O VOTO NULO TAMBÉM É UM EXERCÍCIO DE CIDADANIA
Desde sempre existem algumas filosofias eleitorais das quais discordo e abomino. Exemplos: “voto nele porque rouba mas faz” ou ” “voto naquele outro, que não faz nada, mas pelo menos não rouba” ou ainda “vou votar em fulano, porque é o menos pior”.
Quantas e quantas vezes me deparei com essas situações… e sempre me questionei sobre o por quê de votar em candidato inidôneo ou incompetente ou “menos ruim”. Tudo bem, o menos ruim pode não ser o pior de todos, mas continua sendo ruim. É ai que entra em cena o voto nulo, quando o cidadão não tem expectativa positiva nos candidatos e acha que nenhum deles é merecedor do seu voto de confiança.
Anular o voto é sinal da consciência do eleitor de que o nível dos candidatos não está bom e precisa melhorar, seja sob o aspecto moral, curricular ou até na improvável capacidade técnica dos concorrentes àquele pleito para exercer um bom mandato, caso eleitos. Em outras palavras, a dita falta de opção. Portanto, o eleitor tem, sim, o direito de só escolher o melhor candidato (quando existe) e recusar candidato meia-boca.
Infelizmente essa seleção natural não vai ocorrer enquanto o voto continuar sendo traficado entre diversos candidatos e inúmeros eleitores, como objeto de compra e venda num mercado imoral, sujo e criminoso.
Nilson Pessoa