PLANETA ÁGUA EM PÂNICO
por JUVENTINO RIBEIRO – 29 out 2014
Há várias décadas tenho ouvido advertências sobre a diminuição de água potável no mundo e que antes do ano 2050 haveria guerras por causa de sua escassez. Parece que tais previsões estão em vias de se confirmar. A ocorrência dos fatos são os indícios dessa pavorosa profecia.
Embora o Brasil seja detentor de fartos recursos hídricos, tanto na superfície de seu solo, quanto nos aquíferos, o mau uso da água e a falta de política preventiva de escassez e de distribuição têm levado populações ao desespero.
Recentemente recebi convite de um amigo para passar algum tempo em São Paulo e logo me apossei de certo pânico, ao me lembrar do desconforto por que têm passado os paulistanos e grande parte dos paulistas do interior, provocado pela escassez de água, esse precioso e indispensável líquido, de cuja importância só nos apercebemos quando nos falta.
Muita água, pouca água, falta d´água, seca, estiagem: este tem sido o assunto massificado pela mídia há algum tempo. Na minha infância e juventude convivi e me acostumei com as agruras de longas estiagens na Região Norte de Minas, quando aprendi a dar o merecido valor a água. Esse assunto nunca havia me apavorado, mas o sábio tempo me leva sempre ao questionamento sobre assuntos que afligem a coletividade.
Às vezes, sob uma refrescante e demorada ducha, transporto-me àqueles tempos e imediatamente interrompo esse momento de prazer com certo remorso, por dispender, em um só banho, quantidade de água suficiente para mais de dez banhos daquela época. Meu grande alento eram os banhos nos riachos, quando caudalosos em raras temporadas chuvosas.
Tenho me monitorado constantemente e acho que é fácil para cada ser humano se engajar em projeto que envolva desde o bom uso doméstico da água a uma constante busca de alternativa para seu reaproveitamento.
Conclame a todos os familiares e colaboradores domésticos a se engajarem, doutrinando-os para que cada um cumpra sua parte. Isso é apenas uma pequena e factível contribuição para inserção num processo de responsabilidade social, benéfico não só ao homem, mas a todos os demais seres vivos do planeta.