O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

Ir.’. Everaldo
O Grande Arquiteto do Universo (G .’ . A .’ . D .’ . U .’ . ) ou o Supremo Arquiteto do Universo ( S .’ . A .’ . D .’ . U .’ . ) são denominações simbólicas usadas na Maçonaria. Inicialmente, deve-se observar que a Maçonaria não tem um credo no mesmo sentido dos credos seguidos pelas Igrejas cristãs, pelo Islamismo ou pelo Hinduísmo. A Maçonaria sugere o que os maçons devem fazer, no lugar do que os maçons devem acreditar. A maçonaria instrui, educa, antes de dogmatizar; regula a conduta em lugar de regular o pensamento e constrói seu eu interior antes de impor doutrinas.
O s LANDMARKS maçônicos são um conjunto de princípios norteadores, e não um conjunto de doutrinas. Existe, então, um LANDMARK que se exige para ser inciado na Maçonaria: a crença em um Criador. Um maçom, portanto, não pode ser ateu: ateu é aquele que nega a existência de qualquer Criador; acredita que o princípio do Universo ( e do homem ) se deve ao acaso.
Não existe nenhuma teologia maçônica. As crenças teológicas são quaisquer delas, problemas pessoais, do íntimo de cada um. O que cada maçom acredita é pessoal e subjetivo, e não é uma imposição doutrinária da Ordem. A questão se coloca, então, em identificar tendências majoritárias entre os membros da Ordem. Tais julgamentos são, evidentemente, subjetivos. A Maçonaria Operativa, muito emblemática na Idade Média, tinha forte influência da Igreja de Roma. Após a reforma, teve influências das Igrejas cristãs predominantes no local: da Igreja Luterana, especialmente na Alemanha e na Suécia; da Igreja Anglicana na Inglaterra e no País de Gales; da Igreja Presbiteriana na Escócia e em parte da França; da Igreja Católica (antes de 1738) nos países latinos e na Irlanda e da Igreja Ortodoxa na Grécia, na Rússia e em algumas nações eslavas. A partir do século XIX, essa influência foi diminuindo, quando se “universalizou” a Maçonaria, com a iniciação de judeus, islâmicos, hinduístas e orientais budistas, xintoístas, etc., permanecendo, entretanto, ritos cristãos, como o Rito Sueco, que exige explicitamente que o maçom seja cristão.
Na Maçonaria, pode-se dizer que o Grande Arquiteto do Universo é, simbolicamente, possuidor de vontade moral. Daí porque as ações de maçons devem ser éticas, o que deve se distinguir, em geral, das ações de profanos não maçons.
A Maçonaria denomina, simbolicamente, o Criador de Grande Arquiteto do Universo ( G . ‘. A . ‘. D . ‘. U . ‘. ) ou Supremo Arquiteto do Universo ( S . ‘ . A . ‘ . D . ‘ .U . ‘ . ).
Como Maçonaria não é religião, portanto, não se envolve com teologias ou dogmas, basta, para o maçom, que o Grande ( ou Supremo ) Arquiteto do Universo seja um Criador, ficando, ao juízo íntimo de cada um, a especificação do que seja o Criador. Todas as demais considerações abordadas são objetos de dogmas, obrigando, ao maçom, o respeito às mais diferentes opiniões e crenças de cada Irmão ou de cada cidadão.
JOSÉ EVERALDO ANDRADE SOUZA
MESTRE MAÇOM DA LOJA ELIAS OCKÉ
ORIENTE DE ILHÉUS – BA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Lima, Walter Celso de
Ensaios sobre filosofia e cultura maçônica-São Paulo: Madras 2012.
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