É DESSA MANEIRA QUE ENTENDO
Política: Arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos. Conjunto de fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a uma sociedade.
Bem longe está a minha visão dos ensinamentos dos professores e cientistas políticos, mas como sou povão vejo a política de uma maneira mais prática, mais realista, com seus vícios, sujeiras, corrupção, enganação, falta de ética, de respeito e de algumas raríssimas atitudes em benefício da sociedade.
Os filhotes dessa política viciada e imoral estão espalhados por todo o país. Os péssimos exemplos de falta de postura, ética, corporativismo é a praxe dessa turma que acha que pode tudo através dos mandatos outorgados pelos eleitores.
Não vamos muito longe. Os oito anos que convivemos aqui na nossa sofrida Ilhéus, com os últimos alcaides, dá bem pra se entender o ritual da política rasteira.
Dois homens sem nenhuma experiência nas lides políticas, um mais danado em fazer negócios e o outro um bom filho da cidade, foram envolvidos de tal jeito nos bastidores do palácio, que se melaram todo e estão até hoje sendo motivo de gozação e atentos ao desenrolar das vontades da justiça, nesse jogo de julga, não julga, condena, não condena.
Conversando com um amigo, o assunto não poderia deixar de ser política, suja, imprevisível, maldosa e bondosa para milhares.
Lembrei-me de um dos alcaides desses oito terríveis anos, cidadão que gozava de prestígio na cidade, de origem familiar reconhecida, por um acaso do destino recebe das mãos do povo um presente da melhor qualidade que era governar a sua cidade natal.
O que aconteceu depois é público e notório. Começou relativamente bem, foi totalmente envolvido pelos políticos/partidos, e logo em seguida caiu em desgraça, sendo acusado, maltratado, abandonado e execrado da vida pública.
Veja quanta maldade o processo político é capaz de fazer com um cidadão de bem.
A política corrompe, destrói, faz corroer a ética humana, leva ao ostracismo.
Saem dois neófitos e entra o mais experimente, o calejado, o que sabe tudo, fez tudo e faz tudo.
E aí aparece uma das facetas da política, a faceta de se auto promover, de abastecer o ego de egoísmo, de querer sempre aparecer bem na fita e ter uma língua afiada.
O que resta ao povo, aos eleitores que enfrentam filas nos dias de votação, é o descaso, é a falta de respeito, é o abuso de se auto proclamar rei, mesmo que seja por quatro anos e mais uma vez sair com uma rejeição beirando ao limite.
Mas o eleitor, aquele que vota sem fazer uma avaliação, tem que voltar ao tempo e ver as peripécias antigas e cometidas, e arcar com a responsabilidade por ter oferecido nova oportunidade.
A vontade do eleitor é indiscutível, principalmente a turma que está na massa de manobra, que por qualquer favorzinho está se ajoelhando e rendendo graças ao soberano rei.
Em outubro o povo terá mais uma chance de tentar mudar, deixar como está ou virar tudo de cabeça pra baixo, o bem e o mal estão misturados, tipo a passagem bíblica do joio e do trigo, cabe, pois, nesses meses tentar separar e escolher um candidato com ideias novas precisamos de uma maneira mais realista de se fazer política, de uma nova política, os vícios antigos estão superados e sem novidades, já apodreceram.
Os problemas de sempre estão aí: saúde, educação, segurança, exclusão social e não são poucos, a bola de neve só tende a crescer perigosamente.
Portanto, vamos tentar reagir? topa criar um novo modelo de fazer política? utopia? não, realidade.
ZÉCARLOS JUNIOR