Uma equipe integrada por professores e alunos da Faculdade de Ilhéus embarca nesta quarta-feira, 18, com destino a Brasília, como primeira escala para o Projeto Rondon 2012, coordenado pelo Ministério da Defesa. A instituição é a única da Bahia selecionada para esta operação do projeto extensionista, que reúne universitários para diversas atividades e experiências no interior do País. Da capital federal a comitiva segue para São Luís, no Maranhão, onde haverá abertura da Operação Babaçu, com a participação de todas as equipes que representam instituições de ensino superior. No dia 21, os ilheenses embarcam para Imperatriz e de lá seguem para Amarante do Maranhão, município de aproximadamente 40 mil habitantes, onde serão desenvolvidos os projetos comunitários.

As ações da equipe da Faculdade de Ilhéus serão direcionadas, principalmente, para a elaboração de projetos em diversas áreas, como captação de recursos, educação e gestão ambiental, além da reativação/fortalecimento das mais de 100 associações existentes, em sua grande maioria, inativas. O trabalho com os produtores rurais incentivará a agricultura familiar, principalmente orgânica, bem como a comercialização dos seus produtos e o uso pesticidas orgânicos, considerando que o município possui altos índices de doenças provocadas pelo uso de agrotóxicos, pelos produtores rurais, nas lavouras.
A equipe é coordenada pela professora Cristiane Nunes dos Santos, do curso de Administração, que participa do projeto pela sexta vez. A professora Silvana Vieira Lins, de Direito, atua como vice-coordenadora. Os alunos que integram a equipe são CamilaSandes Farias Simões e Dábiny Simões de Ângelo, de Administração, Carlos Henrique Souza Gundim e Gabriel dos Santos Machado, do curso de Direito, Catharina Cordeiro Fernandes e Fábio Andrade dos Santos, de Nutrição, Lorena Feitosa Zugaib, de Enfermagem e Tassiane Cardoso Almeida, de Ciências Contábeis.A Operação Babaçu será realizada nos estados do Maranhão e do Tocantins, entre 21 de janeiro e 6 de fevereiro de 2012.
Os estudantes participaram de treinamento na Faculdade de Ilhéus antes de embarcarem com destino a Amarante do Maranhão, onde as atividades serão feitas em parceria com uma equipe da Universidade de Marília (Unimar). As principais fontes de renda do município são o comércio e a pecuária. Com o crescimento da pecuária, a agricultura familiar foi sendo esquecida e hoje enfrenta problemas de abastecimento e desnutrição. Amarante possui 59 aldeias indígenas das etnias Guajajaras e Gavião, além de 33 assentamentos. Nas aldeias indígenas, o problema de desnutrição é crescente, pois a proximidade com a cidade faz com que os indígenas busquem uma quantidade maior de alimentos industrializados.