PRAÇA CASTRO ALVES
Antônio Frederico de CASTRO ALVES, jovem poeta baiano 1847-1871, nascido a 14 de março, entre os livros publicados destaca-se o NAVIO NEGREIRO, onde denunciava os maus tratos a que os negros eram submetidos.
A Praça Castro Alves fica na Avenida Soares, em frente ao histórico Colégio Municipal General Osório, hoje totalmente abandonado, sendo destruído lentamente e onde funcionava a nossa biblioteca pública.
A praça também é conhecida como Praça da Irene ou Praça de Irene.
Nos velhos e bons tempos que não voltam jamais, nossa querida amiga Irene, montava seu tabuleiro ao lado do portão principal do colégio, se aproveitando da sombra patrocinada pela grande amendoeira.
Lembro-me que na época das marés altas, a água jorrava até junto ao passeio onde ficava o tabuleiro, com seus quitutes acarajé, abará, cocada amoda e o tradicional bolinho de estudante.
Irene não usava os paramentos de baiana, se trajava normalmente.
Vai algum tempo dessa história.
O que é a nossa praça hoje?
Freqüentada por famílias, crianças, pela turma do Senadinho, pelos herdeiros de Irene e outros amigos que ali montaram seus negócios e que fazem daquele espaço um local aprazível para curtir um bate-papo e, claro, as suas deliciosas guloseimas.
Até aí tudo muito bem, tudo muito bom, tudo na mais perfeita ordem.
Só que por trás dessa calmaria aparecem de vez em quando os vendilhões do templo e transformam a pacata praça numa bagunça, numa esculhambação, numa violência, numa praça de guerra, com direito aos mijões da vida e aos indecentes carros de som, nova epidemia nacional sem nenhum controle, atentando inclusive contra a vida de pessoas que se arriscam a ir a algum evento que venha a ser realizado.
Sinceramente não sabemos a quem apelar para que a ordem pública volte a prevalecer naquela praça.
Realmente a Praça Castro Alves não é mais do povo, não tem o respeito de outrora, está causando medo e pavor aos seus frequentadores e poderá um dia perder a sua referência, como já aconteceu com outros espaços públicos por esse Brasil afora.
Triste realidade! Quem poderá modificar a situação?
De minha parte vou continuar freqüentando o tabuleiro de Irene, só que em dias menos tumultuados e no meio de pessoas racionais e educadas.
Meu grande poeta CASTRO ALVES, ser jovem hoje é um pouco diferente, entendeu o recado?
ZÉCARLOS JUNIOR
Caro ZéCarlos,
Quero lhe cumprimentar pela seriedade e clareza dos seus comentários,demonstrando respeito e amor com essa maravilhosa cidade (repleta de belezas naturais),de igual maneira com o seu vasto público leitor.
É pena que aqui na Capital Federal não temos uma Irene.
Um forte abraço,
J. Alves
Grande Zé
Esta lástima de carros de som(trios da ignorância), já tomou a cidade toda. Isto também acontece nos bairros. Realmente precisa ser feito alguma coisa e urgente.
Um abraço
Rezende
Em que ano foi fundada a praça castro alves ?
Quem foi o prefeito da epoca ?
Parabéns,nobre José belo comentário.Reclamar a quem? ab. zévieira