POR QUE NADA MUDA?
No programa Alerta Geral, a palavra foi concedida ao secretário Isaac Albagli.
Como sempre teve coragem de enfrentar o debate, discutir os inúmeros problemas que a cidade enfrenta, reconhece os erros, mas tem uma habilidade fora do comum para apresentar suas justificativas e defender o alcaide, exercendo seu direito como secretário municipal, o que respeitamos.
Só que o secretário Isaac deve saber que o cidadão, principalmente o cumpridor de suas obrigações, tem o direito constitucional de emitir comentários, cobrar, criticar, enfim, não aceitar goela abaixo o que vem do poder e simplesmente bater palmas.
As coisas têm que ser ditas sem ofender ou atingir a moral de qualquer cidadão que esteja desempenhando cargo público.
Gosto demais do Dr. Isaac, conhece como poucos o município de Ilhéus, mas existe também o cidadão que está atento a tudo.
Vai e volta e não conseguimos sair do lugar, parece até pirraça.
Em meio a tantas mudanças que acontecem no mundo moderno, as nossas cidades continuam vivenciando os tempos de antão, claro com algumas exceções.
Quais os municípios do nosso Brasil varonil que são modelos em administração de saúde e educação pública? E de infraestrutura?
Interessante que estas três palavras saúde/educação/infraestrutura e acrescente-se segurança, são palavras chaves e corriqueiras em todas as campanhas políticas.
Mas na prática as coisas mudam de figura e o caos continua instalado.
Aqui na nossa sofrida cidade não podemos fugir do óbvio, entra prefeito, sai prefeito, e as novidades são pífias, não se consegue sequer normalizar a coleta de lixo doméstico.
Quanto à saúde e a educação só a dor e a revolta do povo mostram uma visão ampla do nosso índice.
Nos programas radiofônicos das nossas emissoras e nas redes sociais, a reclamação da população é sempre a mesma – precariedade dos postos de saúde, lixo, iluminação pública, esgotos, buracos e muitas críticas aos gloriosos edis.
Se for medir a ansiedade do povo vê-se claramente que ninguém exige grandes obras, quer sim o básico, o tradicional feijão com arroz, a presença mais eficaz da prefeitura nas ruas, nos bairros.
Grandes e monumentais obras requerem projetos, prestígio político, análise e estudos, disponibilidade de recursos e outros requisitos que só o pessoal da capital federal sabe explicar melhor.
Vejam um exemplo simples: a prefeitura mandou trocar os postes de iluminação da ponte, a firma contratada fez um serviço aquém do desejado e toda a população caiu matando de críticas, o Secretário da SEDUR reconheceu o problema e anunciou que iria tomar providências drásticas junto a tal firma para resolver a pendenga, ainda bem que o poder público reconheceu publicamente a mancada.
Nesse imbróglio vai uma pergunta: porque a prefeitura não colocou o seu pessoal técnico para acompanhar a obra? Contratou e não fez nenhum acompanhamento? Não dá para entender.
Segundo informações que obtive, a prefeitura dispõe hoje de um engenheiro civil e quatro arquitetos, que fazem parte do quadro efetivo. Só isso?
E o lixo? Porque será que determinados pontos da cidade são eleitos para sediar os grandes lixões? Central de abastecimento da Urbis, CAIC, Avenida Itabuna, as periferias, os mirantes?
Esses lixões bem que poderiam mudar de local e invadir a Avenida Soares Lopes, Savóia, Avenida Bahia, Condomínio Alto da Boa Vista, Sapetinga, Jardim Pontal, Jardim Atlântico? Sinceramente não sei mensurar qual seria a reação dos moradores desses locais, uma coisa tenho certeza a reação seria preocupante.
Senhor alcaide! Convoque essa turma para trabalhar pela cidade de Ilhéus, já passou o primeiro ano de mandato e as coisas não acontecem, essa conversa mole culpando a herança maldita deixada pelos predecessores, já está fora de moda, é conversa pra boi dormir, vamos arregaçar as mangas e esquecer do que passou, afinal, todos deixam seu rastro quando saem, ou não é? E o senhor também foi um predecessor ou já se esqueceu?
Não quero jogar flores no ventilador, mas estou ansioso aguardando as obras anunciadas pelo nosso alcaide no dia 23 de dezembro p.passado, que venha tudo o que foi anunciado, afinal, merecemos isso e muito mais.
Agora, se alguma obra depender do galego, vamos cantar aquela musiquinha: que mentira, que lorota boa, que mentira, que lorota boa.
ZÉCARLOS JUNIOR
























































Valeu Zé Carlos. Trata-se de mais uma boa matéria de sua autoria, em prol do interesse do povo de Ilhéus. A exemplo de Rezende, seus assuntos merecem atenção das autoridades responsáveis. Pena que não aproveitam essa assessoria gratuíta. Parabéns.
Ótima matéria, ZéCarlos. Disse tudo. Se fizessem o básico, já seria de bom tamanho. Mas não fazem.
Ze Carlos
Valeu.
Todo nativo e morador de Ilhéus deveria ter a sua postura.
Vamos lutar pela nossa cidade.