Uma Feira de Economia Solidária, com 40 empreendimentos atendidos pelos Centros Públicos de Sussuarana, Barra e Mares será uma das atrações do Brechó Eco Solidário. O evento, que acontece neste final de semana (sexta-24 e sábado-25) no Parque da Cidade tem como filosofia trabalhar o “futuro emergente” da humanidade e sensibilizar a população baiana sobre os efeitos do consumo exacerbado.

Aberto ao público em geral, o Brechó Eco Solidário funciona como um verdadeiro “mercado de trocas” de bens usados, através da moeda social “Grão”. Mas, na Feira de Economia Solidária quem for ao Parque da Cidade poderá comprar artigos manufaturados como bijuterias, pedrarias, pinturas, bolsas, caixas de papel e de madeira; roupas masculina e feminina para crianças e adultos; peças de crochê e tricô; panos de prato, peso de porta, sapatos, sandálias e alimentos doces e salgados, alem de flores e produtos hortifruti.

Melhoria da renda – Segundo Kátia Aparecida, do Centro Público de Economia Solidária da Barra, a Feira servirá como uma atividade de formação para os empreendimentos e será mais uma chance para os empreendimentos mostrarem seus trabalhos e também melhorarem sua renda. “Os 40 empreendimentos atendidos pelos Cesol’s da Barra, Mares e Sussuarana foram implantados e são administrados por Organizações Sociais (OS) selecionadas pelo Edital 09/20012, que liberou um total de R$ 28 milhões para implantação de nove equipamentos nos municípios de Salvador, Pintadas, Cruz das Almas, Juazeiro, Guanambi, Itabuna e Simões Filho.

O Brechó Eco Solidário terá, ainda, apresentações de músicas e dança; arte sustentável; oficinas de massagens; aulas de yoga e atividades de educação ambiental. Coordenado pela Associação Rede de Profissionais Solidários pela Cidadania o evento tem o apoio da Setre por meio da Superintendência de Economia Solidária (Sesol). “Buscamos ampliar a sensibilidade do público sobre a importância do consumo consciente, respeitando o meio ambiente, num exercício prático e divertido”, adianta a professora Débora Nunes, coordenadora do evento.

Voluntários – Realizado desde 2006, o Brechó Eco Solidário nasceu nas universidades baianas (Unifacs, Ufba, Universo, Uneb, UFRB, dentre outras). A cada edição anual, o evento procura incentivar a prática do desapego. “O ato de separar produtos e mercadorias, que não estão sendo utilizados em casa, e doar ou trocar no Brechó é uma demonstração concreta de responsabilidade ambiental e de consumo consciente”, justifica.

Para a realização do Brechó Eco Solidário, trabalham de maneira voluntária aproximadamente 300 pessoas, entre professores e estudantes das universidades parceiras, artistas e terapeutas holísticos, e empreendedores da Economia Solidária. Ainda segundo Débora Nunes, “o objetivo do Brechó é conscientizar a população sobre os efeitos do consumo para as mudanças climáticas atuais e incentivar os participantes a repensarem o consumo, buscando evitar desperdícios e priorizando os produtos saudáveis cuja produção sejam de forma sustentável”.

Participar do evento é muito fácil: “basta pegar um produto que, futuramente, poderá será considerado descartável, e dar uma vida útil ao mesmo, permitindo que ele seja utilizado por outra pessoa”. A mecânica de troca de produtos pela moeda social (Grão) é a seguinte: as pessoas que tiverem livros, quadros, roupas, material de decoração, calçados etc devem levá-los aos postos de coleta e trocar por pela moeda social, que servirá para comprar os produtos de interesse da pessoa durante o evento. Nos dias o evento haverá um posto de troca no Parque da Cidade.

20.10.2014
Ascom Setre
Antonio Luiz Diniz