódios para escolha do presidente do senado. A invasão da fraude e meios ilícitos para afetar a pratica da boa compostura, foi um atentado que nos mostra a presença de políticos comprometidos com a desonestidade. Então como confiar nessa turma que se encontra infiltrada no Senado Nacional Brasileiro? É vergonhoso em nosso entendimento acerca da famigerada política brasileira, persistir no seu visível esconderijo do voto secreto. Que medo faz aos políticos as votações abertas que decidem os interesses ligados todos os brasileiros?

O Brasil está mudando e nota-se que para melhor. Porém, até quando estaremos assistindo esses inacreditáveis espetáculos, com gente que vive apenas uma vida de fachada e continuarão utilizando o seu clássico caráter de enganador, vivendo os falsos conchavos e ofertas de favores, presentinhos e outras formas imorais que serão usadas para adquirir o voto a qualquer preço. Na maioria das vezes provocando a persistência no poder para apenas seguir suas mazelas insuportáveis e cheias de imoralidades sociais. O perigo eminente e fatal tem como culpados os próprios eleitores que continham escolhendo as velhas raposas para seguirem na porta dos galinheiros e desistem da renovação política.

E assim os eleitores vão seguindo, sem perceberem que as lutas desses fantásticos águias de teatros espalhados dentro do seio da população, vivendo ao céu aberto, são apenas caricaturas de certos candidatos na busca de alcançar seus inusitados desejos de criar apenas sua própria riqueza. A Justiça Eleitoral deveria divulgar com maior intensidade, oferecendo diariamente nos meios de comunicações as recomendações para os eleitores praticarem o exercício da calma no uso da consciência social e política. Mostrar aos eleitores sua grande necessidade de entender que eleição é um assunto muito sério. O “voto” jamais será um produto social de troca em benefícios próprios.

Por isso que a educação é o maior instrumento que enobrece e criar na imaginação do eleitor a firme ideia da sua livre escolha, deixando patente que todos devem ser responsáveis. Tem que existir o reconhecimento que o voto é um ato de cidadania importante e precisa ser muito bem organizado dentro da consciência de cada cidadão. Entender que somente em colocar o voto na urna, escolher um candidato qualquer não resolve nossas dificuldades sociais. Evitar trazer para sua comunidade, de forma impensada, indivíduos insensatos, desconhecedores do ponto de vista real do respeito da ética, se é que deve existir dentro dos meios políticos.

Há quem diga que existem dois tipos de eleitores: os que ainda não sabem em quem vão votar, e aqueles que, definitivamente, não sabem o sentido real e mesmo assim vão votar, no caso de alguns menores de 16 anos e os analfabetos, – e, por isso, tem momentos que fazem as piores escolhas. Eleitores desinformados estão sujeitos a toda sorte de assédio de políticos nem sempre bem intencionados: ouvem promessas que não serão cumpridas e têm a sensação de que ganhou alguma coisa, traduzida por uma camiseta de campanha, um boné, um tapinha nas

costas, santinhos, acenos cheios de sorrisos, e quando, na verdade, são os que mais perdem depois que são conhecidos os resultados das urnas.

Em nosso País existem tantas agremiações partidárias, e o mais triste é que todos os partidos políticos possuem ramificações aos serviços de corrupções e enriquecimento ilícito. Começa pelo assedio para compra do voto. A caça ao voto é um vale-tudo sem tamanho. É salve-se quem puder! E o pior, tem gente qualificando uma pessoa que entra para a carreira política, chamando-a de desonesta ou corrupta! São resíduos da atribuição de uma força da expressão criada pela malfadada política sem ética, aliada ao desconhecimento dos bons costumes.

Tem eleitor que acredita em todas as promessas de campanha, mas tem gente que desconfia do voto eletrônico. O fato é que não existe uma regra para escolher o melhor candidato. Mas o eleitor tem o dever de analisar o currículo, as intenções e os antecedentes daquele “santinho” que tem em suas mãos. O candidato escolhido através do voto popular, sendo eleito, deverá representar todos os seus eleitores e trabalhar em prol da sua comunidade.

“A felicidade não deste mundo”, realmente nem a riqueza, seja qual for, nem o poder, nem mesmo a mocidade florescente são atributos essenciais da felicidade, e assim conhecemos, que nem mesmo a reunião dessas três condições tão invejáveis, pois constantemente se ouvem no meio das mais privilegiadas classes, pessoas de todas as idades se lamentarem amargamente da sua condição social. Um dia, quem sabe, e Deus vai nos ajudar, nossos filhos e netos herdarão a dádiva de viver num País justo, digno e honesto. PENSEM NISSO!!!

Eduardo Afonso – Ilhéus-Bahia