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Alfredo Amorim em “10TAQUES”.

Dr. João Baptista Soares Lopes

Nascido em Matatú Grande, Salvador, Bahia, em vinte e três de junho de 1873, filho de Caetano Alberto Soares e de Guilhermina Maria do Sacramento Lopes.

Doutorou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia em trinta de dezembro de 1898, defendendo a tese “Diagnóstico diferencial entre moléstias que apresentam o tremor entre os seus sintomas”.

Em março de 1899 veio para o antigo arraial de Tabocas, hoje a cidade de Itabuna, a conselho do amigo e farmacêutico Felix Valois de Santana, irmão do Dr. Nilo de Santana.

Muitos anos depois veio para Ilhéus, dedicando-se à clinica médica até que faleceu. No cenário político local o Dr. Soares Lopes ocupou posições de destaque, inclusive a de vice-presidente do Conselho Municipal na gestão do Prefeito Eusínio Gaston Lavigne, chegando a ocupar o posto de Prefeito Interino. Em 1948 foi nomeado Prefeito de Ilhéus, cargo que não chegou a ocupar. Maçom, fundador de sociedades esportivas, sócio honorário do Rotary Clube de Ilhéus, orador oficial da Sociedade União Protetora, fundador e primeiro presidente da S. M. C. I. (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Ilhéus), Diretor do Serviço de Higiene Municipal, médico oficial dos servidores da estrada de Ferro de Ilhéus, cargo este escolhido pelos próprios funcionários da Estrada de Ferro pela sua dedicação de vários anos.

Em sua homenagem a sociedade ilheense fez uma campanha em prol da compra de uma casa na Avenida João Pessoa, hoje Avenida Soares Lopes, pois o “Bom Médico” não tinha onde morar, vivia em casa de aluguel. Também, após sua morte, foi-lhe erguido um mausoléu no Cemitério da Vitória em reconhecimento pelos seus feitos humanitários, e dado o seu nome a então Avenida João Pessoa que passou a chamar-se Avenida Soares Lopes.

O Dr. Soares Lopes era casado com a Sra. Laura Ferreira Lopes com quem teve os seguintes filhos: Aloísio Soares Lopes, coletor estadual em Castelo Novo; Maria da Conceição Soares Lopes, “Ceiça”, professora e promoter; 1º Tenente Filogênio Soares Lopes, farmacêutico do Regimento Ipiranga em Caçapava; Dr. Antônio Soares Lopes, médico clínico em Ilhéus; Aníbal Soares Lopes, comerciário no Rio de Janeiro e Jorge Soares Lopes, funcionário da Prefeitura de Ilhéus.

O “Bom Médico”, como era conhecido, faleceu em 23 de Junho de 1948.

Nota publicada no “Diário da Tarde” de 27 de março de 1948

Tornou-se um verdadeiro patrimônio da classe médica e do povo de Ilhéus.
As homenagens prestadas, pôr ocasião dos funerais do Dr. Soares Lopes.
Traços biográficos do “Bom médico”

Uma das grandes figuras da cidade, talvez a maior de todas na gratidão do povo, principalmente da gente humilde, desapareceu do meio dos vivos na manhã de 4ª feira última.

A notícia da morte do Dr. João Baptista Soares Lopes causou a maior consternação, não só porque ele era um homem de grande coração, generoso, como um médico humanitário que fez da medicina um magnífico apostolado.

O Dr. Lopes, o “Bom médico” como era conhecido, nunca teve, ições para sua clínica; quer de dia ou de noite, em tempo bom ou mau, jamais alguém bateu inutilmente à sua porta, atendia fosse a quem fosse, rico ou pobre nunca esperando recompensas bastando-lhe apenas dar lenitivo a um sofrimento ou salvar alguém das garras da morte.

E, muitas vezes, quando ele percebia a pobreza do cliente humilde, tinha a modesta bolsa sempre aberta para ser aviada a receita.

Com Soares Lopes não se foi somente um homem de ciência, mas um homem de sociedade; cercado de prestígio invulgar pôr suas raras qualidades de nobreza de coração também vem encher de saudade as almas simples, todos aqueles que tiveram a felicidade de privar de sua intimidade.

Figura de projeção na maçonaria, fundador de sociedades esportivas, associado ao Rotary Clube de Ilhéus, orador perpétuo da União Protetora e sobretudo médico da pobreza, Soares Lopes desfrutava de larga estima e da mais alta consideração e, talvez sejam pouquíssimos os que não lhe deviam um favor, seja como homem ou como médico.

A cidade inteira sentiu a sua morte, foi um dia de luto para Ilhéus.

O ENTERRAMENTO

Constituiu um acontecimento invulgar a trasladação dos despojos do Dr. Soares Lopes de sua residência à Avenida João Pessoa para a necrópole da Vitória.

Enorme multidão estacionava em frente a sua casa aguardando o saimento fúnebre, o que ocorreu precisamente às 17:00 horas.

Milhares de pessoas de todas as classes sociais acompanharam o ataúde até o cemitério numa homenagem póstuma, aquele que em vida, fora o médico dedicado e caridoso.

Em todo o trajeto até o cemitério o cortejo fúnebre foi seguido pôr numerosas famílias, classe médica e povo notando-se estacionada nos principais pontos da Praça Antônio Pessôa e no alto da Vitória grande multidão para dar seu último adeus ao “Bom Médico”.

Às 17:00 hs. o cortejo chegava à necrópole, dirigindo-se para junto da sepultura, que daí a momentos receberia os restos mortais do Dr. Soares Lopes.

Depositado o ataúde na banqueta e cercado pelo povo, usaram da palavra antes do corpo baixar à terra os Srs.: Dr. Mário Pessôa, pela classe médica; Dr. Fraga Leite, pela Sociedade Médica dos Hospitais; Pedro Ribeiro Filho, pelos ferroviários; Dr. Nelson de Assis, pelo PSD e Liga Ilheense; Prof. Hélio Melo, pela Cruzada do Bem e Dr. Eduardo Eurico de Siqueira, pela Loja Maçônica Regeneração Sul Baiana.

Grande foi o número de capelas, coroas e bandejas de flores que ficaram depositadas sobre o túmulo.

Pôr motivo do falecimento do Dr. João Baptista Soares Lopes, na tarde de quarta feira última o comercio encerrou suas atividades, associando-se assim as homenagens que foram prestadas à memória do bondoso médico desaparecido e o Bancário Atlético Clube transferiu a sua festa que seria realizada hoje no Clube Social para o dia 17 de abril próximo.

1 resposta para “Alfredo Amorim em “10TAQUES”.”

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