OS FRANCO – MAÇONS PARTE IX

Ir.’. Everaldo
Por José Everaldo Andrade Souza
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA AMERICANA
Caríssimos seguidores do R2CPRESS, simpatizantes e integrantes da Maçonaria Universal.
A revolta dos colonos foi o resultado do fato que, apesar de pagarem impostos aos ingleses, eles não tinham qualquer representação no Parlamento Britânico. Seu lema, “Nada de taxação sem representação”, atingiu o objetivo, afetando os homens (e as mulheres) de toda a colônia. O cheiro da revolução estava no ar…
Em abril de 1775, alguns meses depois que um grupo de poderosos colonos reunira-se no primeiro Congresso Continental, formando uma Associação para reforçar um boicote aos produtos britânicos, o Comandante-Supremo na América do Norte, General Grace, enviou tropas de Boston para atacar os colonos em Lexington e Concord, tendo sido avisado que estavam se preparando para uma rebelião armada.
Iniciava-se a Guerra da Independência Americana.
Em 1776, o segundo Congresso Continental reuniu-se na Filadélfia, tal como fizera antes. Com os colonos agora com o controle da cidade, eles se reuniram no antigo Palácio do Governo, o edifício que atualmente é o Independence Hall (Salão da Independência) e emitiram a Declaração de Independência. Como muitos dos membros do Congresso eram proprietários influentes de terras, comerciantes ou bem-sucedidos empresários – precisamente o tipo de homens que eram atraídos para a Franco-Maçonaria – muitos dos que participaram eram membros de Lojas das regiões que representavam.
Tal como qualquer questão que, certamente, teria efeitos de longo alcance, havia tanto maçons que se opunham, quanto outros a favor da Declaração da Independência. Ficou evidente que grande parte dos signatários eram membros da Maçonaria. De fato, dos 56 homens que assinaram seus nomes no famoso documento, cujas palavras sonantes continuam reverberando uma corda sonora nos corações de homens de livre mentalidade em todo o mundo, muitos eram realmente conhecidos como membros de Lojas.
A Declaração foi inspirada na redação do revolucionário inglês, o maçom Tom Paine, cujo panfleto Common Sense (Senso Comum) havia incentivado os colonos a se rebelarem contra o domínio de Jorge III e declarar a colônia uma república independente.
O primeiro homem a assinar a Declaração foi John Hancock, membro da Loja de Santo André, em Boston. Ele escreveu seu nome bem grande e quando lhe foi perguntado o motivo, respondeu que era para que o rei Jorge pudesse lê-lo sem precisar de óculos.
Outros nomes de maçons para sempre ligados à Declaração e à Guerra da Independência incluem John Paul Jones, o escocês fundador da Marinha Americana; Richard Caswel, Mordecai Gist, James Jackson, Morgan Lewis e John Sullivan, todos se tornando Grão-Mestres das Grandes Lojas de seus estados, três dos quais chegaram a servir como governadores de seus respectivos estados.
Um dos mais pitorescos nomes da história americana, Paul Revere, que cavalgou de Charleston a Lexington, despertando a milícia de cada cidade e vilarejo pelos quais passava, avisando-os que “os ingleses estão chegando”, foi um entusiasta maçom. Com 25 anos, foi aceito na Loja de Santo André, de Boston, em 1760 e, finalmente, tornou-se um dos Grão-Mestres de Massachusetts.
Em 1781, os ingleses verificaram que estavam lutando por uma causa perdida e fizeram as pazes com os rebeldes. A abertura dos Estados Unidos estava para começar. Em 1803, no que é conhecido como Louisiana Purchase (Compra da Louisiana), o presidente Thomas Jefferson comprou terra dos franceses: não foi o atual estado de Louisiana, mas toda a terra dos rios Mississippi-Missouri até a Costa Oeste da América do Norte. Não demorou muito para que colonos começassem a se mudar dos estados da Costa Leste para o vasto e novo território americano a fim de cultivar, criar carneiros e gado, e para procurar ouro. Naturalmente, entre os homens que para lá se dirigiram, havia muitos maçons.
Agora, longe de suas Lojas Mães, era apenas natural que começassem a formar novas Lojas, nas quais podiam se reunir em companheirismo e praticar a Maçonaria. E não foi somente novas Lojas que eles fundaram. Na busca de estar em controle de seus próprios assuntos e com um certo grau de independência de Washington, estabeleceram territórios com um certo grau de auto governo e, mais tarde, esses territórios se tornaram estados com maior grau de autonomia.
À medida que cada estado ou território era fundado, uma Grande Loja também era estabelecida, a qual autorizava novas Lojas dentro de suas áreas de jurisdição. No período pós-guerra, as primeiras Grandes Lojas a serem formadas foram em Maryland, onde o primeiro registro de formação de uma Loja data de 1750 e foi patenteada pela Grande Loja da Inglaterra, e a Grande Loja de São João, na Pensilvânia. A Grande Loja de Maryland foi fundada em 1783.
A mais recente foi a Loja do Havaí. Ali, as Lojas foram originalmente patenteadas pela Grande Loja da Califórnia, pelo Supremo Conselho da França e pela Grande Loja da Escócia, por meio da então Grande Loja Distrital de Queensland, Austrália. Finalmente. as Lojas havaianas ficaram sob a jurisdição da Califórnia, que continuou assim, mesmo depois de ser concedida às ilhas a posição de estado, em 1959. Foi somente em 1989 que as 12 Lojas havaianas reuniram-se em convenção na Catedral do Rito Escocês, em Honolulu, e constituíram a Mui Respeitável Grande Loja dos Francos e Aceitos Maçons do Estado do Havaí.
A partir de 1778, uma tentativa foi feita para estabelecer uma Grande Loja para todos os Estados Unidos, tendo George Washington como Grão-Mestre, mas isso não aconteceu e todas as outras tentativas para uma tal Grande Loja sofreu o mesmo destino. E assim, hoje existe uma Grande Loja para cada estado da União; cinquenta ao todo, além de outra, que governa as Lojas que existem na capital, Washington, D.C.
Na nossa próxima edição abordaremos a importância e influência da Maçonaria na capital Washington, D.C., desde a sua fundação, bem como os símbolos e monumentos maçônicos ali existentes..
JOSÉ EVERALDO ANDRADE SOUZA
MESTRE MAÇOM DA LOJA ELIAS OCKÉ – N° 1841
FEDERADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL – RITO BRASILEIRO
ORIENTE DE ILHÉUS – BAHIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS;
Johnstone, Michael
Os Franco-Maçons – trad Fúlvio Lubisco – São Paulo: Madras, 2010.
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