Nairan Caldas says:

É realmente uma vergonha que em quase 30 anos de reforma psiquiátrica no nosso pais, que tem como principal objetivo uma assistência humanizada para as pessoas com problemas mentais e o apoio aos seus familiares para que possam cuidar dignamente dos mesmos, ainda percebemos que no município de Ilhéus, cidade conhecida mundialmente cantada em versos e prosa por diversos escritores, ainda nos deparamos com o caos no campo da saúde mental. Não existe valorização e respeito pelo sofrimento que é causado pela doença mental e muito menos aos familiares que precisam do apoio de uma rede para que consigam cuidar dos seus entes queridos. Uma rede desorganizada ou quase inexistente com o mínimo de profissionais para o atendimento, estruturas caóticas outras nem tanto como as casas alugadas para funcionamento dos CAPS mas que efetivamente não atendem as demandas dos usuários. A lei 10.2016 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência em saúde mental cita no Art 2º, paragrafo único que dentre os direitos da pessoa portadora de transtorno mental o primeiro é o de ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades. As fotos nos mostra claramente que estamos longe disso, na linda terra da Gabriela.