Haddad diz que problemas não justificam novo Enem
O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que os problemas ocorridos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não justificam a realização de todo o exame por todos os candidatos novamente. Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira em Brasília, o ministro disse estar convencido de que a juíza do Ceará, que decidiu pela anulação do exame, vai mudar de ideia. Falhas de impressão em uma parte das provas e erro no cartão de respostas prejudicaram candidatos em todo o Brasil e provocaram a suspensão do Enem, decidida pela Justiça Federal do Ceará, e o pedido de anulação das provas de sábado, pela Defensoria Pública.
O governo defende que não é necessário que todos os candidatos repitam os exames, mas apenas aqueles que receberam os cadernos amarelos com falha na impressão e não trocaram por cópias sem erro durante a realização das provas. Segundo Haddad, o exame é realizado de forma que possa ser aplicado em diferentes datas com versões que garantem o mesmo nível de dificuldade para os candidatos.
“Estamos absolutamente seguros que a prova do Enem é tecnicamente sustentável sobre todos os pontos de vista. A prova é tecnicamente precisa”, disse.
Para o ministro, o número de prejudicados registrado até o momento é pequeno em relação ao contingente total de pessoas que prestaram o exame. Pelo levantamento do Ministério da Educação só há confirmação, até agora, de uma escola em Sergipe que não conseguiu repor as provas com defeito. Há também casos isolados relatados, mas esses ainda não foram contabilizados pelo governo.
O portal para que os estudantes possam comunicar ao MEC problemas com a prova amarela ou solicitar a correção invertida do cartão resposta estará no ar até quarta-feira. Segundo o ministro, até agora, a data da reaplicação do exame não está confirmada. “Vamos observar o calendário universitário, para não fazer no mesmo dia de outros exames de grande porte”, destacou Haddad.
Suspensão do Enem
Haddad afirmou que o MEC não foi oficialmente informado sobre a decisão da juíza Carla de Almeida Miranda, da 7ª Vara Federal do Ceará, que suspendeu o Enem em todo o País. Segundo o ministro, o MEC irá explicar a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), utilizada no Enem e que permite aplicação de provas individualizadas, precisas e calibradas quanto ao nível de dificuldade. “As provas são rigorosamente comparáveis. Vamos levar essa questão à juíza. Tenho certeza que com os dados técnicos vamos convencê-la a rever sua decisão”, afirmou.
O ministro enfatizou que o MEC recorrerá da decisão, caso a juíza não se convença de que os estudantes não serão prejudicados com a aplicação de uma nova prova. “Já tivemos inúmeras liminares contra o Enem. Quando esclarecemos à Justiça, o que tem acontecido é a revisão dessas liminares. É uma questão de levar às autoridades competentes as informações corretas”, garantiu Haddad.
A divulgação do gabarito das provas do Enem está mantida para esta terça-feira, dia 09. “Não estaríamos desrespeitando a juíza. Suspender (o Enem) significa a não utilização dos resultados que seriam divulgados somente em janeiro”, ponderou.

























































Sei que não vai passar meu post, mas, o ENEM tinha que ser feito depois das eleições com também o anuncio do retorno da CPMF.