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Alfredo Amorim em: “10TAQUES”

Manoel Misael da Silva Tavares

Coronel Misael Tavares

Manoel Misael da Silva Tavares, nascido no Cururupe, vila de Olivença, na Bahia, em 16 de dezembro de 1866, filho de Manoel da Silva Tavares e Saloméia Fernandes da Silva, irmã do Cel. José Gaudêncio da Silva, casou-se com Eufrozina Berbert Tavares em 20 de fevereiro de 1897 com quem teve os seguintes filhos: Manoel Berbert Tavares; Armando Berbert Tavares; Amélia Tavares Amado, casada com Gileno Amado; Indalício Berbert Tavares; Ivone Tavares Dórea, casada com Francisco Dórea; Gumercindo Berbert Tavares; José Berbert Tavares; Oscar Berbert Tavares; Diva Tavares Mendonça, casada com Herder Mendonça; e Misael Berbert Tavares. (Arthur, Anatolino, Evaristo, Hilda, estes faleceram ainda jovens)

Teve também um relacionamento extra conjugal com a Sra. Odília Maria de Oliveira com quem teve os seguintes filhos: Waldemar Oliveira Tavares; Zuleika Tavares Barreto, casada com Américo Alves Barreto; Ismael Oliveira Tavares; Hermes Oliveira Tavares; Anita Oliveira Tavares e Odília Tavares Pinto, casada com Almir Barreto Pinto.

De origem modesta, era tropeiro, com pouca instrução, mas dotado de grandes qualidades, senso de oportunidade e segurança nas decisões. Em 1894, com o auxílio do antigo patrão e amigo, Coronel Ramiro Idelfonso de Araujo Castro, que lhe deu crédito para abrir uma pequena venda e comercio de compra de cacau em Vila Cachoeira; data em que também comprou a sua primeira fazenda de cacau; foi que deu início a sua vida de sucesso como empresário, político e cacauicultor. Banqueiro, proprietário do Banco Misael Tavares, fundado em 1932; industrial, pioneiro na industrialização e cultura do cacau, sócio de Hugo Kaufmann na firma Kaufmann & Tavares, Usina Vitória; um dos donos da Companhia Industrial de Ilhéus, que aparelhou o porto de Ilhéus para a exportação direta, sócio da Companhia Viação Sul Bahiana, (Sulba); sócio do “Jornal de Ilhéus”, e do jornal “O Comercio”; membro da Associação de Agricultores de Ilhéus, um dos fundadores e também Presidente (1934/38) da Associação Comercial de Ilhéus, membro e fundador da Loja Maçônica Regeneração Sul Baiano; Dono da empresa de abastecimento de água da cidade. Foi o maior produtor de cacau do Brasil cognominado como o “Rei do Cacau”.

O Cel. Misael foi um dos maiores contribuintes para o progresso de Ilhéus, sendo de sua iniciativa as maiores construções da cidade: Ilhéus Hotel construído pela construtora alemã, Emílio Odebrecht & Cia. com direção técnica de Eduardo Argos em 1929; o palácio de sua residência, hoje Palácio Misael Tavares onde funciona a Loja Maçônica Regeneração Sul Baiano, dentre outros.

Em 17 de abril de 1905, por decreto, foi nomeado Coronel Comandante da 40ª Brigada de Cavalaria da Guarda Nacional da Comarca de Ilhéus.

Começou na vida pública como delegado de polícia no distrito de sua residência. Exerceu vários cargos públicos no Município de Ilhéus: Presidente do Conselho Municipal, 1912/16; Intendente do Município de 1916/20, este por nomeação do governo do estado.

Pertencia a várias instituições: Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, Associação Comercial de Ilhéus, da qual foi fundador e Presidente da Assembléia Geral.

Em 19 de dezembro de 1946, em sua homenagem, através do Sr. Gileno Amado, seu genro, a Companhia Nacional de Aviação doou ao Aeroclube de Ilhéus um avião ao qual deu o nome de “Misael Tavares” em solenidade presidida pelo Ministro Salgado Filho, no Rio de Janeiro, sendo paraninfo o advogado Ernesto Sá, estando presente também à cerimônia o Sr. Assis Chateaubriand.

Fazia parte do grupo político do Coronel Antônio Pessoa da Costa e Silva, de quem era amigo pessoal, mas em 1922 por motivos políticos e pessoais desligou-se do grupo aliando-se ao grupo político opositor, Arthur Lavigne de Lemos e Ruy Penalva de Faria, o que deu uma confusão muito grande precisando da intervenção do então Bispo Diocesano, D. Manoel de Paiva, dos Drs. Joaquim José Ramos e Júlio José de Brito, Juizes de Direito da Comarca de Ilhéus, para acabar com a peleja feita através dos jornais “Correio de Ilhéus”, do grupo político do Cel. Pessoa e o “O Comercio” pertencente à Misael Tavares. Depois fizeram as pazes.

Faleceu no Rio de Janeiro, no Hotel Avenida, de colapso cardíaco, em 8 de fevereiro de 1938 às 22 horas com 70 anos de vida. Seu corpo ficou em Câmara ardente na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
A notícia de seu falecimento foi transmitida pelas rádios do Rio de Janeiro para todo o país.

Seu corpo foi trasladado para Ilhéus em avião especial da “Condor” acompanhado pelos filhos José e Oscar, pelo genro Gileno Amado, Ramiro Berbert de Castro e mais amigos. Chegaram ao aeroporto de Sapetinga, em 12 de fevereiro de 1938, sábado, às 14:00 horas. O transbordo para Ilhéus foi feito em lancha até o cais da Cia. Industrial, no Porto de Ilhéus, o cortejo fúnebre foi acompanhado por grande multidão até o seu palacete residencial à Rua Conselheiro Saraiva, hoje Rua Antônio Lavigne de Lemos. A Prefeitura encerrou o expediente em sinal de pesar, o comercio fechou as portas também em sinal de pesar. As instituições de classe a que pertencia hastearam a bandeira em sinal de luto.

Na manhã de 13 de fevereiro de 1938, após a missa de corpo presente celebrada por Dom Eduardo Herberhold, Bispo de Ilhéus, com a presença de representantes de todas as entidades de classe da cidade e a sociedade em geral, deu-se inicio ao cortejo fúnebre, sendo o ataúde trasladado em coche funerário, acompanhado por pessoas de todas as classes sociais até o cemitério da Conquista, hoje Cemitério da Vitória. Antes de baixar o ataúde, falou o Sr. Ramiro Berbert de Castro, em nome dos amigos e em nome da família Oscar Berbert Tavares.

Após o enterramento, o avião que o havia trasladado a Ilhéus, fez evoluções sobre o cemitério, lançando rosas sobre o seu túmulo.

O seu túmulo, no Cemitério da Vitória, foi projetado pelo escultor italiano Pascoal de Chirico.

2 respostas para “Alfredo Amorim em: “10TAQUES””

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