Consumidor Ilheense
Há um ditado que diz: “O mal dos espertos é pensar que todo mundo é besta”.
Como li em um Post deste conceituado site, sobre cobranças de taxas nas barracas de praia, tomei fôlego para escrever a respeito.
Além de cobrar o cover e fazer juz ao ditado acima, a esperteza do empresário Ilheense vai além, no valor do cover ainda incide os 10%, muitas vezes por um som mecânico e por péssimos serviços prestados, ou seja, se o cover é R$ 5 por pessoa, existe 4 pessoas, gera R$ 20,00 + 10 %, você paga R$ 22,00 + o que consumiu também com os 10%.
Por falar em taxa de 10%, acho um absurdo esta taxa. Hoje você deixa todo seu dinheiro reserva na poupança render 0,5% ao mês; passa meia hora pechinchando um desconto e pagando à vista em dinheiro e o comerciante lhe dá 5%; você passa um ano inteiro esperando um aumento e no dissídio coletivo ganha 6% de aumento anual… e para um atendimento qualquer, se cobra 10%, uma taxa ao meu ver absurdamente alta, para os índices econômicos atuais. Isso não quer dizer que o garçom não mereça ganhar bem, que não ganhe bônus por produtividade, mais isso é algo que o empresário deve oferecer e não o cliente.
Há alguns restaurantes em Ilhéus que o garçom já me falou que na conta vem cobrando 10% porém os mesmos não são repassados para os funcionários, fica com o dono. Alerto para quem quiser pagar, sempre perguntar antes se os 10% irá realmente para o garçom ou não. Não acreditam que isso ocorre ?! Segue um exemplo: uma Pizzaria famosa do nosso município; acreditem vc já foi nela, o garçom inúmeras vezes me dizia para não pagar os 10% que o dinheiro não ia para ele, mais hoje este problema já foi resolvido, houve uma evolução e que evolução heim… acho que mais pela reivindicação dos funcionários do que pelos clientes que pagaram por muito tempo 10% à mais em suas contas diretamente para o dono.
Por lei somos obrigados a pagar somente o que consumirmos, de acordo com os preços apresentados no cardápio. O estabelecimento oferecer uma musica ao vivo ou cadeiras mais confortáveis, entre outras coisas…, tornasse apenas um diferencial para a concorrência.
O que falta não só em Ilhéus mais no Brasil são: fiscalização e clientes exigentes. As pessoas vendem ingressos de shows e não respeitam o número máximo de pessoas, há vários casos de tumulto na portaria, gente machucada, etc… foi no show de Chiclete a um tempo atrás no parque de exposição em Itabuna, caiu maderite, feriu pessoas, foi no Trivela em Ilhéus ano retrasado pessoas pisoteadas, outra vez foi na Concha Acústica e este ano no Show de Ivete, pessoas acima do máximo permitido, mais de 2 horas para se conseguir comprar uma água. Sem falar nos horários de inicio dos shows… tais estabelecimentos não possuem nenhum respeito ao consumidor, não existem responsáveis, nem multas, simplesmente nada ! Quem não se lembra do Reveillion da macarronada em um Hotel famoso da região ?!
Mas o consumidor brasileiro tem memória curta… As providencias só vêem tardiamente, exemplo disto: quando ocorreu o acidente automobilístico fatal na Av. Lomanto Júnior ano passado, só então resolveram colocar radares… vamos esperar acontecer um acidente com morte nestes respectivos shows, causado por super lotação, por falta de saída de emergência, por numero insuficientes de segurança, de organização, etc… e se morrer alguém “importante”, as autoridades procuraram tomar alguma providencia.
Então é isso pessoal, pagamos caro, somos mal atendidos, pagamos taxas abusivas, pagamos para esperarmos 1, 2, 3 horas para os shows começarem, pagamos cachês absurdos para artistas tocarem 1,5 horas sem nenhum compromisso ou respeito pelo seu público, empresários que fazem shows sem se preocupar com a segurança, sem oferecer o mínimo de infra-estrutura, de número suficiente de banheiros, de quiosques para servir bebidas, etc… e nos continuamos comprando ingressos a preços abusivos, parcelando em 10x no cartão de crédito e indo para eventos e shows deste nível, com o sorriso na orelha, típico de País subdesenvolvido !
Espero que um dia isso possa mudar, nós clientes/consumidores devemos escolher melhor onde gastarmos nosso dinheiro suado, só assim os melhores sobreviverão e os exploradores e que se acham “espertos” fecharão as portas. Até hoje o empresário de Ilhéus não aprendeu, que não se vive de verão, que o cliente seja ele turista ou nativo não é idiota, pude perceber nos cardápios de varias barracas na praia do sul que havia remarcação as pressas de caneta em alguns preços/itens nos cardápios. O cliente pode ate consumir, por falta de opção ou pelo excesso de procura, mas consumirá insatisfeito, consumirá menos, fará propaganda negativa, não retornará…
Empresário ”esperto” é o que quer vender sempre, não apenas uma vez, é o que quer vender muito e não pouco e caro, é o que espera que o cliente saia satisfeito diga que comeu bem a um preço justo e faça propaganda de seu estabelecimento.
O consumidor Ilheense tem que ser mais exigente, reivindicar pelo que pagou dentro do que está sendo ofertado. Se não fizermos isso, continuaremos pagando caro e tendo produtos e serviços de terceira categoria.
Mais como diz outro ditado: Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.