Mais um apagão. Se o dessa madrugada já foi de tirar o sono por causa do calorzinho da primavera, imagine só no verão.

Pelo menos o ministro interino das Minas e Energia não botou panos quentes e foi sincero ao afirmar que “isso não é normal” e que “a credibilidade do sistema está diminuída”, se referindo à frequência e à coincidência dos incidentes, pela terceira vez numa sexta-feira (essa coragem de admitir o problema é mais fácil quando se é interino…).

Diante da declaração do ministro, agora é que danou; interpretando as palavras do próprio, conclui-se que o sistema nacional de transmissão de energia vem apresentando falhas e imperfeições. Pra completar a lambança, o sistema de distribuição de energia em nosso estado é (ir)responsabilidade de uma empresa, no meu conceito, exemplo de má prestação de serviços, só perdendo para a coleta do lixo doméstico de Ilhéus. Não estou exagerando, a concessionária do serviço de distribuição de energia elétrica, juntamente com as de serviços de telefonia fixa e móvel, são campeãs de queixas nos órgãos de defesa do consumidor, eu que o diga.

Enfim, por sermos um país que detém um dos maiores potenciais hidrelétricos do mundo, energia não falta. O que falta é qualidade na transmissão e na distribuição dela. 

Nilson Pessoa