:: jun/2011
Vê se pode…
No Centro Médico a média de atendimento é de 300 pessoas/dia.O transformador que alimenta aquele centro queimou. Na emergência da situação alugaram um gerador para, provisoriamente, suprir a necessidade. Um transformador novo já foi adquido, mas para os serviços não pararem o aluguel se fez necessário.
No final da tarde de ontem, quando da instalação do gerador, a fiscalização da prefeitura apareceu dizendo que NÃO é permitido a instalação (mesmo emergencial). Disseram de leis etc. A multa foi extraída no dia de hoje.
Com a carência e precariedade da saúde em Ilhéus nos parece ser uma atitude equivocada. Mostrar autoridade diante de médicos foi um movento raro na carreira dos fiscais. Envaidecidos lavraram o auto e saíram sem antes dar uma olhadinha para avaliar a reação da platéia.
Ali, além dos atendimentos clínicos funciona, a depender das circunstância, procedimentos emergenciais. Aliás, é bom que se diga, que muitas vidas já foram salvas por conta do atendimento imediato. O local é central e por isso a facilidade do atendimento. Já fui atendito nessas circunstâncias (emergência) no Centro Médico. Agora imagine: quase vinte médicos, equipamentos parados e nada sendo feito porque não é permitido colocar um gerador enquanto o transformador, já comprado, não chega…
Ninguém merece…
Entendo que as leis devem ser cumpridas mas, cá pra nós, o bom senso, principalmente nesses casos, deve prevalecer…
Rabat.
VAI UM FILET AU POIVRE, CASSOULET OU FOIE GRAS?
Certamente quem já sentou num restaurante francês upscale (de luxo) para saborear iguarias desta cozinha, se deparou com um cardápio recheado de nomenclaturas incomuns ao nosso dia a dia, não foi? Xiii…Bateu aquela insegurança mesclada a fome e curiosidade na busca pelo “prato gastronômico perfeito”, não foi? Então, quando a dúvida pairar no ar… não tem para onde correr! Solicite a ajuda preciosa do maître ou garçom especializado, sem hesitar, para que sua noite seja uma noite de sonhos e não de uma tragicomédia! Quantas estórias já ouvi de pessoas visitando Paris que pediram o famoso “Magret de Pato” que os fez rir e ao mesmo tempo traumatizar para o resto da viagem? Acreditem que eu também já passei por poucas e boas em minhas aventuras ao redor do planeta!
Bem, já que não estamos agora num bom restaurante francês, que tal a ajuda simpática de uma gastrônoma aqui mesmo pelo R2CPress?
Vamos citar, nesta primeira parte da matéria, alguns destes pratos ou ingredientes:
Bearnaise (pronuncia-se bearnesse): é um molho à base de ovo, echalote (uma cebola francesa que não existe no Brasil) e manteiga. A dificuldade para derreter a manteiga sem que ela queime enquanto se mistura com a gema de ovo é um dos motivos que fazem desse molho uma das provas de fogo para saber se um cozinheiro domina mesmo as técnicas de cozinha.
Filet au Poivre (filé ô poavre): é um filé criado pelo lendário chef Juliveau, no café de Paris, no século 19. É um filé com molho de pimenta verde e do reino preta e pode ser apresentado em duas versões: uma com creme de leite e outra sem o creme. Ele é consumido com batata sauté.
Cassoulet (cassulê): essa é conhecida dos brasileiros. Em uma espécie de caldo feito com feijão branco, é adicionado carne de porco ou pato que, na França, é tão comum quanto o frango. Por isso, a cassoulet é conhecida como a feijoada francesa. É bastante consumida no sul da França.
Boeuf Bourguignon (bif borguinhôn): parecido com um picadinho brasileiro, esse prato é comum na região central da França, em especial na Borgonha. Depois da carne ficar marinando e ser cozida em um molho de vinho tinto com cebola, ela é incorporada à cenoura e ao cogumelo Paris. Geralmente é feito com carnes mais duras, como coxão mole ou músculo.
Foie Gras (fôi grá): um dos ingredientes mais típicos da França é nada mais que fígado de pato mulard ou ganso. Os animais passam por um sofrível processo de engorda para que seus fígados inchem e fiquem bons para consumo. Mas é importante não confudir o foie gras com patê: existe patê de foie, mas o foie gras não é patê.
Coluna Carlos Brickmann / “A revolução dos bichos”
O senador José Sarney tem toda a razão quando explica que o impeachment do presidente Fernando Collor, acusado de corrupção, foi apenas um incidente na História do Brasil. No momento, aquilo até parecia importante: Congresso mobilizado, gente nas ruas com a cara pintada em sinal de protesto, investigações.
Para que? Para nada. PC Farias, símbolo do Governo Collor, foi preso e condenado como intermediário da corrupção – o único caso no mundo em que houve intermediário, mas não surgiu quem lhe pagasse nem quem dele recebesse.
E os astros do caso que movimentou a República? Sarney, que Collor chamou de ladrão; Renan Calheiros, que foi aliado, adversário e aliado de Collor; Lula, que só não chamou Collor de santo. Hoje eles estão juntos, todos flecha, todos arco, unidos no mesmo barco, só não aceitam perder. Lula também chamou Sarney de ladrão, Renan foi inimigo e é aliado de Sarney, eles, mais Collor, aliaram-se a adversários históricos como Paulo Maluf, Jader Barbalho, Nelson Jobim, e formaram um só grupo. Por que lembrar episódios tristes como o impeachment, em que um foi punido por fazer, sem habilidade, o que outros fizeram melhor?
No clássico A Revolução dos Bichos, George Orwell fala de uma fazenda em que os animais se uniram e expulsaram os homens. Os porcos assumiram o comando e viraram ditadores. Depois, aliaram-se aos homens e procuraram imitá-los. O livro termina com os animais assistindo pela janela à confraternização entre porcos e homens.
E lhes era difícil distinguir quem era gente, quem era porco.
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