Eduardo Pachalski

Recentemente a mídia local e a ala  radical ambientalista do sul da Bahia vem promovendo uma verdadeira cruzada tentando boicotar o novo surto de desenvolvimento econômico de Ilhéus.

Empreendimentos economicamente importantes como a construção do novo Shopping, condomínios de luxo vizinhos, a ponte norte-sul e outros investimentos modernos em processo de licenciamento  vem sendo alvo de uma parcela que tenta boicotar a implantação destas obras sob a ótica ambiental.

É fato que existe impacto ambiental toda vez que existe interação do homem com o meio ambiente, toda vez que uma área é ocupada ou antropizada. Chamamos de Antrópico, tudo o que é modificado pelo homem.

Todo empreendimento para ser construído preciso passar por um processo de Licenciamento Ambiental, dividido em três morosas etapas onde a comunidade interfere através de um conselho municipal.

Desenvolvimento é sinônimo de impacto ambiental. Porém, precisamos lembrar que muito além da politicagem por traz destas reportagens temos a SEMA (Secretaria do Meio Ambiente) muito ativa em Ilhéus, o órgão promove através do CONDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) discussões abertas sobre todos os licenciamentos pleiteados no município. A efetividade do órgão, que pode ser testemunhada pelo leitor, garante o debate honesto entre os investidores e a comunidade tendo inclusive poder de sugerir medidas mitigadoras, compensatórias e até mesmo de influenciar no eventual veto do licenciamento, inviabilizando a continuidade do projeto.

Comunidades humanas precisam ser reconhecidas como parte do meio ambiente. Sim, somos provedores de devastação da natureza, o animal com maior potencial de impacto e extinção de espécies periféricas, mas a causa desta devastação tanto é econômica quanto tecnológica, política e filosófica. O motivo da extinção periférica não é o que fazemos, mas como fazemos.

Antes que me entendam mal, vamos deixar claro, sou ambientalista sim, mas precisamos crescer. Sequer temos cultura para reciclar ou separar lixo seco de orgânico, discutir o modo de crescimento econômico em uma cidade em que pessoas mendigam por falta de oportunidades de emprego cheira a especulação e promoção pessoal.

Cuide do seu quintal, plante uma árvore, separe o seu lixo, se depois disso ainda tiver disposição, aí sim vamos ajudar o vizinho. Tenha certeza que a natureza ganha quando fazemos mais e falamos menos.

Eduardo Pachalski