Essa história do rufião dos sete mares que faz e acontece é sabidamente conhecida de todos, mas na hora do pega pra capá, só viradas e sequer uma tentativa, situação própria de quem não tem condição de fazer nadica de anda.
Já que se tocou na palavra tentativa, mais um, sim mais um cidadão é chamado para ocupar o cargo de secretário de saúde do Município de Ilhéus.
Parece um jogo de damas, sai uma peça, entra outra e o jogo fica trancado e ninguém ganha a partida.
Neste final de mandato, mais uma tentativa da prefeitura com relação ao nosso combalido sistema de saúde.
Se em quase oito anos nada foi feito para acudir a doente secretaria de saúde, deve-se acreditar que em apenas oito meses e no meio de uma campanha eleitoral vai sair alguma novidade dessa nova nomeação?
Só os doentes devem acreditar, assim mesmo os de casos mais graves.
Os comerciantes quando querem fazer promoção de seus produtos coloca tudo na vitrine e faz a marcação do valor do desconto, o cidadão passa, olha e decide ou não em comprar.
Que diabos finalmente existem na secretaria de saúde que ninguém consegue ver e nem entender? Porque os diabos que lá existem não podem ser devolvidos para o lugar de origem, ou seja, o inferno? Porque o povo tem que passar por esse vexame eterno? Porque os postos de saúde estão aí abandonados e sem condições de funcionamento? Porque os recursos da saúde somem com tanta rapidez? Porque a saúde deve tanto na praça? A saúde realmente precisa que esses diabos fiquem atazanando o juízo de todos? A saúde é um bem constitucional do POVO, porque deve ser tratada como um bem de um partido, de um grupo político?
O tempo vai passando, o buraco vai aumentando, os homens de bem quando lá chegam ficam assombrados com a bagunça e naturalmente sai sem poder fazer nada e o povo, este sofrido povo que anda doente, que se exploda, como afirmava o deputado Justo Veríssimo.

A sociedade pontalense, tendo à frente os sócios remidos do antigo Clube Social do Pontal, ofereceu à prefeitura, em doação, o terreno e as instalações do clube para que ali fosse edificado um grande posto de saúde, aliado a algum projeto na área de educação.
Este presente foi dado à nossa prefeitura há quase quatro anos e até agora ninguém sequer deu uma resposta, afinal, pagar aluguel de casas residenciais é mais negócio, é mais lucrativo. Aí vem o tal deputado Justo e volta a afirmar: o povo que se exploda, um exemplo visível a situação agonizante do HOSPITAL SÃO JOSÉ.
Estou cansado dos discursos de posse de cada novo secretário de saúde, foram tantos e não deram em nada, que mais um ou menos um, já não importa.
Imagine o que vai acontecer na cambaleante secretaria quando o estopim da campanha eleitoral estiver aceso, haja recursos para resolver as doenças que afetam o eleitor, este burro de carga que sempre comparece às urnas pensando erradamente que está votando na pessoa certa para lhe acudir na hora do AVC, da dengue, do furico com a próstata estourada, do câncer de mama, do nascimento do filho prematuro, dos postos de saúde com falta de equipamentos e materiais essenciais.
Os políticos acreditam que a saúde e os males do corpo podem esperar pelos conchavos e esquemas dos partidos, total engano, a saúde não pode esperar, quer ações, competência e transparência na gestão dos recursos públicos.
Já pensei em desistir de me preocupar com as atitudes ilícitas dos nossos políticos, mas vêm aí novas eleições e claro o cidadão consciente deve comparecer para votar, é mais uma oportunidade de esperança, de novos dias, de novos olhares, não de tentativas e viradas na cama, mas que apareça alguma alma, que não seja penada, com projetos para a saúde, com atitudes de político sério e comprometido com o bem maior que todos nós temos a SAÚDE.

ZÉCARLOS JUNIOR